Já faz dois meses desde que minha avó paterna partiu, partiu pelo câncer.
Acredite, a pior coisa que você pode ver na vida, é o quão rápido uma pessoa com essa doença vai adoecendo, ver que de poucos em poucos, os órgãos vão parando de funcionar, que de poucos em poucos, ela não consegue nem se manter mais em pé.
Quando eu chegava em sua casa, ela se levantava do sofá e vinha me abraçar, beijava minha testa e fazia sinal de cruz com o dedo na minha pele, dizia o quão linda eu era e voltava a se sentar para conversar, dar risadas.
Em seu último dia, já estava inconsciente, de tantos remédios que tomava para aliviar a dor. Eu que fui até a senhora, preferi não encostar, e me despedi, achando que poderia a ver novamente.
As vezes, a culpa se faz presente em mim, eu queria poder voltar naquele momento, a abraçar, e nunca mais soltar.
É extremamente doloroso pensar que nunca mais eu irei ganhar um abraço, nunca mais você sorrirá para mim. Pensar que eu irei na sua casa, mas a sua presença radiante nunca mais estará lá.
A parte mais dolorosa do luto, é perceber que você nunca mais estará aqui. Mas meu coração tenta se confortar, pensando que a senhora está feliz, sem dor e aproveitando a vida maravilhosa do céu, junto de meu avô.
O Documentário "Elena", pode descrever como me sinto, uma de suas frases mais impactantes, porém, mais significantes é: "eu percebo que você morreu, pra' sempre. E ela, não volva mais?... E ela, não volta mais? Não. Ela ta' morta, ela não volta nunca mais."
VOCÊ ESTÁ LENDO
Para Meu Querido Reflexo...
HumorMeu único objetivo é compartilhar oquê sinto com as outras pessoas. Quero que um dia, leiam isso e pensem "eu me sinto assim, não sou único(a)" Se gostou do conteúdo, por favor, me deixe uma estrelinha. Ajuda muito! Boa leitura!