Sasuke

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E ali estava eu, em frente a um museu onde eu tinha combinado de encontrar com o meu informante. Era uma informação muito importante que talvez fizesse com que eu conseguisse fechar o maior negócio da minha vida. Fazia quase meia hora que eu estava esperando totalmente entediado. Fitava o céu distraído quando ouvi alguns gritos ao longo de uma praça que havia ao lado do museu. Sei que não devia sair de onde eu estava, meu informante poderia chegar a qualquer momento, mais fiquei curioso por saber o que estava acontecendo, provavelmente era só mais uma briga de russos bêbados, só que mesmo assim eu fui ver o que era. Enquanto eu percorria a extensão da praça vi uma silhueta se aproximar muito rápidamente de mim. Ela se chocou contra mim violentamente e eu a segurei para que nenhum de nós caísse. Eu tinha vindo até aqui por um único motivo que estava ao alcance de minhas mãos e agora eu tinha perdido aquele encontro pelo que parecia ser uma briga de bêbados que não estava nos meus planos. Poderia ter virado as costas e esperado pacientemente a minha informação.
A mulher tentava falar mas soava abafada enquanto tentava, também, sacudir a cabeça. De repente, me ocorreu que talvez, ela pudesse ser uma turista. falou com ela em japonês só para garantir. Percebi uma forte inspiração e soube que acertara. Também falava alemão, inglês, francês e português, mais o japonês me pareceu uma boa escolha.
- Não vou machucá-lá - afirmei. - Mas se gritar, deixarei que seus perseguidores à peguem. Entendeu?
A mulher a minha frente concordou com um gesto rápido de cabeça, enquanto eu a girava nos braços. Olhos perolados faiscavam à luz da loja de conveniência. O capuz do agasalho escorregara para trás, revelando os cabelos negros azulado presos em um rabo de cavalo. Suas feições eram belas, delicadas, embora a cotovelada que ela mirara em sua cabeça não tivesse nada de frágil. Aquela mulher era forte e delicada ao mesmo tempo.
Tirei minhas mãos de seus lábios macios e, embora ela o encarasse com expressão cautelosa, não gritou.
- Por favor, me ajude - disse ela, envolvendo o corpo com os braços para se proteger do frio do final de abril. - Não deixe que eles me peguem.
Asiática. Não deveria ter ficado surpreso, embora algo naquela mulher fosse totalmente inesperado. O que uma asiática que não falava russo estava fazendo, sozinha, na praça Vermelha quase 1h da manhã? "Não se envolva, Sasuke. " Ignorando a voz que lhe soprava ao ouvido, concentrou-se na mulher.
- Não deixe quem pegá-la? As autoridades? Se fez algo ilegal, não posso ajudá-la.
- Não. - ela se apressou a dizer, olhando para trás antes de se voltar para mim. - Não é nada disso. Estou procurando por minha irmã e....
Gritos raivosos ecoaram pela praça. A mulher não esperou pela a minha resposta. Simplesmente saiu pela a noite como se tivesse sido atingida por um tiro de canhão. Eu a alcancei com três passadas, a segurei pelo braço e a girei.
- Por aqui - disse, puxando-a na direção da loja de departamentos.
- É muito iluminado. Ele vão nos ver.
- Exatamente.
Os homens calçavam botas e trotavam nas pedras arredondadas, vinham na direção deles. Tinhamos apenas alguns segundos antes de os homens conseguirem nos alcançar. A neve escorrogadia os atrasava, mas não tempo o suficiente. Eu a empurrei para trás contra uma das amplas vitrines e ela emitiu um som em protesto.
- Enrosque suas pernas em minha cintura. Ela ergueu as sobrancelhas.
- Solte-me! Não está tentando me ajudar...
- Você é quem sabe. - eu disse, recuando alguns passos. - Boa sorte.
- Não, espere! - gritou ela, quando eu já ia quase no fim da calçada. Ela exalou um suspiro irritado. - Está bem. Farei do seu jeito.
Sem querer abri um sorriso, quase amigável.
- Ótimo! Fingiremos que somos namorados, está bem? Enrosque suas pernas em minha cintura - orientei, enquanto a comprimia contra a vitrine e lhe soltava os cabelos. Ela me envolveu o pescoço com seus braços, me obedecendo sem discutir. Espalmei minhas mãos em suas coxas macias e enterrei meus quadris nos aconchegos dos dela. Como eu usava um capa larga que escondia nossos corpos, se fizéssemos tudo certo qualquer um que nos vissem acharia que estávamos transando. Ela suprimiu um gemido, quando investi com força contra o ponto mais sensível de sua intimidade. O som disparou por minhas veias como uma doze de vodka. Não importava o quanto eu não quisesse, senti meu corpo começar a reagir. A mulher era pequena, macia e tinha a fragrância do verão nos montes rurais: um toque floral, ensolarado e de água gelada. Uma onda de raiva me invadiu. O seu aroma me fazia recordar e sentir. E eu não gostava de ter sentimentos. Não havia espaço para eles na minha vida.
- Beije-me - pedi com a voz arrastada, quando ouvi os passos se aproximarem. - e faça de modo convicente.

One night with SasukeOnde histórias criam vida. Descubra agora