⚊ capítulo seis
Eu entrei no café que meus amigos e eu costumávamos frequentar em todas as semanas escolares. O cheiro de grãos de café e canela me saudou como um velho conhecido, preenchendo o ambiente com uma familiaridade aconchegante.
O local era bem mais tranquilo que o campus. Os estudantes ocupavam a maioria das mesas, mas todos estavam ali para descansar do longo dia de aula ou para fazer suas tarefas.
Pedi que Rei me desse um segundo enquanto me dirigia ao balcão. Nossos meninos não estavam lá, ambos ocupados em seus próprios clubes escolares após as aulas.
Após pedir um cappuccino, voltei e me sentei em um sofá em frente a Rei na nossa mesa.
"Você realmente não lembra de nada daquela noite?", ela retomou o assunto sobre a noite em que Ni-ki me trouxe para casa com meu primo.
"Nada. Estou tão irritada comigo mesma depois de ouvir que chorei enquanto dormia", respondi.
"Desmaiar sempre foi sua fraqueza. Mas é realmente tão ruim ele ter ouvido você dizer alguma coisa?", o instinto maternal de Rei entrou em ação. "Você tem medo que ele saiba?"
Meus lábios se curvaram em um sorriso amargo com a pergunta. "Ele pode ver e ouvir de tudo sobre mim, menos me ver chorar pela minha família. Isso é como se ele soubesse uma grande parte de mim."
"E se ele se aproximasse de você dessa forma? Ouvi dizer que ele não é tão ruim assim", ela insistiu.
Abri a boca para falar, mas nada saiu. Em vez disso, o rosto de Ni-ki invadiu minha mente. Aqueles olhos intimidadores, o cabelo macio que eu não consigo esquecer, especialmente daquela vez em que ele o finalizou para ficar levemente ondulado, e aquele sorriso convencido que me irritava tanto.
Claro que ele é bonito, mas eu não queria ter nada a ver com ele ou com o time de futebol.
No entanto, devo ter ficado quieta por tempo demais, porque Rei tomou meu silêncio como um sim e soltou um gritinho de entusiasmo.
"Não, não, não!", interrompi. "A única coisa boa nele é a aparência."
"Não consigo concordar com isso"
"Mas ele ser bonito? Nem pensar", menti, então chequei o horário. "Ei, preciso ir ao banheiro. Me espera aqui."
"Eu nem disse que Ni-ki é bonito. Você trouxe isso à tona sozinha", foi tudo o que ela disse, e eu fingi não ouvir.
Enquanto caminhava em direção ao banheiro, senti meus pés batendo no chão de azulejo. Havia uma multidão de estudantes entrando na cafeteria e, claro, eu franzi a testa ao ver o time de futebol se juntando à confusão.
Por que caralhos eles estão em todo lugar?
Enquanto eu desejava poder ficar mais tempo dentro da cabine, me limpei rapidamente e voltei à mesa, feliz por ver que Chenle estava lá com Rei. Eu sabia que Dongpyo não poderia vir, como sempre.
Ele estava ocupado com o clube de jornalismo de novo, o que poderíamos fazer?
Quando me sentei ao lado de Chenle, seus olhos brilharam para Rei. "Você não vão acreditar no que aconteceu em todas as nossas aulas", ele disse.
"Desembucha", Rei respondeu, visivelmente interessada.
"Nós temos Nishimura Riki em todas as nossas aulas e ele vai sentar do lado da nossa emo aqui pelo resto do ano", Chenle anunciou.
O queixo de Rei quase bateu no chão. "Meu Deus, Minji!"
"Eu sei. Meu ano letivo está prestes a piorar", murmurei.
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Irritantemente Seu ⚊ Nishimura Riki [#3]
FanfictionPark Minji só queria passar o ano letivo com notas altas em todos os exames. No entanto, isso é meio difícil quando ela é designada para dar aulas particulares ao seu mais novo inimigo. O mesmo garoto que acidentalmente chutou a bola de futebol no...