Cap 3

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Peguei minha caixa de doces e fui para o quarto. O que foi isso agora!! Isso estranhamente  mexeu comigo. Cuidado Aurora, pare de pensar besteiras, disse isso dando batidinhas em minha cabeça.

Eric: - com quem está conversando, senhorita Aurora ?

Dei um pulo assustada. ( Pensei) Será que ele ouviu o que eu falei ?

- você não foi ensinado que não se deve ouvir conversa dos outros ?

Fui em direção a porta, e apontei para a mesma.

- olha, isso é uma porta, para entrar você precisa bater.

Ele me olhou fixamente.
Bati a mão em minha cabeça, o que eu estou fazendo? Arregalei os olhos. E o abracei.

- me desculpa está bem ? Isso não vai se repetir eu prometo.
Dizendo isso o soltando.
Ele segurou o meu braço e me puxou pela cintura.

Eric : você é uma garota bem ousada, e as vezes penso que você não tem medo de mim ou de morrer. Acho que estou sendo bonzinho de mais com você.

Dizendo isso ele continuou me encarando de perto com aqueles belos olhos azuis.

- me desculpe, senhor Eric, sei que passei dos limites mas isso não vai acontecer de novo, tá bom eu prometo. Cruzei os dedos e dei um beijo no mesmo em demonstração a promessa que havia feito.
- Mas é que o senhor não pode entrar sem bater e ouvir... Percebi que ele me encarava e me calei.
Soltei o seu braço que me segurava devagar e ele me encarava sorrindo.

Entrei para o quarto e suspirei de alívio. O que está pensando Aurora. Você quer morrer ?
Se controle.

Mais tarde senti muita fome, então resolvi me levantar para procurar algo para comer. É tão estranho como o nosso cérebro nos obriga a nós acostumar com algo, mesmo que aquilo não seja considerado bom.

Saí do quarto devagar em direção a cozinha. Passando entre a sala a tv estava ligada, passei devagar e quando cheguei perto, Eric estava deitado no sofá apenas de bermuda.
Paralizei por alguns segundos vendo a maravilha que era o seu corpo.
Mas porque ele teve que escolher esse caminho ? Eu poderia ter conhecido ele sem ser  nessas circunstâncias. Droga.

Cheguei mais perto dele e senti vontade de tocá-lo. Meus pensamentos intrusivos me venceram, Aproximei minha mão sobre o seu peito, quando de repente ele segurou meu braço e eu  arregalei os olhos.

Eric: o que pensa que está fazendo ? Estava tentando abusar de mim ? Disse ele rindo do que havia dito.

- não, não é que, é que.

Eric: não gagueje. " É que", o que ?

Ele se levantou ainda segurando minha mão e a colocou em seu peito. E a passando em sua barriga.
Eric : sei que sou lindo e você não consegue me resisti, mas se você quiser me tocar você pode pedir, não precisa fazer isso escondido. Mas acho que eu também vou querer algo de você. (Deu um sorriso de lado, olhando para minha boca).

-  não seja convencido, e  você não faz o meu tipo, eu não...

Ele parou e me encarou desconcertado com o que eu tinha falado

Eric: como assim não faço o seu tipo? Eu faço o tipo de todo mundo. ( Disse ele coçando a cabeça).

Interrompi seus questionamentos.
- você tem lamen ? Tem muito tempo que não como, lá  em casa eu não podia comer, porque como sempre, a Judite queria mandar em tudo.
Disse que lamen era coisa de gente pobre.
Mas isso é um absurdo, não é mesmo ?

Ele ainda desconcertado com tudo aquilo.

Eric: aqui não tem, mas posso comprar pra você. ( Disse ele, colocando sua camisa no ombro e pegando a chave do carro)

- obrigado, senhor, Eric.

Eric: não me chame de senhor, e não mexa em nada até eu voltar. Espero que esteja tudo em seu devido lugar.

- tudo bem, prometo não mexer em nada, senhor ... Quer dizer, Eric.

Ele me olhou sorrindo e balançou a cabeça.

Eric: já volto.

Até que ele não é um cara ruim, só precisa parar de viver nessa vida. Ele deve ter roubado tanto, olha o tamanho dessa casa.
Andando pela casa me sentei no sofá para assistir tv e Ali acabei adormecendo.

Minutos depois Eric voltou, acordei com o barulho dele abrindo a porta, e eu me levantei e corri em sua direção.

Eric: não sabia de qual sabor você gosta, então trouxe de todos os sabores (disse ele despejando todos em cima da mesa)

- muito obrigado, Eric. Tinha tanto tempo que eu não comia. Algo tão simples, mas bom.
Logo em seguida abriu outra sacola, e por minha surpresa estava alguns doces da minha loja preferida .

- o que ? Você trouxe os meus doces favoritos.
Corri em sua direção e pulei em seu colo dando um beijo em sua bochecha dizendo obrigado.
Ele deixou a chave cair e me segurou.
Quando caiu a fixa, me assustei com minha impulsividade. Será que já estou me acostumando com ele ? Não posso me acostumar com um bandido.

Ele me olhou assustado e sorriu disfarçadamente.

- me desculpe, eu estava tão feliz que invadi todo o seu espaço.

Eric: primeiro tenta abusar de mim e depois pula em meu colo. Não sei não, em hahaha
Depois diz que não faço o seu tipo.

- ei, não é nada disso, e eu não abusei de você.

Nós dois começamos a rir daquela situação,e ele começou a preparar  o lamen para mim, enquanto isso resolveu abrir um vinho.

Eric: você bebe ? Disse ele estendendo uma taça em minha direção.

- claro, eu adoro vinho.
Ele sorriu colocando vinho em minha taça.

- quando sentir vontade de  tomar, você pode vir aqui. Ele foi em direção a uma porta escondida. Fui atrás dele quando entrei havia muitas garrafas de vinho.

- UAU!! eu ficaria muito feliz em ter uma adega dessa só pra mim.

Eric : ela pode ser sua. Olhei para trás e me assustei com ele bem próximo de mim. Olhei para cima para conseguir olhar para os seus olhos.

- acho que aqui não caberia mais de duas pessoas. Disse rindo para descontrair.

Ele continuou me encarando. E se aproximou perto da minha boca e me deu um selinho.
Fiquei assustada com aquilo. Mas não tive nenhuma reação. Ele me observou para ver se poderia continuar e me beijou novamente.
Me escorou na parede, me beijando profundamente, levantando a minha perna e deslizando sua mão sobre ela.

Eric: achei que eu não fazia o seu tipo, disse ele puxando o meu cabelo e beijando o meu pescoço.

Dei um sorriso sínico e continuamos a nós beijar. Ele passava mão na minha bunda a apertando.

Alguns minutos depois  assustamos com o telefone tocar. Paramos desconcertados com aquela situação e ele saiu para atender o telefone.

Eric: Droga! Logo agora. Disse ele se afastando de mim com raiva.

Fiquei em choque de como tudo estava indo. Parecia que estava perdendo a percepção das coisas e da situação em que eu estava.
Estava na casa de um criminoso, e mesmo assim estava vivendo como se não estivesse. Isso soava tão estranho. Mas não me sentia ameaçada, era até algo acolhedor em partes do tempo.

Saí de dentro da adega e me sentei na bancada da cozinha.

Loving a CriminalOnde histórias criam vida. Descubra agora