Impressões

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Ao chegar na casa de Penny, a mesma e suas duas filhas, Lilly e Mônica, estavam em frente a casa junto com a mãe, esperando pelos dois.
Ao ver o carro de Henry, Penny abriu um sorriso largo cheio de dentes. Dentes brancos, perfeitamente alinhados. Os olhos de Mônica e Lilly encontraram os de Justin, que retribuiu com um olhar frio e sem alegria.

_ Justin, seja bem vindo _Penny sorri, estendendo sua mão direita e, com um olhar de pressão do pai, Justin a aperta, cumprimentando-a.

_ Mônica, Lilly, por que não mostram ao Justin onde será o quarto dele? _ Henry pede para que Justin as siga e ele o faz.

_ Você parece preocupado _diz, Penny.

_ Justin não está nada contente com tudo isso. E isso me deixa triste _Henry responde a afirmação.

_ Não se preocupe. Ele vai se adaptar. É tudo novo para todos nós. Sei que vamos ficar bem _ela o abraça e o conforta. Depois, entram em casa. Há muito o que arrumar.

Mônica e Lilly mostram o novo quarto de Justin. O quarto é grande e fica no segundo andar da casa, próximo ao das meninas. No segundo andar, ao subir a escada, vê-se um corredor extenso. A casa é realmente grande. No fim do corredor, o quarto onde Penny e Henry irão dormir. Ao lado, um banheiro e após o quarto das meninas. E logo depois, o quarto de Justin. O cômodo do outro lado do corredor, é onde ficava o escritório de Jhon, que agora virou uma sala vazia. Penny estava começando a decorá-lo para Mônica.

Mônica tinha 19 anos e estudava em casa, pelo computador, pois não queria se mudar para uma faculdade longe de sua mãe e de sua irmã. Estava prestes a se formar em administração. Era loura, como sua mãe. Cabelos longos até o meio das costas. Bochechas rosadas e olhos azuis. Lábios carnudos escondiam um sorriso igual o de sua mãe. Eram parecidas. Já Lilly, puxara mais ao pai. Cabelos mais escuros, em um tom castanho claro. Tinha 18 anos e fazia faculdade na cidade. Estuda medicina. Seus olhos eram de um azul mais escuro do que os de Mônica. Lábios finos e bochechas que mostravam covinhas ao sorrir.
Justin as olhou de baixo para cima. Pensou em como suas novas irmãs eram bonitas e meigas e em como odiava estar ali.

_ Podem me deixar sozinho, por favor? _ele pede, e as duas se retiram do quarto, com as caras murchas. Mal humorado, ele fecha a porta e começa a arrumar suas coisas em seu novo quarto.

Na hora do jantar, todos estão sentados a mesa. Um silêncio cortante ecoa pela sala de jantar, sendo interrompido apenas pelo tilintar dos talheres tocando nos pratos de porcelana_ Então, Justin. Você já se formou? _Penny quebra o silêncio, tentando puxar assunto.

_ Não. Eu tranquei o curso de artes quando minha mãe ficou doente e não voltei mais _ele responde friamente e curto.

_ E... Não pensa em recomeçar? _Lilly, dessa vez, tenta continuar.

_ Não sei. Talvez _mais uma vez, curto e frio.

_ Você desenha, então? _Mônica pergunta, de forma igualmente fria. Detestava a forma como ele estava se comportando á mesa. Todos ali só queriam ter um jantar onde não tivesse que aguentar o mal humor de Justin com tudo e todos.

_ Sim, desenho. Mais alguma pergunta ridícula? _ele retruca.

_ Justin, por favor _Henry pede, sem graça.

_ Tudo bem, senhor Bennet. Estou acostuma a lidar com babacas _Mônica diz, olhando para Justin.

_ Mônica! _ Penny chama sua atenção.

_ Com licença! _ Justin se retira da mesa e sobe as escadas a passos largos e firmes. O clima estranho ficando para trás, pairando no ar.

_ Me desculpem _ Henry diz, desanimado. Penny sorri, dando a entender que está tudo bem. Tudo volta ao normal sem Justin na mesa.

O dia tinha acabado. Todos estavam exaustos com a mudança e com as tensões ocorridas. Justin permaneceu em seu quarto até todos irem dormir.
Todos estavam na cama quando Justin se levantou para ir ao banheiro. Passava das duas da manhã. Apesar de ter se deitado cedo, não havia conseguido dormir nem um minuto sequer até agora.
Ele sai de seu quarto, indo ao banheiro pelo corredor escuro. Toda a casa está em total silêncio.
Minutos depois, ao sair, leva um susto. O rosto pálido de Lilly aparece ao abrir a porta. Seus olhos azuis refletem um pouco da luz da lua que entra pela janela do banheiro.
Ele a observa, em silêncio. Seu rosto demonstra que também se assustou com ele. Os dois ficam parados na porta por alguns segundos. Ele percebe as curvas de seu corpo, vestindo um pijama extremamente curto que acentua seus seios, quase transparente, que o permite imaginar muitas coisas.

_ Quero usar o banheiro, pode me dar licença? _ela diz, em um sussurro que, em Justin, causou um certo arrepio.

_ Desculpe _ele diz, saindo do caminho e voltando para seu quarto. Antes de entrar, olha novamente em direção ao banheiro e vê Lilly, ainda parada, observando-o.

Ele entra e fecha sua porta, logo deitando-se na cama. Que sensação estranha, ele pensa. E segundos depois, adormece.

Amores ProibidosOnde histórias criam vida. Descubra agora