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JJ tinha dezessete anos e estava voltando da escola quando reparou na caminhonete cheia de caixas parada na casa ao lado.

Ele tinha um novo vizinho? Mas onde estavam o Sr. e a Sra. Morgan?

A porta se abriu, mas antes que ele pudesse ver quem era o novo morador, sua mãe abriu a porta em uma velocidade impressionante e o empurrou para dentro.

"Tudo isso é saudades?"

"Precisamos conversar." ela os levou para o sofá, onde JJ jogou a mochila. "Eu não quero que você se aproxime dá casa ao lado, JJ. Eu te proibo na verdade. Nada de passar perto ou mesmo olhar."

"Uau. Foi meu irmão Barack Obama que se mudou e não me avisou? Sim, eu sei, uma falta de consideração." JJ balançou a cabeça, falsamente decepcionado, o que não deixou sua mãe muito feliz.

"Estou falando sério, querido. Ele é uma pessoa perigosa." ela coçou a bochecha, parecendo aflita em falar. "Um assassino que saiu da prisão." JJ não estava surpreso.

Tinha mais pessoas inocentes na cadeia que na rua.

"Não. Fale. Com. Ele." sua mãe disse pausadamente. "Estamos entendidos?"

"Irei. Ver. Na. Minha. Agenda. E. Depois..." ele foi interrompido por uma almofadada na cara.

"JJ Rudy Maybank, escute sua mãe."

Ele não escutou.

Um dia, quando ela estava no trabalho, ele ficou curioso sobre esse cara. Ele era velho, com barriga de cerveja e dentes pobres ou era mais novo, magro e infestado de álcool?

JJ saiu da cama e espiou pela janela, mas as cortinas estavam fechadas, o que era somente uma questão de tempo para que fossem abertas.

Ele esperou por uma hora antes de ficar com sede e ir beber uma limonada.

Maybank estava quase dormindo quando sentiu o hálito quente de alguém roçar em sua nuca.

"Você não costuma escutar sua mãe." uma voz arrepiante e profunda sussurrou. "Não é?"

JJ quase caiu da cadeira, sentindo o coração insanamente acelerado enquanto tinha a mão no peito.

"Vai matar outro, demônio." JJ rosnou, esquecendo por um minuto com quem estava falando.

"É isso que acha que vou fazer, te matar?" Maybank se virou, irritado com o cara. Ele odiava sustos.

No entanto, o que quer que fosse dizer não foi preparado para o quão lindo o assassino era.

Meu Deus.

"E não é?" JJ alfinetou, de repente um pouco mais alerta.

O homem deu um sorriso presunçoso, os olhos viajando pelo corpo de JJ, que fingiu não notar.

"Tenho planos melhores para você, loirinho." ele piscou e JJ o encarou.

"Acho que nenhum roteirista já criou essa cena."

"Ótimo. Somos os primeiros e últimos." ele se jogou na cama, cruzando os braços atrás da cabeça e sujando o lençol com as botas.

Sua mãe o mataria caso visse.

Ei, a vida não era uma eterna ironia?

"Último vai ser seus ovos funcionando com o chute que vou te dar se não sair da minha cama."

"Você fica bonito todo bravinho desse jeito."

JJ definitivamente estava ferrado.

E quando o Diabo não pode alcançá-loOnde histórias criam vida. Descubra agora