XIII

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Rubens e Luanne estavam no quarto de hotel, apressando-se para arrumar suas malas.

A noite anterior ainda pairava no ar, mas o sentimento desconfortável da presença dos fantasmas e o comportamento estranho da mãe de Rubens, já era o suficiente para não permanecerem ali mais.

As emoções estranhas sobre a noite passada fizeram com que a situação geral fosse ainda mais embaraçosa, algo mais a fundo.

O hotel permanecia o mesmo, exceto pela correria de Rubens e Luanne que evidenciava os últimos momentos de ocupação do quarto . Nele também havia os traços de um novo dia, reluzindo pela abertura da janela . Um novo dia que prometia a eles ansiedade e alívio de voltar para casa.

Rubens arrumava o quarto, dobrava as toalhas do hotel e arrumava conscientemente as suas roupas, de forma que coubessem em sua mala.

Luanne, um pouco mais distante dele, obviamente teria haver com o dia anterior, o mais turbilhoso para os dois.

Onde houve a mistura do medo e do desejo.

Rubens estava dobrando suas roupas quietamente quando de repente Luanne parou por um momento e de repente decidiu perguntar o que para ele chegou como um tiro certo, era o que mais instigava-o em seus pensamentos.

- A sua mãe, ela vai ficar bem?

Ele parou por um momento de dobrar as roupas, pegando uma calça do chão. -É difícil de dizer. Eu achava que a visita seria totalmente diferente, e não me pareceu em nenhum momento que ela estivesse realmente feliz em me ver.

O clima ficou um pouco tenso, mas como já esperado, Luanne se esforçou para manter o espírito leve. -Vamos focar em sair daqui por enquanto. Melhor deixar esses fantasmas para trás até descobrirmos como livramos de vez deles. E em seguida pensamos no resto. Está tudo bem pra você?

Rubens assentiu com a cabeça.

Continuava a abrir os armários do simples quarto e a dobrar as suas roupas quando Luanne entrou no banheiro, tentando escapar da tensão.

Por um momento quase imediato, ele conseguiu falar algo e para surpresa dele o surpreendeu quando escutou as primeiras palavras sairem de sua boca naquela manhã, seu tom começava a ficar longe de ser natural.

-Luanne, sobre ontem, eu realmente não sei o que aconteceu. A situação estava um pouco... descontrolada, não?

Sentia a importância de entender naquele momento o que Luanne entendeu sobre a noite passada que tiveram. Odiava a ideia de priorizar os fantasmas e ignorar sobre o que aconteceu entre eles.

Luanne lentamente saiu do banheiro, com um olhar que misturava curiosidade e desconforto repentino. Não esperava a abordagem imediata depois de uma manhã inteira em que Rubens não dissera nenhuma palavra.

- É, foi uma noite e tanto. E eu nem quero pensar em como foi, sabe? - Ela hesitou.

-Luanne... - Rubens forçou o olhar contra o dela, esperando que tirasse mais alguma informação.

Luanne o interrompeu, ruborizando um pouco. - Não precisamos falar sobre isso também. Temos um ônibus para pegar, e honestamente, estou aliviada por ir embora e nem preciso falar por você.

Enquanto ele colocava a última peça de roupa na mala, Rubens parou e observou através da cabeceira da cama, percebendo que havia deixado um travesseiro cair atrás da cama durante a noite.

Luanne evitava a conversa, mas mesmo assim, direcionava o olhar para a almofada. Decidindo por fim a ajudar Rubens a recolher mais coisas que poderiam estar de baixo da cama.

O Caso de Rosalinne OrssowOnde histórias criam vida. Descubra agora