Cap 2

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Acordei sentindo uma tremenda fome, me levantei e fui em direção a porta,  a abri bem devagar e saí. Andei pé por pé para que não fizesse barulho. Andando em direção a cozinha me deparo com ele deitado no sofá dormindo, quando me peguei olhando para ele e tendo pensamentos estranhos. - Ele é tão lindo, ' pena que é um bandido ' pensei e logo depois balancei a cabeça em tentativa de que aquele pensamento saísse da minha mente.

Fui em direção a cozinha, e lá havia um prato tampado com comida, parecia que ele tinha preparado para mim. Comecei a come- lo, estava muito faminta. Um minuto depois ouço  um barulho atrás de mim. Me virei e me deparei com ele me encarando.
Bandido: eu lhe dei permissão para que saísse do quarto? não é  você disse que não estava com fome. Disse ele franzindo a testa segurando sua arma.

- me desculpe, mas e que... é que eu estava com fome, não como há algumas horas. Por favor, não me mate. 

Bandido: Eu não vou te matar, porra. ( Disse ele gritando)
Mas agora você viu o meu rosto, tenho que pensar o que vou fazer com você.

Comecei a chorar, uma imensidão de lágrimas percorreu o meu rosto e ajoelhei ao seus  pés implorando que não me matasse.

- por favor senhor, não contarei a ninguém, eu prometo. Pode confiar em mim. Sei que o senhor não é um homem ruim.

Ele deixou sua arma na bancada e  me levantou enxugando minhas lágrimas.

bandido: calma, tá tudo bem. Não vou te matar, não se preocupe. (Passando a mão em meu rosto)
Termine sua comida. Eu te soltarei assim que todos esquecerem do ocorrido. Então se comporte.

- tudo bem. Enxuguei as lágrimas do meu rosto  enquanto ele me olhava comer

Terminei a comida e fui para o quarto.
Mais tarde ele bateu a porta e me deu algumas roupas, uma toalha e um kit de higiene.

Bandido: não sei bem o que você gosta de vestir, então trouxe isso para você.

Por minha sorte todos os produtos eram bons. Eu os peguei.

- obrigado. Olhei para trás e ele confiava me olhando.
-  Não se atreva a me espiar enquanto tomo banho.

Bandido: Ele deu um sorriso de lado e saiu do quarto.

O que foi isso, porque ele riu ? Será que ele vai me espiar ?
Saí do quarto e fui em direção do banheiro. Ele me seguiu com os olhos até que eu fechasse a porta.

Nossa, como eu precisava desse banho. Sai do banheiro com o cabelo molhado meio relutante em perguntar mas precisava de uma secador.

- você tem algum secador aí ?

Ele me encara por alguns segundos .

Bandido:  ah, claro. Vou pegar para você.

- obrigado.

Logo depois ele voltou com o secador e me entregou.

- onde posso usá- lo ?

Bandido:  No meu quarto. Pode ir lá, mas não toque em nada. Dizendo isso, me levou  ao quarto dele.

Ele fez questão de ficar me esperando até que eu terminasse. Ele passou maior parte do tempo me olhando e quando eu o olhava ele desviava rapidamente. Recebeu uma ligação e saiu para atendê-la.

O quarto dele era enorme, e sua cama era bastante convidativa, quando percebi já estava deitada nela.

- nossa, como é tão macia. Nunca tinha deitada em uma cama dessa.

Bandido: - está confortável? 

Olhei para o lado e ele estava me olhando escorado na porta com os braços cruzados.

- me... me desculpa, mas sua cama é tão convidativa que não a resistir.
Levantei e o entreguei o secador.
- muito obrigado.

Ele segurou o meu braço e me puxou para perto. Sentir o seu cheiro, era tão bom o seu perfume.

Bandido: se quiser pode dormir nela hoje. Disse ele com um sorriso malicioso e mordendo a boca.

- o que ? Não. Dormirei no outro quarto mesmo.

Bandido: cê que sabe.  Caso queira, será sempre bem vinda. Disse ele Piscando os olhos para mim.
Ele é doido ? Sai do quarto envergonhada.

