Cap 5

1 0 0
                                    

Eric: Junte suas coisas que eu irei te levar embora. Disse ele com um olhar triste.
Saí da sala e fui para o quarto pegar minhas coisas. Eu fiquei feliz, mas por algum motivo eu também me senti triste. Parecia que um buraco se abriu em meu peito, era uma sensação horrível. Será que eu havia me acostumado com tudo aquilo ou pior, será que eu estava gostando dele ?

Saí do quarto e fui em direção ao lado de fora da casa. E lá estava ele parado com a porta do passageiro aberta. Entrei e permanecemos o caminho inteiro em silêncio. Após chegar em uma rua perto de casa, ele parou e esperou que eu saísse. Saí do carro e ele foi embora sem olhar para trás.

Cheguei em casa e tudo parecia estar normal, como se eu nunca estivesse desaparecida. Mais uma vez meu pai não estava em casa.
Tomei um banho e vesti uma roupa confortável.
- Nossa, como eu estava sentindo falta das minhas coisas. Falando aquilo surgiram lembranças de quando eu estava junto com Eric. Me entristeci e comecei a chorar. Não entendi o motivo, mas eu só queria chorar naquele momento.

Ouvi barulhos no corredor e logo depois alguém bateu a porta.
- me deixem sozinha.

Quando olhei  para porta Judite estava  entrando dentro do quarto.

Judite: ah, você esta aqui ? Pensei que não voltaria, disse ele revirando os olhos.

- porque não voltaria Judite, essa é a minha casa.

Judite: essa casa é minha, não sua. Eu sou a mulher do seu pai, então agora tudo aqui é meu.

- e eu sou a filha dele. Pode sair do meu quarto por favor, não te dei permissão para que entrasse.

Judite: claro, sairei. Mas o que você me disse não ficará em vão.

- Ta, só saia. Quero ficar sozinha.

Fechei a porta com força e a tranquei. Coloquei o rosto no travesseiro e comecei a gritar apertando o em meu rosto para que abafasse o som dos gritos.

Passaram se dois meses, e sentia  a falta de Eric. Estava impossível ficar dentro de casa com Judite lá, e eu só conseguia lembrar da paz que era em viver com o Eric, a paz que eu não encontrava em minha propria casa.
A casa era grande, mas não o suficiente para nós duas.

Saí decidida a beber até não aguentar mais.  entrei no primeiro bar que eu vi e comecei a beber muito até não conseguir falar ou andar direito. Quando o bar estava fechando, paguei a conta e sai de lá, Minha vista começou a embaralhar, não conseguia andar direito senti que perdi as forças do meu corpo, até cair no chão.
Quando acordei, senti uma dor tremenda na cabeça, mal conseguia abrir os olhos, e meu corpo doía. Quando consegui abrir os olhos avistei Eric sentado em uma cadeira perto da cama.

Eric: que bom que acordou, Aurora, fiquei preocupado com você.

- Eric!  (Me levantei da cama e o beijei).
Não sabe como senti a sua falta, (continuei o beijar)

Eric: também senti a sua falta.

Parei de beijá-lo por um momento  e o olhei.

- mas espera, como fui parar aqui ? E porque sua blusa está cheia de sangue ?

Ele me olhou, sentou em cima da cama e eu o acompanhei.

Eric: ontem você bebeu muito, e ao sair do bar você caiu e apagou. Um cara que estava perto achou que poderia se aproveitar de você então fui consumido por uma raiva tão grande que eu o matei. Me desculpe.

Eu me afastei dele colocando a mão na boca e assustada

- o que!! não acredito. Você o matou!!

Eric: sim, quando eu percebi eu já tinha feito aquilo.

- mas como sabia que eu estava ali?

Eric: dês do dia em que você foi embora eu te observo de longe para ter certeza de que você estaria bem. Se eu não estivesse lá, sabe lá o que ele faria com você.

Ele colocou a mão em seu rosto levantando da cama.
Eu fiquei em choque, não sabia o que pensar naquele momento. Eu me apaixonei por um assassino ?

- pode me deixar sozinha, por favor.

Eric: claro, tudo que você quiser. Não me odeie por favor, apesar de tudo, eu não sou um cara ruim  Disse ele saindo do quarto.

Fechei os olhos e comecei a pensar sobre tudo. Mas estava tão sonolenta que acabei adormecendo novamente.
Quando já estava a noite

- nossa, eu dormi a tarde toda !!

Me levantei e Eric estava na cozinha arrumando a mesa. Tinha muita comida.

- o que é tudo isso? ( Disse eu sentando na cadeira)

Eric: para você. Pode comer o que quiser. Espero que esteja melhor. Tome esse remédio, vai ser bom para você.
Eu peguei o remédio e logo depois ele me entregou um copo com água.

Estava faminta, comecei a comer tudo que estava na frente, até não aguentar mais.

Logo depois fui para a sala e me sentei no sofá. Ele se sentou do meu lado em silêncio. Mas seu olhar parecia ter mil coisas para me dizer.

- Você pode me levar para casa ? Ele olhou para mim e me respondeu. Agora que sei o seu bairro posso te visitar.

Eric: Claro. Ele sorriu
Você sempre será bem vinda.
Chegando em lá, avisto Judite na sala com o meu pai. Fazia tanto tenpo que não o via que fique feliz.

- ola papai, senti a sua falta .
Ele me olhava enfurecido.
- o que houve ?

Alfredo: junte suas coisas e vá embora dessa casa. Disse ele enfurecido.

- mas por que ? O que eu fiz de errado, papai ?

Olhei para Judite e ela estava rindo disfarçadamente.

- o que foi que a Judite lhe falou? Essa cobra.

Alfredo: Aurora, a Judite é a minha esposa então eu espero que a respeite. Essa casa é minha. Ela me disse que você vive brigando com a Cecília e que você bateu nela.

- isso não é verdade, papai. Por favor, o senhor tem que acreditar em mim, eu não a toquei. Ela vive entrando em meu quarto e mexendo nas minhas coisas, mas eu juro que não encostei nela, por favor, diga que acredita em mim.

Alfredo: Cale a boca, Aurora, não mudarei a minha palavra. Dizendo isso, ele jogou o vaso no chão o quebrando.

Judite fingia estar chorando e o abraçou. Ele retribuiu o abraço a confortando.

- vocês dois se merecem mesmo. Ela não te ama, só quer o seu dinheiro. E quando você o senhor enxergar isso, será tarde de mais .

Ele veio em minha direção e me deu um tapa.

Alfredo: me respeite menina, sou o seu pai.

- não, você não é o meu país. Nunca vou te perdoar por isso.

Loving a CriminalOnde histórias criam vida. Descubra agora