ㅤㅤ ⤷ Ufa.

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13 de Agosto, 2003
Tenshi Akari

Ando pelas ruas da cidade despreocupada e vendo alguns detalhes. Apesar de que quando eu era pequena morava aqui não me lembro de muitas coisas, costumava sair bem pouco do orfanato, sem contar que isso faz tempo. Comprei algumas coisas pra comer enquanto volto pra casa.

Passando por uma rua cheia de lojas escuto um barulho de vidro se quebrando enquanto passo por um beco.

Estava escuro, então ligo a lanterna do celular pra consegue enxergar.

Assim que a luz se acende consigo ver dois garotos, eles eram baixos e pareciam ser criança. Os dois estavam encapuzados e de máscara. Pareciam dois vultos. Um deles estava com um alicate de cortar ferro

Eles parecem tão concentrados que só percebem minha presença quando ilumino a cara deles

ㅤ— O que vocês pensam que tão fazendo? — Eles me olham e arregalam os olhos. Por um segundo parecem travar, acho que peguei eles no flagra.

Entendo o que estava pra acontecer e entro em uma leve confusão de o que fazer

Como a mulher bem treinada que sou, eu começo a latir e fazer o máximo de barulho possível.

ㅤ— Garota, você tem algum problema? — O garoto que tinha uma franjinha aparente grita apontando pra mim enquanto parece irritado e confuso. O garoto ao lado dele parece em choque com minha atitude.

Desvio o olhar cessando o barulho quando percebo uma movimentação dentro da loja.

A luz lá dentro foi acesa.

ㅤ— Que porra é essa? — Um moço alto, branquelo e de cabelo escuro abre a porta da loja nos dando visão dele.

Um silêncio ensurdecedor nós faz presente enquanto desviamos o olhar um para o outro.

ㅤ— Keisuke? — Um tempo depois de nós analisar ele parece reconhecer um dos garotos, o de franjinha.

ㅤ— Shi... Shinichiro? — Ele arregala os olhos parecendo só agora o reconhecer.

ㅤ— O que vocês tão fazendo aqui? — O homem pergunta de forma curiosa. Acho que ele ainda não percebeu o vidro quebrado.

O garoto sussurra algo para o outro que arregala mais os olhos.

Eu tô perdida nessa história, acho que tô sobrando.

ㅤ— Hm... É.. Olha, moço, se eu fosse você eu melhoraria a segurança da sua loja! — Ele fica sua antenção em mim. — É só uma dica! — Digo rápido e passo os olhos pelos pirralhos antes de sair correndo.

ㅤ— Ufa. — Soltei o ar que nem sabia que estava prendendo. Sério cômico se não fosse trágico.

[...]

14 de Agosto de 2003

Passeando pela cidade (de novo). Hoje fui um pouco mais longe, perto da escola que vou estudar. É um centro bem movimentado, tem várias lojas e barraquinhas de comida.

Estava com as mãos ocupadas com algumas sacolas enquanto sai de uma loja de doces. Caminhando por um tempo, sinto um perfume que há muito tempo não sentia.

Viro procurando por seu dono, vejo um garoto de cabelo branco (agora longo) e a pele escura como achocolatado. Ele estava com um moletom branco na parte de cima e cinza na parte de baixo.

Ele tambem se vira, e no exato momento em que nossos olhares se cruzam sinto um imenso frio na barriga. É como se o mundo parasse e os segundos virassem séculos.

Um garoto mais alto se aproxima ficando ao seu lado e o chamando. Ele se vira e volta a caminhar.

Assisto eles se afastando e de repente é como se eu estivesse me afogando.

Tão perto da superfície e afundando pra longe dela.

Tão perto da superfície e afundando pra longe dela

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⭐ ⤸

Te Ver De Novo - Izana Kurokawa Onde histórias criam vida. Descubra agora