[EM ANDAMENTO]
As pessoas nascem com seus destinos traçados. E não será diferente com esses dois, que são completamente o opostos um do outro.
Park Jimin, um Ômega Lúpus que encanta a todos com sua inocência e por ser extremamente belo, mora com seu...
Aonde você estiver, eu vou estar também, pois você é meu, querendo ou não, somos um do outro, somos um só.
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POV. JUNGKOOK
Meu dia não poderia começar de forma mais desafiadora. Ao acordar, Jungkook se deparou com sua mãe sentada na sala, pronta para uma conversa.
— Bom dia, filho.
Jungkook nada respondeu, apenas seguiu direto para a mesa, onde tomará seu café da manhã. Sua mãe, no entanto, não desistiu.
— Jungkook, estou falando com você. — Se levantou e bateu o pé no chão. — Você precisa se casar, Jungkook.
E novamente este assunto, e minha resposta continuará sendo o silêncio.
— Jungkook!!
— Senhora Jeon, cuidado para seu salto não quebrar de tanto bater o pé no chão.
— Jungkook, sabe muito bem que está na hora de considerar o casamento. Existem tantas mulheres bonitas, como por exemplo...
Jungkook não permitiu que ela concluísse sua fala, bateu as mãos na mesa e rosnou, observando-a encolher-se na cadeira.
— Não ouse completar essa frase. — Respirou fundo, recuperando a sua compostura. — Já tenho um Ômega, não preciso de ajuda para encontrar um cônjuge.
— O que... Como? — Ela parecia surpresa. — E não contou a mim e nem ao seu pai?
— Mãe, já sou adulto e não preciso mais dar explicações. — Sorriu forçadamente. — Vou apresentá-la a você e ao meu pai brevemente. Por favor, saia da minha casa; hoje é sábado e quero descansar.
— Mas... Tudo bem, eu irei embora.
Ela deixou a casa, visivelmente irritada, o salto caro ressoando pelo corredor. Bufei, já cansado de suas constantes perturbações na empresa por causa de joias extravagantes. E agora, a audácia de aparecer em minha casa para me incomodar com isso. Meu celular tocou, exibindo um número desconhecido. Resolveu atender, na esperança de que fosse algo importante.
— Senhor Jeon? É o Suga.
— Novidades?
Ele respirou fundo, logo podendo se ouvir o barulho do teclado soar pela chamada.
— Sim, ao investigar, descobri que seu nome é Park Jimin, tem 20 anos e é um Ômega lúpus. Ele vive com seu irmão e padrasto, além de estar matriculado em uma universidade aqui em Seul. E pelo que entendi, ele está no segundo semestre da faculdade de literatura, morava em Busan, mas parece que vai embarcar às dez no aeroporto de Busan, com destino a Seul.
— Isto é sério? — Exclamou surpreso. — Obrigado Suga, e até segunda na empresa.
Com um "Até breve senhor Jeon", ele respirou fundo antes de encerrar a ligação e ficar imerso aos pensamentos sobre o ômega.
— Até que enfim, eu te achei meu Ômega. — Com um sorriso no rosto, se levantou para se retirar do local. — Irei sair, e não volto para o jantar, vocês estão dispensadas por hoje.
As empregadas concordaram e retiraram a mesa. Dirigi-me às escadas, indo ao meu quarto e vesti uma calça jeans preta com uma camisa de manga curta da mesma cor. Calcei um tênis que, ironicamente também é preto, apliquei perfume, coloquei meus anéis e minha corrente, ajeitei o cabelo e peguei meus óculos escuros, as chaves do carro, meu celular e meus documentos. Saí de casa com a intenção de visitar Eunwoo, sabendo que ele estava de folga em seu apartamento. O trânsito estava tranquilo. Cheguei ao condomínio onde ele morava, estacionei o carro, entrei no prédio e fui ao elevador. Ele residia no último andar, na cobertura. Quando a porta do elevador se abriu, duas garotas entraram e suspiraram, me encarando. Sinceramente? se quer dar, cê fala. Saí do elevador, logo toquei a campainha. Ele não atendeu nas duas primeiras vezes, mas à terceira, a porta se abriu com ele exibindo a maior cara de sono.
— Quem é o infeliz que está tocando minha campainha como um desesperado? Ah, é você.
— Encontrei o Jimin.
Ele arregalou os olhos, parecendo surpreso, e até se engasgou com o nada na boca.
— Você encontrou o seu Ômega? E onde ele está?
— Ele vai estar chegando em Seul hoje, por volta das onze ou meio-dia. — Comentou sorrindo só de pensar que ele está na mesma cidade que eu. — É irônico, não é? Ele está tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe.
Eunwoo o encarou com um sorriso bobo, parecendo feliz ao ouvir aquilo. Ele respirou fundo e foi até a cozinha, voltando com dois copos de suco.
— Isso é de quando? — Perguntei sarcástico.
— É de hoje, Jungkook. — Avistei ele revirar os olhos. — E você vai ir até ele ou não?
Não tinha realmente considerado isso. Encostou-se no sofá e começou a ponderar se deveria procurá-lo quando ele chegar ou esperar um pouco. Eunwoo me observava, e logo percebi que ele queria dizer algo.
— Diga, eu sei que quer falar algo.
— Jungkook, eu acho que você realmente deveria procurar por ele. — Sua feição mudou para séria. — Vá atrás dele, explique a situação entre vocês. Ele provavelmente também quer te ver, faça algo significativo, algo que você saiba que será para a vida toda. Afinal, as coisas são passageiras, Jungkook. O amor, por outro lado, permanece com você para sempre. A empresa é apenas um passatempo.
Eu estava atordoado. Eunwoo havia me dito aquilo, e suas palavras realmente tocaram fundo. Senti uma vontade irresistível de abraçar Jimin e sentir seu perfume.
— Ei, se controle! Esses olhos roxos ai, eu já vi várias vezes, eu sei que você o quer, mas se controle primeiro.
— Eu vou atrás dele, mas não hoje! Eu vou ter o meu Ômega.
