Na Balsa do Tempo, Remando em Silêncio

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À deriva como um balseiro
Qual anda sobre os rios sem rumo
Apenas aceitando seu destino
Sem lutar contra a correnteza.

Meu peito como grama
Aquela grama seca e frágil
Onde apenas cinzas de um simples cigarro
Poderia destruir todo um pantanal.

Apaixonado tento ser
Mas por quem sou
E não pelo que desejam que eu seja
Ou por alguém.

Ser o dono da própria terra
E fazer com que haja terra fértil
Para que sementes brotem
E consiga uma linda propriedade.

Este é o coração que almejei
Mas hoje estou à deriva
Sem nadar contra a correnteza
Pois sei que nada mais adianta
Este é o meu destino final.

Oh Deus, que estais nos céus
Por que me abençoastes com uma vida
Sem sentido, mas ao mesmo tempo
Cheia de desejos quais não serão cumpridos?
Ademais se feitos, dirão que é pecado
Mas e se o pecado for algo bom?

Meus pensamentos são minhas armas
As armas de um poeta que deseja compartilhar
De tua poesia para os demais
Mas aqui estou eu, à deriva.

Gostaria que o pássaro tivesse a chance
De voltar para o ovo
Caso descobrisse que o mundo era louco
E que a felicidade esvai pouco em pouco

Um pássaro que tinha uma vida pela frente
Mas que foi capturado e posto numa gaiola
Qual deseja sair, mas simplesmente
Está à deriva.

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