CAPÍTULO 5

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🌙 Olá, LUNAticos! 🌙

Bem-vindos a mais um capítulo nessa jornada envolvente. Espero que vocês estejam prontos para mergulhar ainda mais fundo na nossa história e que cada capítulo desperte suas emoções. Que a lua ilumine nossa leitura e que vocês aproveitem cada momento.

🌑🌕🌑🌕

JIMIN

A dor era insuportável, uma pressão intensa que parecia esmagar meu crânio. Meu mundo foi ficando turvo, o rosto de Jungkook—aquele rosto tão familiar e amado — se tornando apenas um borrão à medida que a escuridão tomava conta de mim. A última coisa que senti antes de tudo desaparecer foi o calor das lágrimas escorrendo pelo meu rosto, misturadas com o frio da realidade que se afastava de mim.

🌑🌕🌑🌕

6 ANOS ANTES

Eu estava preso em uma escuridão densa e sufocante, mas, pouco a pouco, comecei a sentir o mundo ao meu redor. Primeiro, foi o som distante de vozes, ecoando como se estivessem vindo de outro mundo. Depois, o cheiro estéril de desinfetante, que me lembrava de algo que eu não conseguia exatamente identificar.

Meus olhos se abriram lentamente, mas a luz era forte demais, forçando-me a fechá-los de novo. Senti meu corpo pesado, como se estivesse preso a algo que não conseguia ver, cada parte de mim doía com uma intensidade assustadora. Respirei fundo, tentando recuperar algum controle, mas o ar parecia denso, difícil de puxar para dentro dos pulmões.

Com esforço, abri os olhos novamente, piscando várias vezes até conseguir mantê-los abertos. A luz fluorescente acima de mim era dura, quase cegante, e tudo ao redor parecia fora de foco, como se eu estivesse olhando através de um vidro embaçado. O teto branco e sem graça foi a primeira coisa que consegui discernir, mas mesmo isso parecia estar girando, oscilando como se o mundo não conseguisse se estabilizar.

Minhas mãos se moveram lentamente sobre o lençol áspero que cobria meu corpo. O toque do tecido contra minha pele parecia quase estranho, como se eu estivesse experimentando aquilo pela primeira vez. Cada movimento meu era acompanhado por uma onda de dor, especialmente na cabeça, onde a pressão parecia insuportável.

Virei a cabeça com dificuldade, sentindo como se estivesse movendo um peso imenso, e meus olhos captaram a visão de um homem sentado ao lado da cama. Ele estava vestido com roupas simples, uma camisa de flanela desgastada e calças rústicas, do tipo que homens de fazenda costumam usar. Seu rosto estava parcialmente obscurecido pelo chapéu que ele usava, mas quando ele percebeu que eu estava acordado, ele levantou a cabeça, revelando um olhar de surpresa misturado com alívio.

— Finalmente você acordou — disse ele, sua voz grave e carregada de um sotaque que eu não consegui reconhecer de imediato. Ele se levantou, seus movimentos ágeis contrastando com a rigidez que eu sentia no meu próprio corpo. Tentei me mexer, mas meu corpo não parecia obedecer. O homem se aproximou rapidamente, colocando uma mão no meu ombro. — Não faça esforço — ele aconselhou, com um tom que soava mais como uma ordem do que como um pedido. — Vou chamar o médico.

Tentei responder, mas minha voz não saiu. Era como se minha garganta estivesse colada, cada tentativa de falar resultava em um som áspero e falho. Minha mente estava enevoada, como se eu estivesse acordando de um sonho muito profundo e não conseguisse distinguir realidade de imaginação.

Enquanto ele saía do quarto, fiquei tentando entender onde estava, o que tinha acontecido, mas tudo era uma confusão. Fragmentos de memórias, sombras de pensamentos que escapavam antes de eu conseguir agarrá-los. Sentia-me preso em um labirinto sem saída, onde cada tentativa de encontrar um ponto de referência apenas me deixava mais perdido.

FRAGMENTOS DE NÓS  ( JIKOOK)Onde histórias criam vida. Descubra agora