𝐏𝐫𝐞𝐥𝐮́𝐝𝐢𝐨

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[Prelúdio da aventura]
Em tempos antigos, existia um reino colossal, protegido por muralhas de pedra que se erguiam como verdadeiros bastiões de defesa contra as forças do mundo exterior. Esse reino, conhecido entre viajantes e nômades como o "Reino dos Gigantes", impressionava a todos com a grandiosidade de suas fortificações e a beleza de suas terras.

O soberano desse reino era Klaus Valentine, um homem ruivo e robusto que havia herdado o trono de seu pai, assumindo a liderança com a firmeza e a coragem que sua linhagem sempre exigiu. Sua história, no entanto, carregava uma marca de compaixão inesperada, rara em um líder tão forte.

Durante uma de suas cavalgadas pelas vastidões do reino, Klaus encontrou um bebê abandonado, envolto em trapos e deixado à mercê do destino. Em um ato de benevolência que surpreendeu até seus conselheiros, Klaus decidiu adotar e criar o menino, que recebeu o nome de Ômega. A partir daquele momento, os destinos de Klaus e Ômega se entrelaçaram, prometendo aventuras e desafios que moldariam não apenas suas vidas, mas o próprio futuro do Reino dos Gigantes.

Klaus possuía um dom raro e poderoso, conhecido como o Coração Elemental. Esse poder o conectava de maneira quase perfeita aos quatro elementos da terra — fogo, água, terra e ar. Através dessa ligação profunda, Klaus podia manipular os elementos ao seu redor, moldando-os à sua vontade, como um artesão modela o barro. O Coração Elemental não era apenas uma habilidade; era uma extensão da alma de Klaus, um poder que ele usava tanto para proteger quanto para construir.

Desde cedo, Klaus percebeu que Ômega, o jovem que ele criava como seu próprio filho, também carregava algo especial dentro de si. Embora o garoto ainda não tivesse despertado para seu verdadeiro potencial, Klaus dedicou-se a treiná-lo rigorosamente, preparando-o para o dia em que seu poder se revelaria. Havia uma chama dentro de Ômega, uma força adormecida que Klaus sabia ser imensamente poderosa. Ele podia ver isso nos olhos do jovem, uma energia latente que apenas aguardava o momento certo para isso…

O começo de tudo…

(Meio do outono)
No centro do reino, em um castelo imponente, Klaus se reunia com seus conselheiros e homens de maior autoridade. A sala era iluminada por tochas, lançando sombras sobre os pergaminhos e manuscritos espalhados pela grande mesa redonda. O ambiente estava carregado de tensão, os olhares fixos nos documentos que narram as ameaças que se aproximavam. Klaus, impaciente com a crescente agitação, ergueu-se de seu assento e bateu com força sobre a mesa, fazendo ecoar um som profundo por todo o salão.

Klaus: Controlai-vos, homens! Somos líderes, não animais! Decisões importantes devem ser tomadas com clareza e coragem, não com gritos e temor!

Um dos conselheiros, um homem mais velho com um semblante preocupado, tomou a palavra.

Conselheiro 1: Senhor, o que nos preocupa é a gravidade das notícias. Todos tememos pelo futuro do reino. As informações que chegam são alarmantes... Se esses relatos forem verdadeiros, estamos à beira da destruição!

Klaus estreitou os olhos, sua expressão dura e resoluta.

Klaus: Compreendo vossas preocupações, mas peço que mantenham a calma. Até onde sabemos, essas criaturas — se é que realmente existem — estão extintas há séculos. Não podemos nos deixar levar por rumores.

Outro conselheiro, mais jovem e impetuoso, levantou-se, falando com veemência.

Conselheiro 2: Majestade, não são apenas rumores. Recebemos mensagens de viajantes confiáveis que afirmam ter visto algo colossal voando sobre as montanhas. As descrições coincidem... algo grande e ameaçador, dirigindo-se ao nosso reino.

Klaus, mantendo a postura firme, respondeu com a voz grave, mas ponderada.

Klaus: Acreditais, então, que um dragão — uma criatura das lendas — sobreviveu todos esses anos para nos atormentar agora? Reflitam sobre isso, senhores. Pode ter sido uma nuvem de tempestade, ou outra coisa qualquer. Não vamos apressar o julgamento.

𝐃𝐞𝐬𝐭𝐢𝐧𝐨 𝐝𝐞 𝐟𝐨𝐠𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora