[ ᴄʜᴜᴄᴋʏ. Prt 3 ]

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O medo se transformava em uma mistura de adrenalina e repulsa enquanto você tentava manter a calma. Chucky se aproximava cada vez mais, cada passo seu ecoando na cozinha silenciosa. Ele parou a poucos centímetros de você, seu sorriso perturbador ainda fixo em seu rosto plástico.

"Não precisa ter medo, querida," ele disse, sua voz agora carregada de um tom que poderia ser considerado gentil, se não fosse a ameaça subjacente. "Eu só quero conversar... Passar um tempinho com você. Afinal, não é todo dia que reencontro uma velha amiga."

Você tentou se afastar, mas a cadeira atrás de você impediu o movimento. Sua mente estava em turbilhão, tentando encontrar uma maneira de sair dessa situação. Chucky ergueu uma das mãos, acariciando de leve o tecido do seu moletom, seus dedos de plástico passando por ele com um toque que te fez estremecer.

"Sabe," ele continuou, "eu sempre tive um gosto especial por mulheres fortes. E você, S/n, sempre foi diferente. Mesmo quando éramos crianças, você não era como as outras. Tinha algo em você que me intrigava... E que ainda me intriga."

Sua mente gritava por uma solução, mas seu corpo parecia congelado pelo medo. Chucky inclinou a cabeça, estudando sua expressão com aqueles olhos azuis penetrantes.

"Por que não relaxa um pouco?" ele sugeriu, sua voz mais suave, quase como um sussurro. "Eu prometo que posso ser bem... agradável, se você me der uma chance."

Você sabia que Chucky estava brincando com sua mente, usando cada palavra para tentar desestabilizá-la. Mas em meio ao pânico, você percebeu que ele estava tentando te distrair. Isso significava que ele não estava completamente focado, e essa poderia ser a oportunidade que você precisava.

"Eu..." você começou, forçando-se a falar, mesmo que sua voz saísse trêmula. "Eu não entendo, Chucky. Por que eu? Por que agora?"

Ele sorriu, inclinando-se para mais perto, sua mão ainda tocando seu moletom. "Porque você é a única que nunca me esqueceu, querida. E eu gosto de pensar que, de alguma forma, a gente tem uma ligação especial. Não acha?"

Enquanto ele falava, sua mente trabalhava rápido, tentando pensar em uma maneira de distraí-lo o suficiente para escapar. Talvez se você jogasse o jogo dele por tempo suficiente, conseguiria uma abertura.

"Você acha que eu sou especial, Chucky?" você perguntou, tentando parecer interessada, mesmo que a náusea tomasse conta de você.

Ele riu suavemente, claramente satisfeito com sua resposta. "Claro que sim, S/n. Você sempre foi especial para mim."

Você engoliu em seco, tentando manter a fachada. "E o que você quer fazer... agora que me encontrou?"

Chucky parou por um momento, inclinando a cabeça como se estivesse ponderando. "Bem, eu ainda estou decidindo," ele admitiu, olhando para você de cima a baixo. "Mas tenho certeza de que podemos nos divertir juntos."

Era a sua chance. Enquanto ele estava distraído com a conversa, você rapidamente agarrou a faca que estava ao seu alcance no balcão, erguendo-a com todas as forças.

Mas Chucky era mais rápido do que você esperava. Ele desviou para o lado, a lâmina apenas roçando seu ombro de plástico. Ele riu alto, um som cheio de sarcasmo e malícia.

"Ah, eu sabia que você tinha fogo em você!" ele exclamou, seus olhos brilhando com um prazer sádico. "Isso só torna as coisas mais interessantes."

Ele saltou para cima de você, e, em pânico, você tentou se defender, mas Chucky era pequeno e ágil, mais rápido do que você poderia prever. Ele empurrou a faca de volta para você, derrubando-a no chão. Agora, ele estava quase em cima de você, seu rosto grotesco a centímetros do seu.

"Vamos, S/n, não me faça te machucar," ele murmurou, suas palavras cheias de uma falsa doçura. "Eu só quero passar um tempo com minha velha amiga."

Mas antes que ele pudesse fazer qualquer movimento adicional, você usou toda a sua força para empurrá-lo para longe. Ele cambaleou para trás, mas logo recuperou o equilíbrio, rindo de sua tentativa desesperada.

"Sabe," ele disse, sua voz cheia de diversão perversa, "você está tornando isso muito mais divertido do que eu esperava."

Você precisava pensar rápido. A porta da cozinha estava próxima, e se você conseguisse chegar até ela, poderia trancar Chucky lá dentro, pelo menos por tempo suficiente para escapar e pedir ajuda. Seu coração martelava no peito, e a adrenalina corria por suas veias.

Agora era tudo ou nada.

「 Slasher Film 」 : 𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 - 𝐒𝐥𝐚𝐬𝐡𝐞𝐫𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora