4. O Hospital

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Cheguei ao hospital em um tempo surpreendentemente curto

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Cheguei ao hospital em um tempo surpreendentemente curto. A chuva havia diminuído, mas o ar ainda estava pesado e úmido. Fiquei no estacionamento do hospital por um tempo. Eu não deveria entrar...

Quando finalmente me movi, virei a chave na ignição e desliguei o carro, sentindo o motor parar de ronronar sob minhas mãos. Respirei fundo e estendi a mão até o console central, onde normalmente guardo o celular. Assim que a tela acendeu, vi algumas chamadas perdidas de Yeji e várias mensagens não lidas. Ela sempre foi impulsiva e detesta ser ignorada; imagino que minha ausência esteja a irritando bastante. Mas, honestamente, não há nada que eu ou ela possamos fazer. Decidi que nunca mais quero vê-la na minha frente novamente.

Isso não é mais importante, preciso enfrentar isso. Preciso entrar neste hospital e encarar minha responsabilidade com aquela garota. Com esse pensamento firme, saí do carro. O ar frio me atingiu de imediato, e os ventos pareciam atravessar minha pele.

Caminhei rapidamente até a entrada do hospital, onde peguei o elevador e me dirigi até a recepção. O horário de visitas havia acabado de começar, e o timing não poderia ser mais perfeito. Apresentei minha documentação, e após a liberação, segui para o quarto que a enfermeira me indicou.

Enquanto caminhava pelos corredores do hospital, notei como o ambiente sempre parecia carregado de uma energia... diferente. O chão de linóleo brilhava sob as luzes fluorescentes, mas tudo ao redor parecia ser envolto em um tom de cinza, como se a própria vida fosse drenada daquele lugar. Os médicos e enfermeiros, embora prestativos, carregavam nos olhos um cansaço profundo, e os pacientes que passavam por mim tinham uma aparência abatida, quase fantasmagórica.

Quando me aproximei do quarto, parei por um instante diante da porta, tentando reunir coragem para entrar. Vá em frente, Winter... lembre-se do seu mantra: "Viva a sua arte, trate-a com seriedade, e outras pessoas começarão a reconhecê-la." Seja o que for que aconteça daqui para frente, seu foco deve ser ajudar essa garota. Afinal, não é a primeira vez que precisei de ajuda para encontrar uma nova identidade; já tive que descobrir a minha própria através da arte. Não há motivo para ter medo.

Enquanto ainda refletia, a porta se abriu de repente, e uma enfermeira saiu apressada do quarto, me fazendo dar um pequeno salto de susto.

— Olá, senhorita. Em que posso ajudar? — a enfermeira perguntou, segurando um prontuário, o olhar ligeiramente cansado.

— Ahn, eu... vim ver a paciente deste quarto — respondi, sentindo um leve nervosismo na voz.

— Oh, sim, faz pouco tempo que ela acordou. Parece muito assustada — comentou a enfermeira, seus ombros carregando o peso de um longo turno. — Eu sugiro que não faça muitas perguntas para não a estressar, tudo bem?

Assenti com a cabeça, sem confiar muito na minha voz.

— Obrigada. Qualquer coisa é só me chamar — disse ela antes de se afastar pelo corredor.

Finding Karina - WinrinaOnde histórias criam vida. Descubra agora