Capítulo 32

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Está tudo embasado e vejo o semblante do Fabrício mas estou tonta e tudo está sem som direito e embasado.
Olivia tá tudo bem? — Viro o rosto para olhar para os lados de novo — Ei, cê tá legal? — Me viro para seu rosto e o vejo, mas estou enjoada.
Preciso — Digo e tapo a boca e ele segura meu braço mas saio correndo e saio para fora e e vômito em um balde de lixo que achei lá — Aí que pesadelo — Digo e limpo a boca.
Liv você tá bem ? — Meu irmão pergunta e segura meu ombro.
Eu preciso tomar um ar só isso — Me endireito e vejo Joel e Anita. Vou deixar eles conversarem.
Vou te fazer companhia, vamos sentar aqui — Ele caminha para trás e pega dois banquinhos e nos sentamos.
Senti sua falta — Sorrio e abaixo a cabeça e ele me abraça.
Ou que isso? carência? — Ele gargalha. Fecho os olhos e suspiro.
Sabe quando você quer ter o controle de como as coisas acontecem? — Digo querendo contar sobre as viagens para ele, mas não posso passar como doida.
— E eu sei como e mas quando a gente aproveita o momento e mais leve, tipo agora você bebeu até vomitar — Ele gargalha e eu dou um sorriso — A vida e assim Liv, não tem como controlar tudo o importante e aproveitar o que tem — Ele diz calmo e tira uma mexa de cabelo da minha testa.
Melhor cê ir pra casa — Escuto os meninos falarem e eu e Pedro olhamos rápido.
Essa Jéssica não é quem ela tá falando que é não em — Anderson diz com voz alterada.
Eu vou lá ajudar — Pedro diz e me dá um beijo na testa e sai.
— O nome dela é Vivian em — Anderson diz e fico olhando quando os meninos tiram ele e meu irmão volta a se sentar. Será que ele está tão bêbado assim ou será que ela e a viajante?
Fabrício disse que ele é o Cabra da conta — Pedro diz e fico olhando Anderson ir embora.
An venha cá P, cê sabe se a Jéssica tava na fonte no dia da libertação dos calouros? — Pergunto e ele olho para ele rápido.
Que eu tenha visto não, eu acho que não — Ele responde com uma cara pensativa. Se for ela, foi nessa hora que ela me jogou pro futuro com ela faz muito sentido.
Preciso ir, valeu pela companhia Pedro — Digo e o abraço antes de sair e pego meu celular e mando uma mensagem para Anita.

"achei uma suposta pista, depois te conto tô indo verificar"

Caminho devagar e guardo o celular no bolso da jaqueta quando passo pelo Fabricio e pelo Cabra apenas olho para ele e não paro, preciso sair de dois mil e nove rápido e não dá tempo agora para deixar minhas paranóias de lado.

Estaciono meu carro rápido na garagem e saio correndo dele. Chego na janela do diretor e fico olhando para sala, olho para os lados e não vejo ninguém, então tento abrir a janela, mas só faz barulho.
Normalmente quando puxa abre — Digo e tento de novo.
Aí tá querendo ser expulsa — Escuto a voz do Fabrício e me assusto.
Cala boca, fala mais baixo — Digo brava e tento abrir pela parte de cima e escuto os passos do Fabrício chegando mais perto.
Cê tá fazendo o que aí? — Ele pergunta.
É meio óbvio que tentando entrar — Digo baixo e sorrio e me viro pra ele quando chega mais perto mas me volto para a janela que consegui abrir empurrando — Cê não tá me seguindo né ? — Pergunto.
Ahr não, eu vi você saindo sozinha e não foi fácil te acompanhar aliás, e você passou mal só queria ver se não ia acontecer de novo por que, por que  fiquei preocupado — Ele diz calmo e volto a tentar abrir o resto da janela e suspiro.
Já que tá aqui então me ajuda — Me viro para ele e ele fica parado.
Agora vamos ser cúmplices da sua expulsão? — Ele pergunta sorrindo, mas eu não faço o mesmo — Tá legal — Ele deixa o skate no chão e me ajuda — Cê sabe que sala é essa que cê tá entrando né? — Ele pergunta do meu lado.
Xiu,fala menos por favor — Digo entre sussurros.
Gosto quando sussurra — Revirou os olhos com sua fala e abre a janela. Então eu entro me esquecendo que estou de vestido e inconsequentemente as minhas pernas ficam do lado que ele esta só me lembro disso quando já entrei.
— Ele me chama e entrega seu skate, o pego e ele entra na sala — Mais o que a.
Xiii — Olho para ele rápido e digo o interrompendo — Vamo — Entrego o skate pra ele e caminho até uma prateleira cheia de caixa de plástico.
Eu posso saber o que a gente tá procurando aqui pelo menos? — Ele pergunta sussurrando.

Meu Passado/ Fabrício AzevedoOnde histórias criam vida. Descubra agora