podridão

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A cada segundo sinto que não irei suportar,
Suportar a podridão da vida
Que deixa-me enjoado
E doente implorando pela morte.

As pessoas são o câncer deste mundo,
Que cortam suas próprias raízes para se sobressaírem.
Esta é a podridão do meu verão mais frio
Que toca minha pele e me assombra.

Devemos quebrar as correntes,
Deixarmos de ser escravos de quem somos
E deixarmos de vivermos por puro capricho de outros.
Quebremos juntos as correntes da vida,
Mas quem disse que escravidão não existe
Sendo que sou de quem sou?

Corta-me para fora,
E deixa quem sou sair deste corpo,
Pois este não é o qual enxergo
Ou qual consigo ver.

Abusa-me com o vinho mais forte
E deixa quem sou aparecer,
E veja o que a podridão da vida fez
Com alguém que sonhava em ser alguém
E hoje nem sabe quem é.

Corta-me para fora,
E verás que não sangrarei,
Pois este não é quem sou,
Mas sentirei a dor,
Dor de finalmente me prostrar para este mundo
E sentir a verdadeira podridão.

Sinto as correntes ao redor do meu pescoço,
Braços e também pernas,
Me perfurando com seu espinho mais pontiagudo,
Enquanto machuca a carne por trás da marionete.

Queime este mundo
E veja-o virar cinzas,
Enquanto nos livramos de nossas correntes
E finalmente viverei um verão quente
Qual faz tempo que não sinto.

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