Yellow

Eu achei romântico

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ooi, só lembrando que essa história era uma au do twitter, por isso dos prits
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Kelvin pedalava sua bicicleta amarela, com sua mochila bem posta na cestinha e alguns livros que trocou no sebo da cidade quando notou a caminhonete velha o seguindo. Se sentiu nervoso e tentou pedalar mais rápido, no entanto, uma pedra no caminho o fez se desequilibrar e cair no meio fio.

— Aí. - Ele reclamou de dor vendo o cotovelo e joelhos ralados.
A caminhonete parou logo depois, o pequeno percebeu e logo passou a recolher suas coisas, começando a temer aquele encontro nada amigável.

— Hey! - chamou a voz grave, mas o ruivo já estava recolhendo suas coisas do chão. — Hey, espera!

— O que você quer? - Ele perguntou tentando não parecer assustado, afinal, não era todo dia que um veterano o parava daquela forma. Mas não olhou para o outro, continuou agachado recolhendo suas coisas.

— Você se machucou? - O outro perguntou se agachando também e o ajudando a recolher seus pertences.

— O que você acha? - Disse rispidamente e finalmente levantou o olhar, encontrando um Ramiro preocupado ali.

— Calma eu só quero falar com você. - Kelvin engoliu em seco pegando rapidamente seu caderno de couro que ele estendia — Desculpa te assustar… - permaneceu em silêncio apertando seu diário contra o peito enquanto assistia o outro pegar o restante das coisas caídas —, não te vi hoje no colégio.

“Por que diabos ele estava me procurando?” Kelvin pensou sentindo seu coração errar uma batida.

— E achou tudo bem me seguir? - Continuou na defensiva agora se levantando.

— Eu só te vi e bom… estamos aqui. - Kelvin revirou os olhos e deu as costas a ele, apertando o guidão da bicicleta e andando meio mancando. — Eu posso te dar uma carona?

— Ramiro? Isso é alguma pegadinha? Olha, não estou interessado em virar piada, só vamos fingir que isso nunca aconteceu e você me deixa em paz tá?

— Calma pequetito.

— É Kelvin! E você sabe meu nome, vamos parar de fingir tá? Não somos mais amigos, o que quer que você queira falar, não precisa. - Ele deu as costas novamente voltando a andar arrastando a bike, mas seu joelho estava dolorido pelos arranhões.

Ramiro segurou o pneu da bicicleta o impedindo de continuar. — É o mínimo.

— O quê? Solta Ramiro, me deixa ir. - Ele estava irritado, mas mais nervoso do que irritado, sentia suas mãos suando, já fazia muito tempo desde que conversou com o ex amigo assim cara a cara.

— É o mínimo eu te dar uma carona, né?! Você está mancando, vem logo. - Ele também parecia sem paciência.

— Eu não quero, já disse.

Ramiro respirou fundo e encarou o mais novo à sua frente com o rosto e as pontas das orelhas vermelhas contrastando com o cabelo ruivo, a mochila amarela e suas roupas verdes. Como ele podia ser assim? Sem pensar muito, o pegou sem esforço e o jogou sobre seus ombros recebendo gritinhos de surpresa e socos em suas costas. Ele riu da tentativa e isso irritou Kelvin mais ainda.

— Deixa de drama, estou te ajudando.

— Depois de quase me matar, me solta! Eu consigo ir andando.
Ramiro abriu a porta da caminhonete e o colocou lá. Fechando a porta em seguida.

— Cala boca, agora fica aí que eu vou te levar em casa. - Ordenou voltando para onde a bike estava caída e a pegou logo a jogando na carroceria.

— Isso é sequestro. - Kelvin acusou o observando tomar seu posto no banco do motorista. — E você nem sabe se eu estava indo pra casa.