6. Make-Up

872 112 80
                                    

Voltei com att dupla haha

Boa leitura❤️

🔸

Harry nunca entendeu o porquê dos empregados da cozinha ficarem tão afoitos quando diziam que dormir de conchinha era bom. Ele nunca viu muita graça em dormir com um alfa o agarrando, achava que seria desconfortável, mas tudo aquilo mudou porque acordar na manhã seguinte foi como estar no paraíso. Estava numa cama deliciosa e a claridade já invadia o quarto, sua cabeça estava apoiada em um travesseiro perdidamente macio e, claro, havia um braço firme agarrando seu corpo e o mantendo coladinho ao seu moreno bonito, que ainda dormia tranquilamente com o rosto afundado nos cachos de Harry e o ômega se arrepiou com a respiração quente em seu pescoço. Depois daquela noite, entendeu muito bem como era delicioso dormir de conchinha, e acordar nos braços de quem amava era perfeito, sentia-se protegido e querido e, além disso, o calorzinho embaixo do cobertor ocasionado pelos dois corpos era bem mais quentinho.

Mordeu o lábio ao abrir os olhos e sorriu ao ver a mão de Louis jogada sobre ele, o que o fez acariciar seus dedinhos com cuidado e carinho, e corou ao se lembrar que estavam nus sob o cobertor, embora não tivessem feito mais sexo depois das duas vezes da noite anterior. Naquela manhã, Harry se sentia completamente diferente, como se fosse um novo ômega depois de ter perdido sua virgindade, e ele sorriu bobo, feliz por ter tido sua primeira vez com quem sempre sonhou, embora soubesse que ficaria para sempre naquele papel secundário na vida de Louis, já que ele infelizmente tinha um marido. Suspirou, era uma situação que ele já sabia o desfecho, estava fadado a viver nas sombras, amando seu alfa às escondidas, entregando-se a ele no silêncio das madrugadas frias para tornar-se um mero empregado na manhã seguinte. Era triste, mas Harry estava ciente de onde estava se metendo e, se era a única forma de ter Louis, ele aceitaria sem pensar duas vezes.

Sorriu ao ouvir um resmungo em seu ouvido e Louis deixou de abraçá-lo para se virar de barriga para cima, ainda dormindo, e se esparramou na cama. O ômega se virou e saiu da cama devagarinho, com cuidado para não acordá-lo, e foi ao banheiro. Urinou e arregalou os olhos ao parar na frente da pia para lavar as mãos, vendo como estava descabelado e com chupões roxos e avermelhados em seu pescoço e ombros, sua cintura estava marcada com as unhas do alfa e ele corou, eram lembranças da selvageria da noite anterior e aquilo o deixou muito satisfeito. Enxugou as mãos na toalha e voltou para o quarto, apanhou a camisa do pijama de Louis numa cadeira que havia ali e a vestiu, vendo seu corpo se cobrir aos poucos com a seda preta caríssima e sorriu ao olhar-se no espelho.

— Quem falou que você estava autorizado a sair da cama, hm? — ouviu, a voz de Louis estava baixinha e bem rouca, e o ômega se arrepiou por inteiro ao olhar para a cama e vê-lo ali, sonolento e com o rosto inchado, e Harry subiu no colchão novamente, aconchegando-se no calor do cobertor, e beijou os lábios do seu alfa. — Hm, como você ficou gostoso assim. Bom dia, querido. — Louis o abraçou e piscou devagarinho em seu estado, ainda estava retornando ao mundo real depois do sono pesado e era uma sensação ótima poder dormir daquele jeito, visto que normalmente dormia muito mal. Harry era o melhor remédio que poderia querer. — Dormiu bem?

— Muito bem. — sorriu e acariciou seus cabelos curtos. — E você?

— Sempre durmo bem quando você me coloca para dormir. — beijou seu pescoço, estava todo manhoso naquela manhã, e fechou os olhos ao deitar a cabeça no peito de Harry e o agarrar com o braço livre. — Você vai dormir comigo hoje de novo?

— Pretendo. — tocou seu narizinho. — Tivemos uma noite tão perfeita ontem que quero acordar agarradinho amanhã também.

— Nós somos dois fodidos, carentes e manhosos, não é? — riu. — E eu adoro isso na gente, isso de precisar ficar pertinho. Eu amo ficar assim, bem juntinho e agarradinho.

1924 • Larry Stylinson [abo]Onde histórias criam vida. Descubra agora