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A sobra do passado 

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Dessa vez, quando Apuh abriu os olhos, ele viu todas as pessoas da casa comunitária o olhando. Eles decidiram apenas ignorar a privacidade alheia e vieram bisbilhotar o seu sono. Apuh conseguiu atirar em Tuguim - o líder de toda aquela tramoia - um dos seus sapatos e fez carinho atrás de uma das orelhas felinas de Lg quando ele resmungou durante o sono. Estava decidido, Apuh se mudaria de vez daquela casa, chega de vizinhos intrometidos em sua vida amorosa. 

Antes de se levantar, Apuh olhou para a face adormecida de Lg, se lembrando dos beijos que trocaram ontem a noite e tocando a relíquia pendurada em seu peito, Apuh sorriu com toda a sorte que ele tinha. Se inclinou e deixou um beijo na testa de Lg e então partiu para um novo dia na ilha. Agora que tinha os itens necessários para fazer poções de invisibilidade, ele poderia investigar a todos e descobrir mais sobre o suposto atentado contra as relíquias.

Enquanto esperava as poções efervescem e os ingredientes maturasem em cada frasco, Apuh separou o seu livro e pena e também buscou em um dos seus baús a sua fiel luneta.

Com cerca de seis poções de invisibilidade, com oito minutos cada guardadas em sua mochila, Apuh tomou uma antes de sair de cada e se certificou que não estava aparecendo nada que pudesse comprometer a sua presença. 

A primeira casa que decidiu ir foi a de Serra, ele era um dos grandes suspeitos do suposto roubo de relíquias. Serra não se preocupou em guardar o seu segredo e contou a todos qual era a sua relíquia, tanto que o portal do Nether a homenageava. Um tridente reluzente; A relíquia do Oceano.

Apuh não podia negar, antes de descobrir qual era sua relíquia, ele sentiu um pouco de inveja do Serra. Apuh gostava de tridentes, eram uma arma super poderosa e única, difícil de conseguir e carregavam um certo poder apenas com a sua imagem. 

Invisível, ele investigou todos os cômodos e fez algumas anotações em seu livro, especificando quem era e qual era a sua relíquia. Além de baús cheio de pedregulhos e mineiros que os dedos de Apuh se começaram para pegar, ele não encontrou nada demais na casa de Serra, mas isso não significava que poderia baixar a guarda em relação a ele. 

O próximo a ser investigado foi Dlet, ele também estava sendo acusado e Apuh estava interessado em saber mais sobre a relíquia dele. Diferente de Serra, Dlet preferiu manter segredo. Investigando os seus passos, Apuh viu Dlet saindo de um cogumelo gigante com uma fornalha, craft table e um baú duplo em sua sombra e indo em direção a casa comunitária. Apuh se escondeu atrás de um dos cogumelos vermelhos gigantes e tomando cuidado para que ninguém estivesse por perto, ele puxou a sua luneta e viu Dlet parando em frente a casa e olhando para ela. A sua postura revelava que ele estava à espera de alguém.

Apuh mordeu o lábio ao ver que Lg se aproximou de Dlet e os dois foram juntos para uma área mais afastada. Apuh precisou apertar o passo para não os perder de vista. O que Lg queria com Dlet? Lg era alguém que Apuh poderia confiar de olhos fechados, mas o que ele poderia querer com o Dlet, justo com o Dlet? Se Lg precisase de alguma coisa, ele poderia muito bem o chamar! Apuh largaria tudo para poder ajudar Lg. Largaria até a sua fantasia de Sherlock Holmes para fazer os seus caprichos.

Pela ausência de Lg nos últimos dias na ilha ele estava isento de toda a fofoca que rolava sobre a ameaça dos roubos de relíquias, então Apuh logo descartou a ideia de que Lg pudesse estar tramando algo com Dlet… Isso se não fosse o próprio Dlet que queria arrastar Lg para o roubo de Relíquias! É claro! Lg era o melhor guerreiro de todos na ilha. Ele sabia empunhar uma espada como ninguém, ninguém o vencia em uma luta e Lg era alguém perigoso o suficiente para seguir princípios peculiares, desde que isso apetecesse os seus desejos. Apuh confiava em Lg, mas não confiava em Dlet.

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