[ 𝙈𝙞𝙘𝙝𝙖𝙚𝙡 𝙈𝙮𝙚𝙧𝙨 ]

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A música ainda ecoava na mente de [Nome] enquanto ela saía da festa de Halloween. O clima na casa estava agitado, com risadas e pessoas mascaradas por toda parte. Ela decidiu sair mais cedo para evitar as multidões e caminhar até sua casa. A noite estava fria, e o som de folhas secas quebrando sob seus pés era o único som que preenchia o ar.

Ela se enrolou no casaco, ajustando o chapéu de bruxa que usava como parte do traje. Foi então que algo chamou sua atenção: um som estranho vindo do fim da rua, onde a neblina começava a cobrir as calçadas.

— Deve ser só algum idiota fantasiado tentando assustar alguém... — ela murmurou para si mesma, acelerando o passo.

Mas conforme avançava, uma silhueta apareceu no meio da rua. A figura alta e imponente usava uma máscara branca, inconfundível, e segurava algo nas mãos que brilhou sob a luz da lua. Era ele. Michael Myers.

— O que... — [Nome] deu um passo para trás, o coração disparado. — Não pode ser... é só uma fantasia, certo?

A rua estava completamente deserta, exceto por eles dois. Quando ela olhou de novo, a figura estava mais perto, os passos lentos, mas assustadoramente constantes. O que quer que fosse, aquilo não parecia uma piada. Ela sabia que não.

— Isso não é real — ela sussurrou, mas o medo era palpável em sua voz.

Ela começou a correr.

Os saltos de suas botas batiam contra o asfalto enquanto ela desviava pelas ruas, o som de passos pesados atrás dela a cada momento. Não importava o quanto acelerasse, ele parecia estar sempre ali, implacável, como uma sombra.

De repente, ela viu uma casa abandonada à frente e correu para dentro. Fechou a porta com força, ofegante, tentando se recompor.

— Ele não vai me achar aqui, ele não vai... — ela repetia para si mesma, o desespero crescendo.

O som de passos lentos ecoou pela varanda. Ele estava ali. Um ruído sutil veio da maçaneta da porta, seguido de um estalo, e a porta se abriu com um ranger aterrorizante. Michael Myers entrou, a figura dele bloqueando a saída.

— Por favor... — [Nome] gaguejou, com as costas pressionadas contra a parede. — Não me machuque...

Ele parou, a poucos passos de distância. A lâmina em sua mão refletia a luz da lua que entrava pela janela quebrada. Por alguns segundos, o silêncio entre eles foi esmagador.

— Por quê? — ela sussurrou, com lágrimas nos olhos, tentando entender o que ele queria.

Michael inclinou a cabeça levemente, como se estivesse ponderando. Ele não falou. Ele nunca falava. Mas havia algo nos olhos por trás daquela máscara. Uma sombra de curiosidade? Ele estendeu a mão, a ponta da faca tocando suavemente o rosto dela, sem cortar. Ela se encolheu, mas não havia dor, apenas a frieza do aço.

— O que você quer de mim? — ela perguntou com a voz trêmula.

Em vez de responder, ele recuou um pouco, ainda a observando. Não havia fúria em seus movimentos, apenas uma presença constante, inescapável. Ela podia sentir o perigo ao seu redor, mas algo naquele olhar vazio parecia menos certo, menos premeditado do que os contos sobre ele sugeriam.

— Por que você me deixou viva? — [Nome] ousou perguntar.

Michael não respondeu, claro. Mas seus olhos, ocultos pela máscara, permaneceram fixos nos dela. Ele guardou a faca em sua cintura, e então, em um movimento inesperado, segurou o braço dela e a puxou para si, quase como se estivesse reivindicando sua presa, mas sem a mesma violência que havia demonstrado antes.

— Não vou gritar... — ela murmurou, surpresa consigo mesma por dizer isso. — Mas você vai me matar?

Ele não respondeu, mas a apertou mais firme, e a tensão entre os dois ficou insuportável. [Nome] sentiu o corpo tremer, não mais só de medo, mas de algo mais profundo, inexplicável. O frio da noite parecia menos intenso do que o olhar mudo de Michael.

Eles ficaram ali por um tempo que parecia infinito, e finalmente ele a soltou, como se tivesse decidido, por razões que só ele entendia, não acabar com aquilo naquela noite. Michael deu alguns passos para trás, sumindo lentamente na escuridão da noite, sem tirar os olhos dela até desaparecer completamente.

[Nome] ficou onde estava, atordoada, o coração ainda martelando no peito. Ela não sabia por que ele não a matou, mas algo naquela troca silenciosa a deixou marcada. Não era apenas medo; era a estranha sensação de ter cruzado o caminho de um predador que, por uma razão desconhecida, havia decidido poupá-la.

Ela olhou para a escuridão onde ele desapareceu, o corpo ainda tremendo, e sussurrou:

— Por que eu?

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⏰ Última atualização: 5 days ago ⏰

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「 Slasher Film 」 : 𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 - 𝐒𝐥𝐚𝐬𝐡𝐞𝐫𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora