08

8 3 0
                                    

ISA
Uma semana depois...

Tem dois dias que o Felipe está na casa dele, o meu pai disse que iria vim aqui falar com ele, o Galego disse que preferia ficar calado, pois o problema era do Felipe.
Hoje eu ouvi eles fofocando algo, e ouvi o Felipe falar que jamais colocaria o Galego em risco. Ou seja, Galego está sendo ameaçado.

Entrei no quarto atrapalhando a fofocaiada dos dois mariquinhos que me olharam negando com a cabeça.

Galego: Mano, ja te mandaram o papo que tu é chatona? - Eu assenti com a cabeça - Papo dez aqui, de cria mesmo.

Isa: Papo reto aqui pra tu também, se pica daqui que eu vou cuidar do meu homem - Falei

Galego: Tet a Tet aqui pra tu então - Começou a falar e eu fui empurrando ele pra fora do quarto e fechei a porta na cara dele.

Virei pra cama novamente e o Felipe me encarava sorrindo de orelha em orelha.

Isa: Eu não vou dar pra você - Falei apontando pra ele que gargalhou.

FP: Pra quê eu tenho mulher então? Me conta ai? - Falou rindo e eu deitei ao lado dele na cama.

Isa: Eu amo tanto você, Felipe. É surreal! - Falei enquanto passava a mão no rosto dele.

FP: Se liga parceira, sou amarradão em você, todo teu, ta ligado? - Falou e eu dei risada

Isa: Tô ligada parceiro, é nós sempre - Falei e fiz toque com ele.

O Felipe estava bem, eu só estava esperando alguns machucados ficarem 100%, afinal corria grande risco de infeccionar. Ele estava doido pra poder voltar a atividade no morro.

Estávamos assistindo uma serie de policial que o Felipe gosta e eu nem sei o nome, ele estava totalmente focado na serie e eu estava vendo, mas pensando em outras coisas.

FP: Ta pensando em quê? - Perguntando puxando meu rosto com uma mão e a outra dando pause na serie

Isa: Como seria se a minha mãe não tivesse morrido naquela invasão? - Questionei e o Felipe me encarou

FP: Vai marolar nessa ideia? - Balancei a cabeça e ele me puxou pra perto dele

Isa: Acho que amanhã você já pode voltar para a atividade - Falei dando de ombros pra ele esquecer o outro assunto.

FP: Não sei qual parada rolou com a dona Isadora, que Deus a tenha, ta ligado? Mas ficar marolando nisso não vai trazer ela de volta. Qual parada que tu lembra dela?

Isa: Lembro vagamente do dia que ela morreu, as vezes eu acho que inventei aquele dia - Falo e ele me olha sem entender - Na minha cabeça, como se eu tivesse criado o dia.

Ele assentiu e eu troquei o assunto, dessa vez ele não voltou.

Falar da minha mãe é meu ponto fraco.

A VIBE DO MORROOnde histórias criam vida. Descubra agora