Hande Baladin e Cecília Daher, conhecidas no mundo do vôlei, possuem problemas pessoais entre si, pelo menos é o que Hande afirma. Baladin, uma jogadora inclemente e determinada, enxerga Cecília como uma rival capaz de desestabilizá-la, ao passo que...
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Se Cecília fosse questionada sobre o desejo de reverter sua decisão de comparecer à festa, sua resposta seria, sem dúvida, o "sim" mais sincero que ela já pronunciaria em toda sua vida.
Daher, conhecida por ser uma das atletas mais habilidosas e surpreendentes em quadra, apresentava um contraste notável fora dela. Esse contraste tornou-se evidente quando Cecília se sentiu diminuta ao observar o ambiente repleto de mulheres altas — apesar de Daher não possuir uma estatura baixa. O verdadeiro problema estava na sensação de um local lotado, que fazia Cecília sentir-se deslocada e desconfortável.
Ela foi retirada de seus pensamentos quando percebeu a mão de Júlia entrelaçada à sua, atraindo sua atenção para os olhos azuis da ruiva. Bergmann, notando o olhar repleto nervosismo de Daher, respondeu com um sorriso acolhedor. Embora fosse uma atleta renomada, Cecília não apreciava a ideia de lidar com o público e com pessoas em geral, algo que ela provavelmente carregava desde a sua meninice.
Incentivada por Bergmann a prosseguir, Cecília respirou profundamente e tentou desviar seu nervosismo com um sorriso. Ao avistá-las na entrada do salão, Melissa aproximou-se para cumprimentá-las.
— Eu sinceramente não sei como Melis conseguiu convencer Cecília a vir. — Melissa comentou, emitindo uma risada suave. Mentalmente, Daher expressou sua gratidão pela recepção amigável.
— Tenho certeza de que sou mais responsável por isso do que Melis. — Júlia respondeu com convicção, provocando risadas nas garotas presentes.
— Eu gostaria de agradecer pelo convite, Lissa. — Cecília respondeu de forma tímida, trocando sorrisos discretos com a jogadora.
— Eu quem devo agradecer pela sua presença, Cecil. — Vargas respondeu gentilmente.
— Falando em Melis, você a viu? — Perguntou Bergmann, interrompendo a interação e atraindo a atenção para si. Vargas virou-se para o salão, procurando a líbero.
— Ela chegou há pouco. — Respondeu Vargas, continuando sua busca. — Acredito que ela esteja no jardim com as outras meninas. — Disse por fim. — Bem, meninas, preciso me retirar agora para receber os outros convidados que ainda estão chegando. Espero encontrá-las por aí. — Despediu-se, deixando Júlia a sós com Cecília.
Ainda paradas no local, Júlia observava o ambiente enquanto mantinha a mão de Daher entrelaçada à sua. Ela sorriu ao avistar o garçom servindo bebidas, algo que ela havia procurado.
— Você deseja algo para beber? — Perguntou em tom baixo, o que fez Cecília sentir um leve susto e arrepios pela proximidade repentina. — Desculpe, não queria assustar você. — Júlia desculpou-se sinceramente.
— Tudo bem. — Cecília respondeu timidamente. — Respondendo à sua pergunta, gostaria de algo sim. — Com isso, Bergmann sorriu, empenhada em garantir que Daher se sentisse confortável em sua companhia.