Mais tarde ele me chamou para jantar.
Eu estava tão faminta ao ponto de esquecer completamente a situação em que  estava.

- quando você me soltará? Perguntei aflita.

Bandido: logo logo, não se preocupe. Colocando a comida na boca.

- tudo bem.
Permaneci o resto do jantar em silêncio. Ele me olhava algumas vezes mas não dizia uma palavra.
Até que ele é bem bonito. Em outra situação você não me escaparia. Deixei soltar esse pensamento em voz alta. (Tampando a boca).

Bandido: o que ? Disse ele largando o garfo de sua mão.
- não, nada. Já terminei. Bem.. estava bom. Boa noite, senhor bandido. Irei dormi.

Bandido: senhor bandido ? Disse ele gargalhando dando batidas na mesa.
O senhor bandido tem nome, me chamo Eric. E você,  como se chama ?

- me desculpe, senhor Eric, não queria te ofender. Me chamo Aurora.

Eric: lindo nome, mas pare de me chamar de senhor, hahaha. Acha que tenho quantos anos, disse ele levantando da mesa e cruzando os braços.

- bem, não sei. Uns 30 ?

Eric:  o que ?! Disse ele colocando a mão em seu peito. Essa doeu . Pareço ter 30 anos ? Não estou tão mal assim, estou ? Disse olhando apontando para se mesma 

- não!! ( Tapei a boca) Quero dizer.... Então quantos anos, tem ?

Eric: tenho 25. E você ?

- eu ? Bem.. eu tenho 19.

Eric:  é, você parece ter mesmo essa idade.

- an, obrigada, eu acho. Vou indo.
Saí de perto dele, lavei o meu prato e fui para o  quarto.

O que foi isso, agora ele quer ficar de conversinha, e até me disse o seu nome!! Espero que isso acabe logo.

No outro dia, acordei com um barulho, me levantei e saí do quarto. Quando olhei para porta da frente da casa, ela estava aberta, passei o olho sobre a casa para ver se ele estava por perto, mas não o via. Essa é sua chance, Aurora. Quando botei os pés do lado de fora, dei de cara com ele.
Ele largou as sacolas no chão e me olhou franzindo a testa.
Eric: - como confiarei em você agora?

- por favor, me desculpe. E que eu preciso ir embora, deve tá todo mundo me procurando (mesmo sabendo que não estava). Você disse que me soltaria.

Eric:  sim, eu disse. Mas você está me fazendo mudar de ideia. Eu disse pra você se comportar, porra.

- não grita comigo. Idiota.
Ele me olhou assustado e logo percebi a burrada que havia feito.

- me desculpa, por favor.
Ele veio se aproximando em minha direção e eu fui dando passos para traz .

Eric: eu admiro sua coragem, senhorita. Volte para dentro. E não me faça perder a paciência com você, estou sendo muito bonzinho.

- claro, isso não irá se repetir. Comecei a chorar
O que eu vou fazer ? E se ele nunca me deixar sair e me prender aqui para sempre!! 

Ele me olhou com um olhar de arrependido me disse.

Eric: não precisa chorar eu já disse só tenha calma. Olhe para mim.
trouxe isso para você. Vi que você gostava dos doces de lá, então te trouxe alguns, espero que goste (Disse ele tirando uma caixa da sacola e me entregando) me encarou para ver como reagiria e esperou alguma reação.
Para a minha surpresa era da minha loja preferida de doces. Peguei a caixa e a abri. Aquilo conseguiu me fazer esquecer tudo aquilo por um momento.
Dei uma mordida.
- nossa, como isso é tão bom! ( Dando pulinhos de felicidades)

Ele me encarava sorrindo.

- o que foi ? Do que esta rindo ? Estou com a boca suja ? 

Ele se aproximou de mim e beijou o meu rosto na tentativa de limpar o doce que estava  em meu rosto. Senti que minhas bochechas começaram a corar.
Ele deu uma risada e foi para o quarto.

Loving a CriminalOnde histórias criam vida. Descubra agora