Estava me sentindo um pouco nervoso ao entrar na casa central com Shisui e os outros. O ambiente era acolhedor, mas ao mesmo tempo, havia uma grandeza ali que me deixava ciente de onde eu estava e de quem eu estava prestes a conhecer. Assim que entramos no salão, onde a mesa estava posta e todos já estavam sentados, senti todos os olhos voltarem para mim. Foi difícil não me encolher um pouco com toda aquela atenção.Shisui, sempre cheio de energia, colocou a mão no meu ombro e se inclinou um pouco para falar comigo.
"Gente, esse aqui é o Naruto!" - disse ele, sua voz cheia de entusiasmo. "O Naruto agora é da nossa família."
Eu mal tive tempo de processar o que ele havia dito antes de ele me puxar gentilmente para mais perto da mesa.
"Vem, eu vou te apresentar pra todo mundo." - continuou ele, apontando para uma cadeira vazia ao lado de Sasuke. "Senta ali, ó."
Meus olhos seguiram o gesto de Shisui e imediatamente encontraram Sasuke, que estava olhando para mim. O olhar dele não se desviou nem por um segundo, como se estivesse planejando algo. Meu coração acelerou enquanto me aproximava e sentava ao lado dele, sentindo seu olhar intenso em mim o tempo todo. Shisui também se sentou, completando o círculo.
"Bom, deixa eu te apresentar pra família." - começou Shisui, apontando para os outros membros da mesa.
"Ali na ponta estão meus avós, Madara e Hashirama." - disse ele, apontando para dois homens que emanavam uma presença quase palpável.
"Aqui estão meus tios, Fugaku e Mikoto, que também são meus sogros." - continuou ele, apontando para um casal elegante que sorriu gentilmente para mim. "Esses são meus pais, Izuna e Tobirama."
"Esses aqui são meus irmãos, Obito e Tobi." - Shisui indicou dois homens que me lembravam bastante Sasuke, mas com personalidades claramente distintas. Ao lado de Obito, estava uma menininha que não parecia ter mais do que três anos, com grandes olhos castanhos e um sorriso tímido. "Essa é Yui," - disse Shisui, apontando para a garotinha ao lado de Obito, que logo se aconchegou no lado de Kakashi.
E ao lado de Deidara, que estava sentado próximo a Tobi, havia um menininho de cabelo loiro claro e olhos azuis, que estava no colo de Tobi, segurando um pequeno brinquedo nas mãos. "E esse aqui é Haru," - apresentou Shisui, com um sorriso. O menino olhou para mim com curiosidade antes de se esconder no ombro do pai.
"Sasuke é meu primo." - continuou Shisui, com um sorriso brincalhão. "Itachi também é meu primo, mas ele é mais do que isso... ele também é meu alfa."
Shisui então olhou para mim, sorrindo calorosamente.
"E bem, eu, você já conhece." - disse ele, rindo.
Cumprimentei todos educadamente, sentindo-me um pouco intimidado, mas eles foram todos extremamente acolhedores. Logo o jantar começou, e as conversas ao redor da mesa fluíram naturalmente. Eu participei aqui e ali, mas principalmente ouvi, tentando absorver tudo. A comida estava deliciosa, e um prato em particular se destacou: salmão com molho de camarão. O sabor era incrível, e foi difícil não devorar tudo de uma vez.
Enquanto a noite continuava, a conversa fluía de um assunto para outro, e eu me sentia mais à vontade a cada momento. A família Uchiha era encantadora de uma maneira que eu não esperava. Era fácil se perder nas histórias que contavam, nas piadas que faziam, e na sensação de estar em um lugar onde eu era bem-vindo.
De repente, senti algo. Uma mão tocou a minha, debaixo da mesa. Olhei para baixo e vi que era a mão de Sasuke. Ele estava entretido em uma conversa com o avô, Madara, e com Obito, como se nada tivesse acontecido, mas aquele simples toque quase me fez rir. Ele está se fazendo de desentendido? pensei, surpreso com a ousadia.
Decidi jogar o jogo dele. Entrelaçei meus dedos nos dele, sentindo minhas bochechas esquentarem. Meu coração batia forte, mas ao mesmo tempo, sentia uma tranquilidade estranha. Como se aquele simples gesto fosse... natural. Sasuke, ainda fingindo desinteresse, fez um leve carinho na minha mão com o polegar, um toque suave que me deixou ainda mais consciente de cada movimento.
A noite prosseguiu, e as conversas continuaram, mas aquele momento permaneceu comigo, como se fosse uma pequena chama acesa no fundo do meu coração. Quando o jantar finalmente terminou e todos começaram a se levantar para ir embora, senti um misto de emoções.
"Eu acho que é hora de ir." - disse, meio relutante em deixar aquela companhia tão agradável.
"Eu te levo." - disse Sasuke imediatamente, como se já tivesse planejado isso desde o início.
Assenti, e juntos saímos da casa. A noite estava fria, mais do que eu esperava, e enquanto caminhávamos, senti o vento gelado arrepiar minha pele. Não disse nada, mas Sasuke, sempre atento, pareceu perceber.
Sem uma palavra, ele parou e tirou o sobretudo que estava usando. Antes que eu pudesse protestar, ele o colocou sobre meus ombros.
"Você vai ficar com frio." - disse ele simplesmente, como se fosse a coisa mais natural do mundo.
O calor do casaco dele me envolveu imediatamente, e o aroma sutil de hortelã me cercou, fazendo meu coração acelerar mais uma vez. Caminhamos lado a lado, conversando sobre o jantar, sobre como a comida estava boa e como a família dele era acolhedora. Eu estava nervoso, mas ao mesmo tempo, me sentia... seguro.
Quando chegamos em frente à minha casa, fiquei parado por um momento, sem saber exatamente como me despedir. Sasuke, no entanto, parecia tranquilo, como se soubesse exatamente o que fazer.
"Gostei de passar a noite com você, Naruto." - disse ele, com um pequeno sorriso.
"Eu também." - respondi, sentindo minhas bochechas esquentarem novamente. "Foi... incrível. Obrigado por me trazer."
"Sempre que precisar." - ele disse, com uma firmeza que quase me fez derreter ali mesmo.
Nos despedimos, e enquanto eu entrava em casa, ainda sentia o calor do casaco dele sobre meus ombros. O frio da noite já não parecia tão intenso, e quando fechei a porta atrás de mim, percebi que estava sorrindo. Um sorriso que, por mais que eu tentasse, não conseguia apagar.
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In Love • Sasunaru
FanficNaruto Uzumaki sempre soube que sua vida não seria fácil. Crescendo em uma sociedade onde os ômegas eram frequentemente vistos como inferiores, ele se acostumou a ser tratado como um fardo, especialmente por aqueles que deveriam cuidar dele. Quando...