Em 2019, três amigas decidem sair da cidade natal para construir uma nova vida no Rio de Janeiro. Ao logo dessa jornada, em 2022, Camila acaba passando uma noite com o jogador Gabigol. Mas acaba descobrindo algo que não queria ter descoberto sobre o...
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28/12/2023 (mesmo dia.) ❤️🔥
Eu sempre soube que a Camila não batia bem da cabeça, mas drogar os próprios amigos já é sacanagem demais. E pra piorar, minha irmã tá no meio dessa confusão.
Pra completar o show de horrores, a maluca ainda me deu um tapa que eu tô sentindo até agora. Sorte dela que eu só bato em mulher entre quatro paredes.Se é que vocês me entendem..
— Vem cá, Gabi. — Fabinho me chama, com o jeito calmo de sempre. — Cê vai ter que cuidar da Camila.
— Eu? Tá maluco, mano? — retruquei, já puto só de pensar nisso. Ela que se vire, ué.
Nem dessa maluca eu gosto. E pra falar a verdade, hoje eu tô sem a menor disposição pra ficar cuidando de gente problemática.
— Não tem jeito, mano. — ele insistiu, tranquilão, como se eu fosse o único com obrigação de resolver essa merda. — Eu e o Léo vamos cuidar do resto da galera. Cê, que vai ter que lidar com a fera.
Ela pode enganar os outros com essa pose de bela, mas eu tô ligado que, na verdade, ela é a fera da história. E não sou só eu que percebe isso, todo mundo aqui já sacou também.
— Tu tá zoando, né? — falei, cruzando os braços. — Não sou babá de drogada, não. Que ela vá se ferrar sozinha.
— Relaxa, vai. — Fabinho dá um sorriso safado, como se soubesse que no fundo eu ia acabar ajudando. — Cê gosta de brigar com ela, mas sei que cê não vai deixar a mina na merda.
Até penso em ser gente boa, mas com a Camila fica difícil.
— Que merda, hein... — resmungo, vendo que ele se afastou junto com o Léo, me deixando sozinho pra lidar com a fera.
Vejo,Camila tá largada num canto, já começando a sentir o efeito do brownie batendo forte. Tava doida, com os olhos perdidos, parecia que o mundo era algo novo.
Me aproximei, meio contrariado. Sentei do lado dela, observando ela viajar no mundo da lua.
— Ei, Camila, vamo sair daqui. — falei, dando uma balançada leve no ombro dela.
Ela olha pra mim, com um sorriso bobo no rosto, e ela quase cai pra trás.
— Hm, Gabriel... Você quer... transar? — Ela mal consegue formar as palavras.
— Eu? Tá doida? — revirei os olhos, levantando ela do chão com um certo esforço. — Tá vendo só? Tá completamente lesada.
Ela encostou a cabeça no meu ombro, meio sem reação. E levei ela até o elevador.
