Capítulo 4

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Evelyn Gashi

"O mal não precisa de motivo, apenas de oportunidade. "

Não era a primeira vez que estávamos fugindo, e cada vez mais, estava sendo difícil manter essa vida de fugas, tanto para mim, quanto para ele, Apollo que é apenas um bebê, e o lado bom é que graças a Deus ele é bonzinho.

Logo depois de dois dias chegamos numa casa mais afastada onde conheci a senhora Lúcia que era governanta da casa. Uma senhorinha baixinha e muito gentil, e bem espaçosa mesmo vendo que estava com medo e casada me deu um abraço caloroso que me fez sentir protegida.

Ela pegou meu irmão dos meus braços e começou a falar com uma vozinha doce:

– Oi principezinho, você é tão lindo! – E logo a seguir fez uma cara engraçada.

– Meu príncipe, você está precisando com urgência de um banho não está cheirando nada bem!

Olhou para mim e disse acho que dois precisa de banho e uma comida quentinha e cama descansa, pegou no meu braço e disse:

– Venha, vou levar vocês para o quarto de hóspede. Já está tudo pronto para os dois.

Ricardo olho para e falou:

– Pode ir com ela, vou avisar ao outro que estamos seguros.

– Você poderia perguntar como esta minha mãe?

– Sim eu vou perguntar, não se preocupe! Pode tomar banho e descansar.

– Está bem, obrigada!

Subimos as escadas, entramos no corredor, paramos na porta próxima às escadas e quando abri a porta fiquei paralisada, o quarto era lindo, tinha uma cama grande e ao lado dela havia um berço acoplado em cima dele, tinha telinha para proteção, cheio de bichinhos muito fofo.

Eu estava tão feliz, foi quando Lucia me tirou do meu estado, falando que o patrão pediu que preparasse um quarto para que eu e meu irmão estivéssemos confortáveis e juntos.

Dona Lúcia não deixou que pegasse Apollo, ela colocou o pequeno na cama, olhou para mim.

– Menina, dentro do banheiro tem uma banheira coloque para encher, vamos dar um banho no pequeno aqui e depois você pode tomar o seu banho, tome o tempo que for necessário.

Enquanto entrava no banheiro, ela tirava a roupinha de Apollo. Eu ainda estava com medo de tanta hospitalidade, não queria deixá-la sozinha com meu irmãozinho. Mesmo com todo o carinho que ela transmitia, tanto em gestos quanto em palavras, eu ainda não me sentia segura com pessoas desconhecidas. Em contrapartida, meu irmão estava feliz em sua companhia e isso acabou me acalmando.

– Vamos menina que esse rapazinho está fedendo! – Mesmo contrariada fui fazer, durante o tempo que enchia a banheira, ouvi suas brincadeiras.

Depois de tudo pronto, do banho, da roupa nova, do cheiro de limpo, ela saiu do quarto e arrumou roupas para que eu pudesse trocar, algo para a gente comer, e a mamadeira para o pequeno. Ele mamou, ela ninou e por fim o cansaço bateu e ele conseguiu dormir sem lutar com o sono. Dona Lúcia parecia um anjo, e ao sair do quarto prometeu retornar com algo para comer.

Deixei Apollo dormindo no berço, tranquei a porta e fui tomar banho. Nunca um banho foi tão calmo e relaxante. E ao olhar meu irmãozinho dormindo tranquilo, como se mundo não existisse, enfim pude respirar aliviada.

Escutei uma batida na porta e fui abrir, era dona Lucia com prato de sopa muito cheiroso.

– Aqui menina, senta e coma tudo, espero que goste.

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⏰ Última atualização: Sep 02 ⏰

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