Cap 1

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Era um dia de sábado, estava triste e como não havia nada para fazer, resolvi ir para o shopping fazer compras, era a única coisa que eu fazia para aliviar o estresse, ou o tédio.
Dês de nova, sempre fui ensinada a gastar para resolver os meus problemas, dês de que a mamãe morreu as coisas mudaram dentro de casa. Mudaram para pior. Era muito próxima da mamãe, ela era a minha companhia, mas quando tinha 14 anos uma doença a levou embora.
Dois anos depois, meu pai se casou com uma mulher mais nova, a Judite. Essa mulher era insuportável, e parecia que ela não gostava muito de mim. 4 meses depois ela engravidou da Cecília. Depois disso tudo mudou para pior. Judite tinha um poder de persuasão para com me pai, tudo que ela dizia ele obedecia sem questionar, aos poucos ele foi esquecendo de mim e esquecendo da mamãe.

Meu pai nunca tinha tempo para mim, sempre estava ocupado no trabalho e sempre me dando presentes ou seu cartão gordo para disfarçar sua ausência, mas não era isso que eu realmente queria.

Saí de casa depois de uma briga. Cecília mais uma vez mexeu em minhas coisas, fui confronta lá e Judite a protegeu. Meu pai não acreditou em mim e mais uma vez disse para sair para fazer compras. Então agora estou eu fazendo isso mais uma vez.

Nada me interessava, eu já tinha comprado tanta coisa que não havia nada mais que pudesse comprar.
Resolvi ir a uma loja de doces que eu passava todos os dias para comprar algo, os doces de lá eram maravilhosos.  Chegando perto vi um tumulto, sem entender nada me aproximei mais
- o que houve ? Perguntei a uma senhora que estava ao meu lado.

Senhora : - eu também não sei. Todos estão assustados, mas ninguém comenta nada.

Me aproximei ainda mais, chegando lá todos me olhavam assustados, como se quisessem dizer algo. Suas expressões eram de medo.

- o que houve, gente ?
Quando de repente alguém me segurou pelo pescoço apontando uma arma em minha cabeça.
Bandido: se alguém ligar para a polícia eu estouro os miolos dela. Dizendo isso me puxou para fora da loja  e me conduziu a um carro preto que tava em frente a porta.

- por favor, moço não me mata, sou muito nova para morrer, tenho tantas coisas para fazer, tenho tantos doces que ainda preciso comer naquela loja. Eu ainda não dei o meu primeiro beijo e nunca tive um namorado. Se quiser o meu dinheiro, pode levar. Olha, esse cartão tem muito dinheiro. Se quiser você pode levar
tudo, eu não vou ligar para a polícia, por favor.

Ele estava com um capuz, só conseguia ver seus olhos. Azuis como o céu.
Bandido :  fique quieta, porra. Eu não vou Matar você, mas se dizer mais uma palavra eu estouro os miolos aqui mesmo e seu velório terá que ser com o caixão fechado.
Dizendo isso deu partida no carro.

- tá, tá bom, me desculpe. Só não me mata.
Ele dirigiu por um bom tempo, e entrou em uma rua que não conhecia. Até que paramos em uma rua deserta. Ele desceu do carro e 
Abriu a porta do passageiro e me puxou pelo braço me levanto até uma casa enorme.

Bandido:  se você ficar quieta eu prometo te soltar.
- tudo bem, vou me comportar.
Ele abriu a porta e mandou entrar. Me levou em um quarto e me disse que eu poderia dormi lá. E saiu .

Meu Deus, o que eu faço ? Por que isso tá acontecendo comigo ? Eu não quero morrer. Eu vou morre virgem? Sem poder beijar ? Acho que ninguém deve está me procurando. Judite vai adorar ver que eu não voltei.

Deitei me na cama e comecei a chorar. Minha cabeça se passava mil coisas, em tudo que eu não havia feito, em não ter tido um momento só pai e filha.  Chorando adormeci.

Acordei no outro dia e torci para que tudo aquilo fosse um pesadelo, mas para o meu desespero não era. Ouvi passos em direção ao quarto. Deitei me novamente e fingi estava dormindo.
TOC TOC TOC
Ele abri a porta.
Bandido: - bom dia, trouxe um café para você tomar.
- não quero!! Não sei o que você colocou ai.

Bandido- então você ficará sem comer nada.
 
- ótimo!
Ele sai do quarto batendo a porta.
Comecei a chorar, eu só queria sair de tudo aquilo. Acabei adormecendo novamente.

Loving a CriminalOnde histórias criam vida. Descubra agora