Casada com o Inimigo

Seu

Neji Hyuuga

Nunca imaginei que levaria Hinata até minha casa, nunca pensei que ela seria a mulher que comandaria aquele lar comigo. Durante muitos  anos eu havia adquirido aquele lugar e os bens para quando me casasse e decidisse aumentar a família. Cada coisa projetada naquela casa fora feito para a futura Sra.Hyuuga. E lá estava ela, olhando de forma encantada e admirada pelos detalhes entalhados e a decoração.  Me prendi em seus movimentos graciosos enquanto analisava cada item.

—Esse lugar é maravilhoso..

"Não tanto quanto você."

A levei até nosso quarto, providenciei as roupas para que pudesse tomar um banho e a deixei sozinha, me lavei no banheiro do quarto de hóspede. Não pude deixar de encarar meu reflexo no espelho por um tempo, era a primeira vez que via minha testa sem a marca e não sabia processar aquilo que não um sentimento de alívio, de forma involuntária sinto meus olhos umedecer pela sensação de liberdade, queria tanto que meus pais estivesse vivos para verem até onde eu cheguei.

"Foi por você pai."

Respirando fundo me recompus e percebi com certo temor que Hinata não havia saído de seu banho ainda. Ora Neji, estava machucada, talvez tivesse acontecido alguma coisa, corri até a porta e bati duas vezes, não esperei uma resposta e para meu alívio ela apenas havia adormecido na banheira. Me aproximei e passei a lavar seus cabelos. De início tinha ficado desconfiada e achei aquilo muito estranho, pois os nascidos na primeira família tinham sempre algum empregado para os ajudar com essas coisas.

—Não precisa se dar a esse trabalho.

—Você não pode molhar demais esse curativo no seu rosto e suas mãos estão machucadas.

Tive de sorrir quando a vejo se render ao meu toque em seus cabelos, como uma gata manhosa só faltava ronronar. Massageie aqueles longos fios e percebi que algo tão trivial como aquilo e ao mesmo tempo tão íntimo, era prazeroso.

Arqueei a sobrancelha quando me questionou sobre como tive dinheiro para comprar essa casa.

—Acha que eu roubei?

Seus grandes olhos perolados me encaram de forma curiosa.

—Roubou?

Sorri.

—Não. Vire-se para enxugá-los.

Com cuidado tratei de tirar o sabão de seus fios os penteando com os dedos para ver se não tinha ficado nenhum nó.

Me pus de pé e fui pegar a toalha, precisava tirá-la da água, seus dedos estavam ficando enrugados e era tarde, precisávamos descansar pois pela manhã eu teria de enfrentar o conselho e os membros do clã inteiro. Ela me olhou desconfiada, o que me deixou impaciente. Eu não era nenhum tarado e nunca tinha dado motivos para isso.

—Anda logo, não farei nada com você no estado em que se encontra. Disse que iria cuidar de você e estou fazendo isso.

Ha vi ponderar minhas palavras, entretanto quase caí para trás quando Hina se ergue e sou contemplado com a nudez de seu corpo envolto com algumas espumas, ela era perfeita. Nada em sua estrutura ou aparência me faria querer muda-la. O quadril tinha uma curvatura perfeita, o abdômen plano, os seios grandes e redondos e as coxas grossas.  Um corpo esculpido para ser cuidado e adorado. 

—Porrah... - Não consigo conter o palavrão ao constatar o quanto era um homem de sorte.

—Neji? A toalha. — Falou corada, o rubor em seu a deixava mais atraente.

Com certa dificuldade me recomponho e passo a seca-la. Encontrei um hematoma abaixo de seu seio esquerdo e outro em sua barriga, outros dois no ombro e braço esquerdo e desejei matar o nukenin outra vez.