Em 2019, três amigas decidem sair da cidade natal para construir uma nova vida no Rio de Janeiro. Ao logo dessa jornada, em 2022, Camila acaba passando uma noite com o jogador Gabigol. Mas acaba descobrindo algo que não queria ter descoberto sobre o...
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23/11/2019 ❤️🔥
— Filha, quando chegar, me liga, não esquece de falar comigo — Minha mãe me alerta, a preocupação é evidente em sua voz.
Consigo ouvir umas conversas paralelas e o burburinho típico do aeroporto ao meu redor. As vozes se misturam, criando uma trilha sonora caótica para minha despedida.
— Fica tranquila, dona Teresa — Tento acalmar minha mãe com um tom brincalhão, embora saiba que ela odeia ser chamada de "dona".
— Você cria juízo, Camila — Ela responde, meio rindo, meio sério.
Abraço minha mãe com força, sentindo o calor dela, e me viro para falar com meu pai, que está ao meu lado.
— Meu bebezão está indo para o Rio de Janeiro... — Diz meu pai, me envolvendo em um abraço apertado que me faz sentir um misto de segurança e saudade.
— Vai ser uma grande médica — Minha mãe complementa ao nosso lado, o orgulho em sua voz era nítido.
— Ah, não, Teresa, sai pra lá. Você já teve seu tempo com ela. — Meu pai começa a brigar com minha mãe, e eu não posso deixar de sorrir com a típica discussão desses dois. Isso que dá ter pais separados.
— Oh, imbuste, eu que pari ela! Vou ter todo o tempo do mundo com a minha bebezinha — Minha mãe rebate com um toque de agressividade. Se tem algo que herdei dela, é a minha personalidade forte.
— Começou — Meu irmão mais velho murmura ao meu lado, e eu não posso deixar de rir.
— Normal... Vou sentir a sua falta. — Digo enquanto lhe dou um abraço apertado.
— Que isso, Camila? Você nunca foi de abraçar — Ele retribui o abraço, um pouco surpreso.
— Nem você...Você sabe que eu te amo — Respondo, e, mesmo com todas as nossas brigas, sei que o amo. O futuro melhor advogado de todo o mundo!
— Te amo também — Ele diz, e quando olho para os meus pais, percebo que eles ainda estão no meio da discussão. Nada fora do normal.
— Parou a briga, né?! Tô indo embora daqui a pouco. Se comportem, crianças — Repreendo eles com um tom brincalhão. Sinceramente ninguém merece essa briga na minha despedida.
Finalmente, meu pai me abraça novamente, e dessa vez minha mãe permite que a despedida aconteça sem atrapalhar.
— Filha, se cuida, tá?! Estuda muito. Painho ama você mais que tudo! — Meu pai diz, com a sua voz cheia de emoção enquanto me abraça.
— Te amo também, pai — Digo, saindo de seus braços.
Volto para dar um último "Eu te amo" à minha mãe, e logo minhas amigas vêm se despedir dos meus pais.
