Save Him| Tom Kaulitz

1.03

Capítulo 1.03: o preferido
Tom Kaulitz, 2002

Era a primeira vez que Matsuri ia vir em casa e a primeira vez que Bill chamava algum amigo depois de muito tempo, ele estava totalmente nervoso e ansioso, ele gostava muito da nova amiga, tinha medo que algo desse errado. Ele queria que ela tivesse uma boa impressão de nossa casa, queria que ela se divertisse e não nos achássemos chatos, pediu para mamãe cozinhar alguns lanches, principalmente tradicionais alemães, já eu ajudei ele a arrumar o quarto dele, o meu quarto e a garagem com nossos instrumentos

Posso estar fazendo esse esforço (fingir que sou organizado) por ele, mas no fundo eu queria que ela tivesse uma boa impressão de mim também, gosto muito dela

Depois de tudo organizado, Bill subiu para tomar banho, como era algo que eu já tinha feito antes, só fiquei na sala esperando alguém me dar atenção ou mandarem eu fazer algo

Isso não aconteceu, fiquei longos minutos olhando para o teto, só fui parar de não fazer nada quando a campainha tocou, olhei para porta e não me mexi, achei que Bill iria aparecer para abrir. Estava errado, pelo o barulho que fazia no andar de cima, ele estava no banho ainda, não ouviu a campainha, então me levantei e fui fazer o papel de bom moço

— Tom!- a garota diz sorridente assim que me vê, não pude evitar de retribuir o sorriso

Reparo em suas mãos ocupadas por uma caixa de chocolate e um pequeno vaso de flores, parecia ter certa dificuldade para carregá-los ao mesmo tempo, e suas costas possuíam uma mochila pequena

— quer ajuda?- pergunto já pegando o vaso na mão, sem esperar pela resposta

— para vocês- ela diz e olha para cima pensativa- agradecimento pero convite

— não precisava - dou espaço para ela passar- mas minha mãe vai adorar- fecho a porta com o pé assim que ela entra e caminho até a mesa de jantar que ficava por perto, apoiando o vaso e ela faz o mesmo com os chocolates

Assim que se vira para mim, abraça minha cintura fortemente, como se não me visse a décadas (nos vimos ontem). Retribui o ato passando meus braços pelo seus ombros

Os abraços dela eram confortáveis, eu me sentia acolhido e protegido. Assim que me soltou, a levei para o sofá para esperar Bill, dessa vez eu teria companhia. Percebi ela remexendo em algo dentro da sua mochila, provavelmente procurando algo que encontrou rapidamente. Matsuri tirou da bolsa um caderno pequeno e me entregou sem dizer nada

— o que é isso?- pergunto abrindo ele e me deparando com várias desenhos. Folheei cada página- são legais- sorrio e olho para a garota que me observava curiosa

— gostou?- pergunta ansiosas e eu concordo com a cabeça

— sim, são bonitos

Ela era uma pessoa surpreendente, cada dia que passava eu descobria algo legal sobre ela. Matsuri se aproximou mais de mim pegando o caderno da minha mão e voltando para a primeira folha, apontou para o desenho de uma casa florida e, aparentemente, aconchegante

— casa vovó- vira a página, agora era um homem estampado- papai

Passou folha por folha, falou sobre todos os desenhos e se esforço o máximo passível para contar algumas histórias sobre. Eu vou confessar, me distrai em alguns momentos, prestei mais atenção no quanto ela se empolgava com alguns assuntos específicos, principalmente sobre momentos que teve na antiga cidade. Quando acabou de mostrar tudo, pulou algumas páginas vazias e foi para a última que tinha um desenho familiar

— Biry- ela aponta para a arte e volta uma página- quero desenhar você

— tudo bem - sorrio e a mesma retribui animada se afastando e abrindo a mochila novamente