7. Calendula

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Olá! Vamos à att!

Boa leitura❤️

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Ele deu um sorriso ao ver o casarão se aproximar aos poucos e ficou animado quando o motorista conversou com o porteiro e entrou na propriedade, circulou a pequena fonte e parou o carro diante das portas principais. Empregados já estavam ali e não tardaram a pegar suas malas, de modo que Francis ficou sozinho com o motorista, era um alfa bonitão mais ou menos da idade do seu marido, certamente casado, e ele se inclinou no banco traseiro para sussurrar em seu ouvido.

— Você prestou um ótimo serviço. — falou e o homem ficou envergonhado. — Gostaria de retribuir à altura. Podemos nos encontrar no Madison Hotel, o que acha, huh?

— Eu sou casado, Sr. Tomlinson. — o alfa sussurrou e Francis fez um biquinho.

— Ora, eu também. — passou os dedos nos cabelos de sua nuca e o outro foi para a frente para se esquivar dos seus toques. — Quanta frigidez. — reclamou. — Desde quando um alfa recusa um ômega oferecido como eu, huh?

— Um alfa fiel que ama o esposo. — respondeu, emburrado pela insistência. — Prestei meu serviço, senhor, já chegou em casa. Tenho certeza que seu marido está te esperando.

Francis fechou a cara e lhe deu alguns xelins como pagamento pelo trajeto da estação de trem até ali, e saiu do carro, bravo por ter sido negado por alguém. Suas malas já tinham sido levadas para dentro e ele subiu os poucos degraus da frente de sua casa, abriu as portas e arqueou as sobrancelhas ao ver Louis na sala de estar principal, dançando com Aurora enquanto Cecília tocava o piano. O piano preto! Aquele quase nunca era usado, era um piano de cauda lustroso e que foi caríssimo, raramente alguém tocava nele e ela sabia muito bem que não tinha habilidade alguma para tocar ali, deveria praticar no piano mais barato e menos prestigioso que ficava em outra sala. Analítico, ele acendeu um cigarro e caminhou por ali, era sexta-feira, então as meninas não tinham aulas e Louis não trabalhava, pois era o dia de jogar tênis à tarde.

Ele viu que tinha algo estranho no momento que pisou ali, todos estavam muito felizes, especialmente Louis, que usava uma calça de alfaiataria preta e uma camisa, o que era bem casual, a considerar que ele estava sempre com um terno risca de giz muito bem alinhado e com os cabelos impecavelmente arrumados com a brilhantina. Era quase meio-dia e o alfa estava com os cabelos desalinhados, em uma franjinha escorrida, e Francis arqueou as sobrancelhas. Desde quando ele era feliz assim?

Além disso, ele foi ignorado. Completamente ignorado por suas filhas, elas viram que havia chegado, mas não correram até ele para ganhar beijinho ou demonstrar saudade. Aquilo o deixou bem chateado e evitou demonstrar como foi afetado pela indiferença das meninas. Elas sempre eram tão frias com ele, e não entendia o porquê.

— Muito bem, querida. — Louis sorriu para Aurora e se curvou diante dela em um cumprimento clássico da valsa, ela segurou as laterais do vestidinho e se abaixou devagarinho, graciosa, e logo deu pulinhos de alegria. — Você está se tornando uma mocinha muito habilidosa, parabéns! — ele a pegou no colo e encheu suas bochechinhas de beijos. — E você também, Ceci. — aproximou-se do piano e beijou os cabelos da mais velha. — O papai está tão orgulhoso.

Vindo da cozinha, Francis viu um dos empregados se aproximar com uma tigela de porcelana com algumas bolachinhas cobertas com chocolate, só um pouquinho para não atrapalhar o almoço das meninas. Era o de cachinhos, Francis não sabia o nome dele porque não se importava com a ralé, mas o via com bastante frequência porque ele garantia o bem-estar das suas filhas.

— Harry! — Cecília sorriu grande e se ergueu da banqueta do piano, e os olhos de Francis marejaram ao ver que não tinha valor algum para elas, e que um empregadinho qualquer significava mais que ele. A menina pegou uma bolachinha e comeu sem pressa, agarrada ao outro ômega como se... como se fosse seu próprio pai.

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⏰ Última atualização: Oct 26 ⏰

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1924 • Larry Stylinson [abo]Onde histórias criam vida. Descubra agora