Laços Que Se Fortalecem

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Oie, boa leitura! Esse capítulo está muito bom, espero que gostem!

O sol da manhã brilhava através das janelas do abrigo, inundando o espaço com uma luz suave e acolhedora. Lisa sentia seu coração bater mais rápido enquanto caminhava pela calçada em direção à entrada. Ela hesitou por um momento, a mão pairando sobre a maçaneta. Desde sua última visita, ela não parava de pensar nas palavras gentis de Jennie, no abraço caloroso que recebera. Aquilo tinha lhe dado uma sensação de pertencimento que há muito tempo não sentia.

Com um suspiro, Lisa finalmente girou a maçaneta e entrou. O som das risadas das crianças e o cheiro familiar de papel e tinta a receberam. De imediato, seus ombros relaxaram, como se tivesse deixado um peso do lado de fora. Jennie estava do outro lado da sala, inclinada sobre uma mesa cheia de papéis coloridos, e quando levantou os olhos e viu Lisa, um sorriso radiante iluminou seu rosto.

- Lisa! - exclamou Jennie, caminhando rapidamente em sua direção. - Que bom te ver de novo, querida.

Lisa corou levemente ao ouvir o carinho na voz de Jennie. Aquilo sempre a fazia se sentir especial, como se, por um breve momento, ela fosse o centro de algo bom. Jennie parou na sua frente, os olhos cheios de calor e preocupação genuína.

- Como você está? - perguntou Jennie, o tom suave, mas atento.

Lisa hesitou, as palavras lutando para sair. Ela queria dizer que estava bem, que as coisas em casa tinham melhorado, mas sabia que seria mentira. A verdade era que, desde o último encontro, ela havia sentido ainda mais a pressão de seus pais, o que a fez buscar refúgio ali novamente.

- Eu... - começou Lisa, mas sua voz falhou. Ela olhou para o chão, sentindo-se pequena e vulnerável. - Não estou tão bem assim.

Jennie franziu a testa, sua mão indo instintivamente até o ombro de Lisa, dando-lhe um leve aperto.

- Querida, você sabe que pode falar comigo, não sabe? - disse Jennie, a voz suave como veludo. - Não precisa guardar tudo para si.

Lisa levantou os olhos, encontrando o olhar firme, mas acolhedor de Jennie. De alguma forma, aquelas palavras sempre conseguiam quebrar as barreiras que ela construía em torno de si mesma.

- É que... as coisas em casa estão ficando cada vez mais difíceis - admitiu Lisa, sua voz trêmula. - Meus pais... eles não me entendem. É como se cada erro que eu cometesse fosse uma prova de que eu sou um fracasso. Eu sinto como se estivesse carregando o peso do mundo nas costas, Jennie.

Jennie suspirou e a puxou suavemente para um abraço. Era um gesto simples, mas transmitia tanto carinho e apoio que Lisa quase se sentiu segura o suficiente para desmoronar ali mesmo.

- Você não é um fracasso, Lili - disse Jennie com firmeza, usando um dos apelidos que começava a usar cada vez mais. - Nem de longe. Você está passando por algo muito difícil, e está lidando com isso da melhor forma que consegue. Mas, por favor, não se feche para mim, tá bom? Eu estou aqui para te ajudar, sempre que precisar.

Lisa ficou em silêncio por um momento, absorvendo o conforto do abraço de Jennie. Sentia-se tão pequena, tão vulnerável, mas ao mesmo tempo, aquele apelido carinhoso, "Lili", fazia-a se sentir especial, querida. Jennie não apenas via suas fraquezas; ela as aceitava, as acolhia.

Finalmente, Lisa assentiu, embora ainda se sentisse um pouco envergonhada por ter se aberto daquela maneira.

- Obrigada, Jennie - sussurrou Lisa, a voz quase abafada pelo ombro de Jennie.

Jennie se afastou levemente, mas não soltou Lisa, mantendo as mãos firmemente sobre os ombros da jovem.

- Que tal ajudar um pouco com as crianças hoje? - sugeriu Jennie, sorrindo de forma encorajadora. - Pode ser uma boa distração, e as crianças adoram quando você está por aqui.

Caminhos de Esperança - JenlisaOnde histórias criam vida. Descubra agora