O jantar parecia durar uma eternidade. Justin ouvia as vozes de Penny e seu pai contando sobre seu dia, Mônica contando a novidade em seu curso e Lilly contando sobre o novo semestre. Apenas ele permanecia em silêncio. Ele percebia os olhares de todos para ele á mesa, mas não se atrevia a olhar de volta.
_ Tudo bem, Justin? Parece meio desnorteado _Lilly pergunta, encarando-o com seus olhos azuis.
_ Tudo. Só estou cansado, não estou dormindo muito bem _ele responde, ainda de cabeça baixa, encarando seu prato.
_ Eu tenho um remédio que pode te ajudar a dormir, se quiser _oferece Penny.
_ Quero sim, obrigado. Se me dão licença, vou voltar para o meu quarto. Tenho umas coisas para resolver online _diz.
Justin se retira, subindo para seu quarto e permanecendo lá até Penny bater e entrar com o remédio para ajudá-lo a dormir. Ele a agradece e deixa-o em cima da escrivaninha.
_ Podemos conversar? Você, seu pai e eu? _Penny pergunta, com expectativa. Justin concorda e a segue até a sala, onde seu pai já está esperando. Ele estava com medo de que eles tenham descoberto sobre seus sonhos impróprios com Lilly. Mas pensou que isso seria impossível, já que tinha sido apenas um sonho, para seu alívio.
_ Filho, queremos saber se podemos fazer algo por você. Conversamos com as meninas também. E agora, queremos ouvir você _ Henry começa.
_ Sei que tudo isso é novo para você. É para mim também. Antes de conhecer seu pai, eu jamais imaginaria que poderia encontrar alguém bom. Sei que não é o que você queria mas, eu gostaria muito que as coisas dessem certo entre nós. Para que sejamos uma família. Ou pelo menos, que sejamos amigos um do outro. Não quero substituir sua mãe, sei que ela é insubstituível e seu pai me contou como ela era maravilhosa. Mas quero muito que possamos nos dar bem, algum dia e que você se sinta em casa. Aqui é sua casa agora, Justin _Penny desabafa, com seu largo sorriso e os olhos brilhando. Aquilo o fez lembrar do olhar fofo do gato de botas do filme do Shrek, quando queria convencer alguém a fazer o que ele queria. Chacoalhou a cabeça, dispersando esse pensamento bobo.
_ Está tudo bem. Eu fico feliz por meu pai ter encontrado alguém que cuide dele. Antes eu estava com raiva, mas agora não estou mais. Você faz ele feliz. E não se preocupe, estou me adaptando aqui. Pode demorar um pouco, mas estou bem. E acho que podemos viver bem, sim _ele respondeu, alíviado por ser apenas uma conversa normal.
Depois de conversar com Penny e seu pai, voltou ao seu quarto. Passava das dez da noite. Levou um copo d'água para tomar o remédio mas, para sua surpresa, o comprimido em cima da escrivaninha havia sumido. Procurou pelo quarto, pensando que poderia ter caído pelo chão ou que poderia ter colocado em outro lugar, mas não encontrou. Pensou em pedir outro a Penny, mas não sabia se ela acreditaria que o comprimido sumiu assim, sem mais, nem menos.
Viu a sombra de alguém passar em frente a sua porta que estava entreaberta. Segundos depois, a sombra entrou em seu quarto. Era Lilly._ Perdeu alguma coisa? _ela pergunta.
_ O comprimido que sua mãe me deu, sumiu. Não o encontro, estava bem aqui! _ele aponta para a escrivaninha onde o comprimido estava.
_ Talvez tenha caído no chão e rolado para algum lugar. Eu tenho alguns no meu quarto. Você quer? _ela oferece.
_ Sim, por favor. Obrigado.
Ele a segue até a porta do quarto de Lilly, esperando do lado de fora. Ela vai até sua mesinha de cabeceira, abre a pequena gaveta e retira de lá um frasco pequeno e laranja.
Tira um comprimido branco e redondo, colocando-o na palma de sua mão e estendendo-a para que Justin pegue.
Ele entra e pega o pequeno comprimido pousado na mão de Lilly, agradecendo e se preparando para sair.
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Amores Proibidos
RomanceEsta é uma história sobre duas famílias que se uniram e se tornaram uma só. Mas sentimentos tomam conta de alguns integrantes e eles tentam com todas as forças lutar contra isso. Em vão. 🦋Olá pessoas! Essa é minha primeira história autoral. Ainda c...