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Daqui desse Momento

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Apuh admirava de longe a sua maior conquista na ilha cogumelo. Sentado a alguns metros de distância e com as costas escoradas na crafttable que ele achou por aí ele observava sorrindo com os farelos no pão sujando a sua bochecha a grande casa comunitária.

A arquitetura era relativamente simples, mas aconchegante. Um porão com pequenas janelinhas que lembrava clarabóias, dois andares perfeitamente mobiliados e decorados com a ajuda de Tuguim e de Dino e Dina, a missão de Apuh estava concluída.

E uma missão concluída era tudo o que Apuh mais almejava desde que chegou na ilha. Claro, uma missão concluída, uma barriga cheia e uma boa noite de sono ao lado de um certo alguém que ainda não havia dado as caras desde que recebeu sua missão principal.

Apuh viu como Tuguim fez toda a disposição de camas e mesmo reclamando da estranha, suspeita e quase ofensiva escolha premeditada de onde ficaria cada cama, Apuh não mexeu sequer um centímetro de sua cama para ficar longe da cama de Lg. Aquela tartaruga metida a decoradora transformou uma simples cama de solteira em uma belíssima cama de casal, mas isso são apenas detalhes que Apuh se preocuparia mais tarde em tratar com Lg. Tinha que achar ele primeiro.

Mas antes de achá-lo Apuh tinha uma coisa mais importante para fazer e isso se tratava de conquistar a sua relíquia. Assim que conclui a sua missão principal, ele desbloqueio o acesso a sua relíquia. O que ela era e o que fazia? Apuh ainda não sabia, porém logo ele teria a suas respostas.

Ele se levantou, limpou as suas roupas se livrando de qualquer terra roxa daquele bioma e se espreguiçou estalando as suas velhas costas e bocejando alto, por sorte, não havia ninguém por perto para lhe testar a paciência. Confiante, caminhou pela terra até chegar ao caminho de pedras que construiu em frente a casa comunitária e sorrindo subiu cada degrau de madeira de pinheiro. Passou pelo primeiro andar olhando bem um par de camas roxa e vermelha coladas uma na outra e subiu a escada caracol até chegar no último andar e contemplou o baú do fim bem posicionada no topo da escada.

Ele brilhava em partículas roxas e grunia o som típico da magia daquele mundo. Ansioso e sem poder mais esperar um segundo, Apuh abriu o baú. As partículas o envolveram e bagunçaram o seu cabelo com a brisa mágica e da escuridão do infinito que aquela baú guardava. Apuh estendeu a mão, adentrando o vácuo do espaço armazenado em um único artefato e de lá tirou um objeto dourado, reluzente, que ele já viu em outras jornadas, no entanto o brilho que aquele pequeno totem de ouro refletia em cada parte moldada dizia a Apuh que aquele totem da imortalidade não era apenas um totem comum.

Mas a sua única e grande relíquia.

O totem dourado não era maior que a palma de sua mão e quando mais Apuh o segurava, mais ele reluzia e pequenas transformações eram acometidas na relíquia, como os olhos se tornado vermelhos, mais detalhes no manto dourado aprecia na estatueta e uma corrente de ouro surgiu entre os dedos de Apuh. Ele sorriu e não tardou em colocar o totem em volta de seu pescoço. Era um pingente grande e mais pesado que os costumeiros colares, mas nada que Apuh não pudesse se acostumar. Agora tudo o que ele devia fazer era testar os limites e poder de sua relíquia, começando com se atirar pela pequena varanda do segundo andar e comprovar que aquela relíquia era realmente como os totens comuns de imortalidade.


Com uma pequena explosão de fogos de artifício com purpurinas verdes e amarelas, o totem explodiu no peito de Apuh assim que ele caiu no chão depois de se atirar no segunda andar da casa comunitária e sem nenhuma proteção ou poção para alterar a sua força e resistência, era certo que ele desmaiaria com a queda, mas como qualquer totem da imortalidade, a estatueta em seu peito se quebrou e impediu o seu desmaio. Apuh sentiu-se revigorado e a dor em sua perna sumindo rapidamente como um sopro. Ele já esperava por isso e assim que tocou o seu peito sentiu perfeitamente o formato da estatueta de ouro ainda pendurada na corrente em seu pescoço, ele sorriu.

É o que me interessa| !Lapuh!Onde histórias criam vida. Descubra agora