Á Flor da Pele

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Quando chegou o pôr do sol, todas as famílias já tinham arrumado suas coisas e ido embora. Eles foram os últimos a sairem do lago.
Todos estavam tranquilos com o bom dia que passaram juntos. Mônica, Lilly e Justin já estavam se dando melhor. Voltaram o caminho todo conversando sobre como era as competições de Justin e a falcudade de Artes. Como eram seus amigos e se tinha alguma namorada escondida. Lilly contou um pouco sobre como é ser uma estudante de medicina  e Mônica disse como optou por administração por não ter estômago forte para praticar medicina.

A madrugada chegou de novo. E Justin encontrava-se sem sono mais uma vez. Mas desta vez, não era por infelicidade. Ele só não conseguia parar de pensar. Com um certo desejo proibido crescendo dentro de si, á flor da pele e, sempre que fechava os olhos, a imaginação fazia esse desejo crescer.
Não queria se sentir assim. Se odiava por sentir aquilo e odiava ainda mais ousar imaginar. Sentia repulsa por si mesmo. E ao mesmo tempo, sentia vontade de ir ao banheiro e ter aquela visão mais uma vez. Ou ter a visão de biquínis mais uma vez. Sentiu vontade de se tocar, mas a raiva que tinha de si mesmo por isso falou mais alto.
Virou de um lado para o outro na cama. Pensou que talvez um pouco de leite quente ou tv poderia fazê-lo esquecer tudo e pegar no sono.
Com cuidado e em silêncio, desceu as escadas e foi até a cozinha. Olhou em volta, não havia ninguém. Abriu a geladeira, encheu uma caneca de leite e a esquentou no microondas, abrindo-o antes que apitasse. Foi até a sala e sentou-se no sofá mas, ao fazer isso, percebeu que não estava sozinho. Soltando um gemido baixo de quem acabou de ser esmagada, Lilly acorda assustada e percebe que Justin acabara de quase se sentar em cima dela.

_ O que está fazendo aqui? _ele pergunta, desconcertado.

_ Não estava conseguindo dormir, então desci para assistir um pouco de tv e acabei pegando no sono aqui mesmo _ela responde, meio sonolenta.

_ Desculpe, vou deixá-la sozinha _ele se levanta depressa, querendo voltar para cima.

_ Não, está tudo bem. Pode ficar. Eu vou voltar para o meu quarto. Também está sem sono? _ela se senta no sofá, dando espaço para que Justin possa se sentar também.

_ Sim. Talvez essa caneca de leite me ajude a dormir. Ou assistir tv...

_ Tv é uma boa. Tem um canal muito bom onde passa filmes de terror por vinte e quatro horas _ela diz, pegando o controle.

_ Você pegou no sono assistindo um filme de terror? _ ele pergunta, sem acreditar.

_ Sim. Não me causam medo. Posso assistir com você um pouco?

_ Tudo bem _ele diz, com a voz trêmula. Mas Lilly parece não perceber seu nervosismo.

_ Acho que vou pegar leite também. Já volto

Lilly passa alguns minutos na cozinha e usa da mesma estratégia que Justin para que o microondas não apite. Volta a pequenos passos para a sala, pois está escuro, exceto pela luz da tv e ela encheu demais a sua caneca.
Ao sentar-se no sofá, parece ter calculado mal a distância e acaba escorrengando para fora do assento, caindo no chão e derramando leite em si mesma e no chão. Soltou um grito abafado e largou a caneca na mesa de centro, chingando baixinho. Justin corre até a cozinha e molha um pano, correndo de volta até Lilly.
Entrega o pano para que ela se limpe. E o pijama fica ainda mais transparente, agora molhado, e iluminado pela luz da tv. Justin consegue ver nítidamente seus seios por trás do pijama molhado. Ele desvia seu olhar até que Lilly termine de se limpar.

_ Pode me ajudar a me levantar, Justin?

Ele estende sua mão para Lilly e a puxa para cima. Os dois ficam cara a cara por alguns segundos. Justin sente seu corpo formigar em áreas que não deveria e se afasta. Lilly olha para baixo e percebe a aparente ereção de Justin por baixo da calça moletom cinza que ele está usando. Envergonhado, ele se afasta ainda mais, pedindo desculpas e corre escada á cima, para seu quarto, deixando Lilly para trás.
Ao se deitar na cama, tenta apagar da mente o que acabou de acontecer. Sentindo-se envergonhado, pensa em como vai interagir com Lilly no dia seguinte, depois disso. Está novamente com raiva de si mesmo. Resolve ligar seu computador e jogar um jogo online para tentar se distrair porque, dormir agora, será impossível.

Amores ProibidosOnde histórias criam vida. Descubra agora