Encontros e Confrontos

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Aegon e os outros chegaram à Fortaleza Vermelha com risadas ainda ecoando de sua aventura aérea. No entanto, ao entrarem pelos portões principais, perceberam uma tensão no ar. Ser Criston e Ser Harwin estavam no meio de uma discussão acalorada. Os dois cavaleiros de manto branco, notando a chegada de Aegon e das crianças, rapidamente se dirigiram a ele.

“Príncipe Aegon, onde estiveram?” Ser Criston perguntou com urgência, seu olhar se movendo rapidamente entre Aegon e os jovens príncipes e princesas. “A princesa herdeira e a rainha consorte brigaram durante o almoço por causa de sua ausência.”

Aegon suspirou, ciente de que seu dia tranquilo estava prestes a se tornar complicado. Ele deu um olhar significativo a seus irmãos e sobrinhos antes de responder. “Estávamos voando. Precisávamos de um pouco de ar fresco.”

“Espero que tenha valido a pena,” Ser Harwin murmurou, embora houvesse uma leve diversão em seus olhos. “Porque agora teremos que lidar com as consequências.”

Enquanto Aegon começava a subir as escadas em direção aos aposentos, Ser Criston informou: “O rei Viserys está esperando vocês para o jantar.”

A notícia fez o coração de Aegon acelerar. Ele sabia que a ausência durante o almoço não seria vista com bons olhos. Ao chegarem ao salão de banquetes, foram recebidos com um silêncio expectante. O rei Viserys, sentado à cabeceira da mesa, olhou para seus filhos e netos com um olhar misto de preocupação e alívio.

“Como foi o dia de vocês?” Viserys perguntou, sua voz gentil, mas firme.

Aegon trocou um olhar rápido com Jacaerys antes de responder. “Foi maravilhoso, pai. Voar nos deu uma sensação de liberdade e união.”

Viserys assentiu lentamente, um sorriso surgindo em seus lábios. “Fico feliz em ouvir isso. No entanto, devo lembrar que vocês têm responsabilidades aqui. A presença de vocês é sempre necessária.”

A tensão no salão diminuiu ligeiramente, mas ainda havia uma eletricidade no ar. Viserys então mudou de assunto, seu tom se tornando mais animado. “Estamos organizando um baile para comemorar sua maioridade, Aegon. Todos os lordes dos sete reinos virão, inclusive seu tio Daemon, junto com sua esposa Laena e suas filhas, Baela e Rhaena.”

Ao ouvir o nome de Daemon, Aegon sentiu um calafrio percorrer sua espinha. Ele tentou disfarçar seu desconforto, mas sabia que seu pai notaria. Viserys, observando a reação de Aegon, interpretou erroneamente. “Entendo que está nervoso, Aegon. Depois do baile, os lordes começarão a enviar propostas de cortejo.”

Aegon forçou um sorriso, acenando com a cabeça. “Sim, pai. Estou preparado para isso.”

No entanto, sua mente estava longe. As memórias de como Daemon havia matado seus filhos na frente de Helaena e também tirado a vida de Aemond eram vívidas e dolorosas. Ele lutava para manter a compostura enquanto seus pensamentos giravam em torno do passado trágico.

O jantar prosseguiu com conversas sobre os preparativos para o baile, os convidados e os possíveis pretendentes. Aegon manteve-se envolvido, mas sua mente estava distante, relembrando as cicatrizes emocionais que carregava.

Depois do jantar, Aegon se retirou para seus aposentos. Ele precisava de um momento de solidão para processar tudo. O peso das expectativas, as memórias dolorosas e a pressão de seu papel como príncipe estavam sobre seus ombros. Enquanto olhava pela janela, observando a neve cair levemente, ele prometeu a si mesmo que encontraria uma maneira de superar esses desafios.

Determinou que, independentemente do que viesse, ele enfrentaria com coragem e dignidade. Aegon sabia que o caminho à frente não seria fácil, mas com o apoio de sua família e sua própria força interior, ele estava pronto para enfrentar o futuro.

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