8. Porta Aberta

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                          "É preciso começar a perder a memória, mesmo que a das pequenas coisas, para percebermos que é a memória que faz a nossa vida. Vida sem memória não é vida [...] Nossa memória é nossa coerência, nossa razão, nosso sentimento, até mesmo nossa ação. Sem ela somos nada [...]"

Minjeong abriu os olhos, encarando o teto

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Minjeong abriu os olhos, encarando o teto. O quarto ainda estava muito escuro, apenas um tímido raio de sol entrava pelas cortinas, mostrando que o dia já havia começado. Ela lentamente se voltou para o celular sobre a mesa: 09:00. Um suspiro profundo escapou antes que ela pudesse controlar. Não foi nem uma briga interna, foi pura preguiça, daquelas que faz tudo parecer distante.

Sem pensar muito, seus dedos deslizaram sobre a tela, digitando uma mensagem quase automática:

                       (09:01) Minjeong: Eu não quero ver você. Preciso de um tempo, por favor, tenta respeitar isso.

                      (09:03) Prof. Yeji: Não... Polarzinha. Preciso ver você. Vai guardar rancor pra sempre?

                       (09:05) Minjeong: Não é sobre "guardar rancor". Só preciso de espaço.

O celular vibrou com uma resposta mais rápida do que ela esperava, cheia de arrependimento e explicações longas. "Desculpa por tudo. Eu sei que só dei uma amizade ruim e não retribuí do jeito certo..." Minjeong fechou os olhos por um momento, deixando as palavras pesarem sobre seu peito. Cada frase parecia um bloco de concreto. O pedido de desculpas apenas deixava tudo mais complicado. Pensar era difícil.

Sem se deixar afundar naquele sentimento, ela se levantou da cama antes que sua mente tivesse tempo de questionar. Yeji? Não hoje. Não tinha forças para lidar com isso agora. Mas o que a tirava daquele quarto, então? Talvez fosse Karina, em algum lugar lá embaixo, e a curiosidade de saber como ela havia dormido na casa.

Minjeong seguiu sua rotina automática. No espelho, o reflexo mostrava olhos cansados, um rosto inchado de sono mal dormido e uma pele mais pálida que o habitual. Seu cabelo, um emaranhado tênue, caía em mechas desordenadas sobre o rosto, como se refletisse o desconforto interno. Ela ficou ali por um momento, observando, quase como se o espelho pudesse trazer alguma resposta.

Colocou a pasta de dente na escova com movimentos lentos, como se estivesse assistindo a si mesma em câmera lenta. Respirou fundo, desejando, em silêncio, que o dia trouxesse alguma coisa boa, mesmo que não soubesse o que exatamente estava esperando.

[...]

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Finding Karina - WinrinaOnde histórias criam vida. Descubra agora