Naruto Uzumaki on
"Não acredito que você esteja fazendo isso comigo."
"Não levante a voz para mim, garoto. "
"Por quê? O que fiz de errado? "— pergunto, desesperado. Por que isso está acontecendo comigo?
Bem, permitam-me explicar o que se passa.
Primeiramente, façamos as devidas apresentações. Meu nome é Naruto Uzumaki. Sou um ômega de 22 anos de idade. Vivo em um mundo que é dividido em quatro reinos: o Reino do Fogo, o Reino do Ar, o Reino da Terra e o Reino da Água. Esses quatro reinos são governados por quatro potências, ou melhor dizendo, quatro clãs.
No Reino da Água, o clã que detém o poder é o Yamanaka. O Reino da Terra é liderado pelo clã Nara. O Reino do Ar, também conhecido como o Reino do Vento, é governado pelo meu clã, os Uzumaki. Por fim, o Reino do Fogo, a maior das potências e o mais poderoso dos reinos, é liderado pelo clã Uchihas.
Como mencionei, sou Naruto Uzumaki, portanto, pertenço ao Reino do Ar, ou do Vento. Contudo, há algo que pesa sobre mim: sou um ômega. E, infelizmente, isso significa que não tenho nenhum direito. Como isso é possível?
Atualmente, enfrentamos problemas sérios na sociedade: ômegas estão simplesmente desaparecendo. E, bem, agora, esses desaparecimentos têm um preço elevado. Quando um ômega é vendido, seu comprador recebe uma quantia considerável de dinheiro. Meu reino não está em dificuldades, mas, ainda assim, meus pais desejam me vender. Segundo eles, sou imprestável, inútil, e devo fazer algo de bom pelo meu reino — mesmo que isso signifique ser vendido. Eles estão usando essas desculpas absurdas para justificar sua decisão.
Agora, retornando à história.
Sempre fui um filho exemplar, nunca dei motivo para que me repreendessem. Nunca trouxe problemas para vocês. Sempre os amei incondicionalmente. Vocês são meus pais, e mesmo diante de tudo o que está acontecendo, ainda é doloroso aceitar que vocês estejam dispostos a fazer isso comigo. Vocês não me amam, e eu sei disso. Está tudo bem, eu já me conformei. Mas, por favor, poderiam ao menos fingir que se importam?
Sinto lágrimas grossas e quentes escorrendo por meu rosto enquanto falo cada uma dessas palavras. No entanto, não consigo sequer piscar. A dor é avassaladora, uma sensação de sufocamento que parece não ter fim.
"Escuta aqui, seu ingrato!" — meu pai vocifera, sua voz cheia de desprezo. "Isto é pelo reino. Você não quer o melhor para o nosso povo? Pense bem! Nós te criamos, demos educação, comida, e agora você nos retribui com essa ingratidão? Não quer fazer nada em troca? Você realmente é um preguiçoso mimado, não é? Desde quando permitimos que você, um omega , tivesse tudo o que sempre quis? E olha no que deu! Tornou-se um ingrato."
"Ter tudo o que eu queria? "— reflito, atônito. De onde tiraram isso? Nunca tive nada! Nada! Como podem pensar que eu tive tudo? Eles nem sequer queriam me dar um pedaço de fruta ou de pão. Houve dias em que passei semanas sem uma gota d'água. E agora eles dizem que me deram tudo?
"É verdade, Minato" — minha mãe adiciona, com uma frieza cortante. "Você realmente é um ingrato. É bom que seja vendido. Talvez assim aprenda a ser educado e a respeitar as decisões dos mais velhos."
"Mãe, pai, por favor" — imploro, minhas palavras agora são quase um sussurro, desesperado. "Eu... Eu não quero ir embora. Eu prometo que vou me comportar melhor. Prometo que serei mais silencioso, que os respeitarei. Nunca mais levantarei a voz. Se desejarem, ficarei no meu quarto o dia inteiro, como a senhora gosta, mãe. Fico sem comer por cinco dias seguidos, se assim quiser, pai." — Digo abaixando a cabeça, minhas mãos juntas em uma súplica patética.
De repente, sinto uma dor aguda no rosto, seguida por um som alto que ecoa pela sala. Fui esbofeteado.
"Eu disse para calar a boca!" — meu pai grita, sua voz reverberando como um trovão. "Você realmente é irritante, sabia? Deveríamos cortar sua língua para ver se finalmente para de falar. Agora vá para o seu quarto e arrume suas coisas!"
A voz dele se eleva, característica dos alfas, um tom que ressoa dolorosamente nos ouvidos dos ômegas não marcados. Minha mãe, por ser uma alfa, permanece impassível. Mas eu, por outro lado, sinto que minhas pernas mal me sustentam. Minha cabeça lateja, e a tentação de cair ao chão é quase irresistível. No entanto, não posso ceder, pois sei que a situação só pioraria.
Dou meia volta e começo a caminhar para o meu quarto. Tento apressar meus passos, mas o peso da tristeza torna tudo mais lento. O tempo parece estagnar. E, pela primeira vez, me dou conta de que talvez, apenas talvez, eu realmente queira ir embora.
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In Love • Sasunaru
FanfictionNaruto Uzumaki sempre soube que sua vida não seria fácil. Crescendo em uma sociedade onde os ômegas eram frequentemente vistos como inferiores, ele se acostumou a ser tratado como um fardo, especialmente por aqueles que deveriam cuidar dele. Quando...