Capítulo 2 - Part final

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Continuação...

Eu mal tive tempo de gritar antes que o porão inteiro fosse tomado por uma energia desconhecida. Eu senti uma força me puxando, como se o ar ao meu redor tivesse se tornado uma espécie de vácuo. A última coisa que vi foi o rosto de Peter, uma expressão de choque e medo estampada nele, antes que eu fosse sugada para dentro do portal.

[...]

Atravessei o portal do experimento em um turbilhão de luzes e cores, sentindo um frio estranho em sua espinha enquanto o mundo ao seu redor girava em um vórtice caótico. Quando o portal se fechou, me vi em uma Nova York que, embora familiar, tinha um tom diferente. As ruas estavam cheias de vida, mas havia algo na atmosfera que parecia um pouco desligada, como se o mundo estivesse se esforçando para se ajustar ao seu novo visitante.

Atordoada, caminhei sem rumo pelas ruas da cidade, tentando entender o que havia acontecido. Minha mente estava cheia de perguntas e confusão. Como eu havia chegado aqui? Onde estava exatamente? E, mais importante, como poderia voltar para casa?

Foi então que esbarrei em um jovem que estava me observando com uma expressão de curiosidade. Seu rosto era familiar, mas ao mesmo tempo, diferente. Ele tinha um olhar característico de dor e cansaço, estava parado perto de um café, a poucos passos de onde eu estava. Ele se aproximou para me ajudar, oferecendo uma mão gentil.

– Você está bem? – ele perguntou, sua voz cheia de preocupação.

Eu olhei para ele, tentando entender por que ele parecia tão familiar. Havia algo em seus olhos, no tom de sua voz, que me fazia sentir como se já o conhecesse há muito tempo. Tentei responder, mas as palavras não saíram. Eu estava completamente desorientada, incapaz de formar um pensamento coerente.

– Eu... não sei – murmurei, finalmente encontrando minha voz. – Eu acho que estou perdida.

Ele franziu a testa, preocupado, e pude ver a dor em seus olhos, como se minha confusão o afetasse de alguma forma que eu não compreendia.

– Você se parece com alguém que eu conheço, quer dizer, alguém que eu conhecia. – disse ele, sua voz carregada de uma tristeza profunda.

Havia uma intensidade nas palavras dele que me deixou ainda mais confusa. Como ele poderia me conhecer? Eu nunca o tinha visto antes... ou tinha? Havia algo em seu olhar que despertava uma lembrança vaga, como um sonho que você sabe que teve, mas não consegue lembrar completamente.

Ele me ofereceu sua mão, e eu a aceitei, sentindo uma estranha sensação de conforto ao tocá-la. Como se, de alguma forma, ele pudesse me ajudar a entender o que estava acontecendo. Enquanto caminhávamos em silêncio até o café mais próximo, minha mente estava em turbilhão. Quem era esse homem? Por que ele parecia tão familiar? E, mais importante, onde eu estava?

Sentamos em uma mesa de canto, afastados do barulho e da agitação, e ele pediu duas xícaras de café. Enquanto esperávamos, ele me observava com atenção, como se tentasse decifrar um enigma.

– Nós podemos conversar! Talvez eu possa ajudar. – ele sugeriu, tentando esconder a emoção em sua voz.

Eu assenti, ainda tentando organizar meus pensamentos. Havia algo nele que me fazia sentir que eu poderia confiar nele, apesar de tudo. A sensação de déjà vu era esmagadora, como se eu estivesse revivendo algo que já havia acontecido antes.

– Eu não sei onde estou – comecei, sentindo um nó se formar na minha garganta. – Tudo o que eu sei é que eu estava com o Peter, e então... algo deu errado. Um portal se abriu e... eu fui sugada para ele.

Paralelos entre Teias - Peter Parker Onde histórias criam vida. Descubra agora