Sentado à mesa do salão de banquetes, Aegon tentava aparentar normalidade enquanto uma tempestade de emoções fervilhava em seu interior. A presença de Rhaenyra e sua família o deixava desconfortável, cada sorriso e risada um lembrete doloroso dos horrores que ele havia testemunhado – e causado – em sua vida anterior.
Ele se lembrava vividamente do momento em que ordenara que seu dragão, Sunfyre, matasse Rhaenyra. A visão de sua irmã sendo consumida pelas chamas ainda o assombrava, um pesadelo do qual ele nunca conseguiria escapar. Ela estava ali agora, viva e rindo, mas as cicatrizes emocionais permaneciam frescas em sua mente.
O olhar de Aegon se voltou para Lucerys, que conversava animadamente com Jacaerys. A lembrança de Aemond matando Lucerys, transformando-se em um assassino de parentes, fez seu coração apertar. Lembra de receber a notícia de que Jacaerys tinha sido morto por Aemond na Guerra Civil Targaryen.
Olhando os teu lado esquerdo Helaena, o corpo de sua irmã morta depis de se jogar da torre após Sangue e Queijo. Ao lado de Helaena, Aemond atormentado pela perda o olho, o assassino de Lucerys e Jacaerys, morto mais levando consigo seu tio Daemon. Lembra o sentimento de perda e ódio que sentio por Daemon por ter matado Jaehaery e Maelor e mandado estuprar Jaehaera até a morte aos olhos de Helaena, seus gêmeos Jaehaery e Jaehaera tinham apenas seis dias de seus nomes enquanto Maelor tinhao apenas dois.
Ele queria gritar, avisar a todos sobre o futuro sombrio que poderia se desenrolar, mas sabia que isso seria inútil. Este era um novo começo, mas o passado ainda o assombrava.
Viserys, sentado à cabeceira da mesa, parecia mais saudável e menos desgastado do que Aegon lembrava. Contudo, a lembrança de como seu pai parecia sempre preferir Rhaenyra sobre ele e seus irmãos ainda doía. A sensação de ser o segundo, de não ser suficiente, de ser uma decepção – tudo isso voltava com força total.
Ele lembrou-se do momento em que seu pai morreu. Mesmo sabendo que era errado, Aegon sentiu uma pontada de alívio, quase felicidade. Aquela era uma confissão que ele nunca fizera a ninguém, uma sombra escura em seu coração. A lembrança era um lembrete do quão profundamente suas falhas e fraquezas estavam enraizadas.
"Está tudo bem, Aegon?" a voz suave de Rhaenyra o tirou de seus pensamentos. Ela o olhava com preocupação genuína, um contraste gritante com a figura aterrorizada que ele lembrava no momento de sua morte.
Aegon forçou um sorriso, tentando esconder o turbilhão de emoções. "Sim, apenas me distraí por um momento."
Rhaenyra assentiu, ainda parecendo preocupada, mas voltou a sua conversa com Laenor. Aegon respirou fundo, tentando se recompor. Ele precisava se concentrar no presente, nas oportunidades que este novo mundo lhe oferecia, em vez de ser consumido pelo passado.
Quando o café da manhã terminou, Aegon se dirigiu ao seu quarto para se preparar para a caçada, uma serva ja o estava esperando com par de botas e um casaco.
"Pronto, meu príncipe?" uma das servas perguntou com um sorriso encorajador.
Aegon assentiu, sentindo uma mistura de ansiedade e determinação. "Sim, estou."
Ele saiu do quarto e encontrou Rhaenyra e sua família esperando por ele no pátio. Os cavalos estavam preparados, e a carroagen que o levaria tambem, embora soubese que nao iria cassar a sua excitação no ar era palpável. Aegon respirou fundo, decidido a enfrentar esse novo mundo com coragem, apesar das sombras do passado que o perseguiam.
Jacaerys o ajudou a subi na carruagen que iria junto com Joffrey que ainda nao sabia mantar. Enquanto se ajeitava na carruagen, ele lançou um último olhar para o castelo, prometendo a si mesmo que faria de tudo para criar um futuro melhor, mesmo que isso significasse enfrentar os fantasmas de sua vida passada.
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Renascimento do Dragão
FanfictionApós os eventos devastadores da Dança dos Dragões, Aegon II Targaryen, o Usurpador consumido pelo arrependimento e pela culpa, decide tirar sua própria vida com um cálice de vinho envenenado. No entanto, ao invés de encontrar a morte, Aegon acorda n...