IV

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Revelação nas estrelas

O observatório estava silencioso, exceto pelo leve zumbido dos equipamentos antigos e o suave som das respirações de Heloisa e Erick. O brilho das estrelas, visível através da cúpula de vidro, parecia intensificar a sensação de expectativa no ar. Ambos sentiam que estavam à beira de uma revelação—uma descoberta que poderia mudar tudo.

Heloisa olhou para Erick, seus olhos refletindo a mesma mistura de ansiedade e determinação que ele também sentia. A pequena placa de metal que haviam encontrado era a primeira pista concreta, uma indicação de que o que quer que sua avó quisesse mostrar estava, de fato, ali, naquele lugar.

"Precisamos descobrir o que essa mensagem realmente significa," Erick disse, quebrando o silêncio. "Acho que a chave está nas estrelas, ou em algo que só podemos ver daqui."

Heloisa assentiu, tentando acalmar o ritmo acelerado de seu coração. "Se minha avó deixou essa mensagem aqui, deve haver mais. Talvez algo escondido, ou que só se revela em um momento específico."

Erick franziu o cenho, pensativo. "E se a posição das estrelas for importante? Como se, em um determinado momento, algo especial acontecesse, revelando a próxima pista?"

"Pode ser," Heloisa concordou, agora pensando em todas as vezes que sua avó mencionara a importância dos alinhamentos estelares. "Vamos olhar os mapas estelares e ver se encontramos algo que se alinha com a mensagem."

Eles voltaram para a sala principal do observatório, onde os grandes mapas estelares estavam expostos em painéis de vidro. Heloisa e Erick examinaram cada um com atenção, procurando por qualquer pista que pudesse corresponder à mensagem na placa.

De repente, Heloisa parou, seus olhos fixos em um ponto específico de um dos mapas. "Aqui," ela disse, apontando para um alinhamento estelar que aconteceria naquela noite. "Este alinhamento é raro. A última vez que aconteceu foi há mais de cinquenta anos."

Erick se aproximou, analisando o mapa. "E acontece hoje à noite. Exatamente agora, na verdade."

Heloisa sentiu um arrepio de excitação. "Isso não pode ser coincidência. Minha avó deve ter deixado essa pista sabendo que este momento seria crucial."

"Vamos, precisamos olhar para o céu," Erick disse, guiando-a de volta para o grande telescópio no centro do observatório. Ele ajustou o equipamento, apontando-o na direção exata do alinhamento estelar.

Heloisa observou através do telescópio, suas mãos tremendo ligeiramente. O que viu a deixou sem palavras. As estrelas, no exato momento do alinhamento, formavam uma imagem clara—um símbolo que ela reconheceu instantaneamente. Era o mesmo símbolo que estava gravado na capa do diário que sua avó lhe deixara.

"Erick," Heloisa sussurrou, saindo do telescópio e apontando para o diário que agora segurava firmemente. "Olhe para isso."

Erick observou através do telescópio e viu o mesmo símbolo, sentindo um arrepio percorrer sua espinha. "Isso é... extraordinário. Sua avó deve ter sabido disso. Ela estava guiando você o tempo todo."

Heloisa olhou para o diário, o símbolo brilhando sob a luz das estrelas. "Mas o que significa? Por que ela gravou isso aqui e no diário?"

Erick olhou ao redor, sua mente trabalhando rapidamente. "Talvez seja uma chave, ou uma espécie de mapa. Algo que precisamos decifrar para chegar ao próximo passo."

"Ou talvez..." Heloisa começou, a compreensão finalmente começando a se formar em sua mente. "Talvez o diário não seja apenas um diário. Talvez seja mais, algo que contém a resposta que estamos procurando."

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