𝐐𝐮𝐞 𝐯𝐞𝐧𝐡𝐚 𝐨 𝐟𝐢𝐦

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Três anos haviam se passado desde que a guerra devastadora tomou conta do continente, e os nortenhos, uma raça orgulhosa e robusta, trabalhavam incansavelmente para reconstruir o que havia sido destruído. Eles reergueram muralhas, reforçaram pontes e cavaram trincheiras mais profundas, determinados a não se deixarem abater novamente. A dor das perdas ainda pairava no ar, mas o espírito de sobrevivência prevalecia.

Os campos de batalha, agora quietos, ainda estavam marcados pelas cicatrizes das batalhas ferozes. Florestas inteiras haviam sido queimadas, e carcaças de cavalos e restos de armas de cerco boiavam nos lagos sombrios. As muralhas do reino, embora erguidas novamente, exibiam traços negros de fuligem e lascas de pedra quebrada. Era como se o próprio solo se recusasse a deixar os horrores da guerra serem esquecidos.

Dentro dos salões do grande conselho, os líderes do reino debatiam sobre o futuro, com vozes firmes, mas carregadas de apreensão. Embora o Reino dos gigantes tivesse resistido melhor que muitos outros ao caos do conflito, havia um clima de incerteza. Com a queda do Reino do Leste e o colapso das antigas alianças, o equilíbrio de poder no continente havia sido dilacerado. Os quatro reinos, que antes mantinham uma paz tênue, agora eram apenas dois, e isso trazia preocupações ao povo nortenho.

O isolamento natural das terras dos gigantes lhes oferecia certa proteção, mas agora, com os reinos humanos em desordem, os ataques de bandidos e mercenários desesperados se tornaram mais frequentes nas fronteiras. Além disso, um boato que para o resto do mundo era perturbador se espalhava rapidamente pelas tavernas e praças das vilas: Ômega, filho adotivo de Klaus, havia feito o impossível para vencer a guerra: domar uma fera alada. Um dragão.

O eco dessas histórias se tornava cada vez mais forte, deixando o conselho dividido entre ceticismo e medo. Se Ômega realmente tivesse conseguido controlar uma criatura dessas, o que mais ele poderia ser capaz de fazer? O Reino dos gigantes, embora fortalecido, começava a se sentir novamente vulnerável. Afinal, para eles, que conheciam o verdadeiro poder dos dragões, apenas um louco ou alguém com um poder inimaginável ousaria enfrentar essas bestas.

Nas montanhas da meditação (reino dos gigantes)

Ômega, agora mais velho e com um leve crescimento de barba, subia as escadas rumo às montanhas da meditação

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Ômega, agora mais velho e com um leve crescimento de barba, subia as escadas rumo às montanhas da meditação. O som profundo de uma fera dormindo e roçando  se fazia ouvir a distâncias, ecoando pelos vales…Ao chegar ao cume, Ômega parou, ouvindo o ronco familiar de Dravonir, o dragão invocado no último capítulo, que descansava naquele local sagrado. O dragão estava imerso em um sono tamanho e parecia até imovel, mas mesmo com os olhos fechados, ele abriu a boca e falou…

Dravonir: Eu sinto sua presença, jovem príncipe, e sabia que viria a mim hoje.

Ômega, caminhando lentamente até o dragão, observando suas asas e escamas, disse-lhe

Ômega: Há algo que precisamos fazer, Dravonir. Algo que exige tua força... e teu fogo.

Dravonir, levantando a cabeça, seus olhos cintilando com uma luz suave:

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⏰ Última atualização: Sep 30 ⏰

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𝐃𝐞𝐬𝐭𝐢𝐧𝐨 𝐝𝐞 𝐟𝐨𝐠𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora