Ok, me rendi
Boa leitura🧡
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Alguns dias depois, Louis suspirou ao enrolar seu quadril em uma toalha, saiu de trás do box de vidro escuro e espiou o mundo pela pequena janela do seu banheiro privativo, era manhã e sorriu pequeno ao ver seu jardim florido, a primavera era uma das estações mais agradáveis em sua opinião, gostava muito de flores e as achava muito bonitas, era um capricho que gostava de ter e gostava de que ficassem espalhadas por sua casa, para alegrar o ambiente. Já tinha frustrações demais em sua vida e as flores o deixavam genuinamente feliz.
Pensativo, ele ficou diante da pia de porcelana escura, seu banheiro era um dos poucos ambientes privados que foram reformados recentemente e seguiu a estética de Art Déco que estava na moda, ele não costumava se importar muito com isso, mas seu banheiro precisava de uma reforma há anos e postergou até quando pôde, mas como já estava decorando a casa inteira daquele jeito, apenas seguiu o que a decoradora indicou e deu um resultado que o satisfazia bastante.
Suas paredes eram todas revestidas de mármore preto, com detalhes geométricos em dourado, e o piso era de mármore branco, com uma figura geométrica em preto no centro e detalhes da mesma cor perto dos rodapés, a bancada da pia era de mármore escuro, assim como as duas cubas – só Deus sabia porque ele ainda insistiu em uma pia dupla quando era tão solitário – e as torneiras eram douradas e, diante dele, grandes espelhos com molduras elegantes que pegavam quase a parede toda. Havia também uma banheira de porcelana muito luxuosa e ele decidiu investir porque tinha dinheiro sobrando e porque um dos seus poucos prazeres era chegar em casa e passar horas na banheira, especialmente depois de uma partida de tênis, e não economizou um centavo nela. Na verdade, ele não economizou em muita coisa naquela reforma.
Calado, ele apanhou a navalha em uma caixinha de metal, amolou-a rapidamente e pegou a barra de sabonete. Passou-o pela barba molhada pelo banho, formando uma espuma grossa, e foi cuidadoso ao passar a navalha por sua pele, livrando-se da barba que emoldurava seu rosto até então. Normalmente, ele preferia seu rosto barbado, dava-lhe uma aparência mais séria e se achava mais sexy, mas tinha que raspar quando já começava a ficar grande demais e aquele era o dia, infelizmente.
Raspou a barba com cuidado, depois conferiu se deixou algum pelinho, mas ficou satisfeito quando percebeu que estava tudo liso, e guardou sua navalha novamente. Saiu do banheiro e pegou um terno no armário, vestiu-se sem pressa, provavelmente os outros moradores da casa nem tinham acordado ainda, a julgar pelo silêncio, e ele conhecia as filhas que tinha, especialmente a Aurorinha. Sorriu ao pensar nela, era uma menininha tão espoleta que o fazia lembrar de suas travessuras quando era pequeno, Louis era o segundo filho, assim como ela, e já aprontou poucas e boas.
Bobo, ele se olhou no espelho de corpo inteiro após se vestir, vendo um homem muito charmoso com seus trinta anos, usando um terno risca de giz completo, tanto o paletó quanto o colete e a calça, a correntinha do seu relógio de bolso estava evidente e o alfa sorriu, borrifou perfume atrás de suas orelhas e nos punhos, e retornou ao banheiro para arrumar seu cabelo. Louis prezava muito por uma boa aparência, e todos os dias de manhã se dava ao trabalho de deixar a sua impecável, desde os ternos alinhados ao cabelo perfeito. Fez a liberdade, dividindo seus cabelos na lateral, e deixou a parte com mais fios em um topete discreto, não estavam muito grandes para algo maior e manteve todos os fios bem alinhadinhos, sem ter um fora do lugar, com a ajuda de um produto.
Saiu do quarto instantes depois, e desceu as escadas para a sala principal, Francis estava sentado em uma poltrona lendo uma revista qualquer e Louis nem se deu ao trabalho de falar com ele, foi direto para a sala de refeições principal, um cômodo grande e de pé direito duplo, com janelas que iam do chão ao teto e, por não ter cortinas ali, a luz do sol banhava o ambiente. As paredes eram revestidas de madeira de lei em um tom acobreado e a mesa era comprida, caberia facilmente cerca de vinte e duas pessoas, e Louis caminhou por ali, seus sapatos lustrosos batiam no chão de mármore quadriculado e ele sorriu para os empregados.
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1924 • Larry Stylinson [abo]
FanfictionLouis Tomlinson sempre foi muito bem sucedido em qualquer negócio que se metia: indústrias, ferrovias, bolsas de valores e em qualquer possibilidade que o capitalismo colocasse diante de suas mãos. No entanto, a vida não foi generosa com o amor, afi...