Como este imagines começou a ser escrito há talvez 3 anos almas informações estão desatualizadas, mas isto é tudo ficção por isso não tem problema.
Estava cansada, a mudança para Manchester foi cansativa, as diversas idas a lojas de móveis não para poder finalmente comprar os móveis para a minha pequena, mas acolhedora casa, principalmente a minha cama, visto que me encontrava a dormir à diversas semanas num colchão insuflável e as minhas costas já pediam por descanso.
Não tinha trazído muitas coisas da Portugal, queria continuar com a casa em que vivia em Lisboa igual, pretendia continuara fazer férias na cidade que me viu nascer.
-Bem, agora só falta arrumar isto e depois posso finalmente preparar o jantar - digo para mim mesma, visto que não se encontrava mais ninguém em casa.
-----------//------------
Tinha acabado de agarrar na massa e colocado em cima da mesa, gosto de ter tudo organizado em cima da bancada antes de começar, assim conseguia poupar bastante tempo numa das tarefas de menos gostava de realizar.
-Foda-se -solto um dos palavrões mais conhecidos pela sociedade portuguesa assim que vejo que me havia esquecido de comprar um dos ingredientes mais utilizados na culinária mundial, o sal- com podes ser tão burra s/n, como.
Respiro fundo, não acredito que vou ter que pedir ao vizinho, eu nem o conheço, com eu, s/n s/a (seu apelido) vou ter coragem de pedir alguma coisa a um vizinho sendo que não faz sequer um mês desde que me mudei para cá.
Respiro fundo mais uma vez, o meu lado envergonhado gritava dentro de mim e dizia para eu por de lado a culinária e encomendar algo como um hamburger. O meu outro lado dizia para deixar o primeiro de parte, visto que andava a sonhar a carbonara que a minha mãe havia-me ensinado.
Vou até ao comodo que em breve seria o meu quarto e calço uns chinelos para me dirigir ao apartamento da frente onde se encontrava o meu novo vizinho.
Encosto a porta do meu apartamento, visto que não fazia intenções de demorar mais do que alguns minutos. Toco à campainha a morrer de vergonha, ainda agora tinha chegado e já estava a pedir coisas ao vizinho.
-Hi I'm your new neighbor and I liked...
-Espera aí, tu é portuguesa?-o homem à minha frente interrompe a minha fala.
-Como é que tu sabes?-pergunto bastante abismada, nunca ninguém deste prédio soube da minha nacionalidade, não tenho grande sotaque português e por isso nunca desconfiaram.
Ele apenas aponta para a minha camisola, olho para baixo e vejo que me encontrava com o manto do melhor do mundo vestido, o Futebol Clube do Porto.
-Só um português conhece esse clubezeco, não tem a grandiosidade do meu Benfica.
Olho para ele muito abismada, como este ser é capaz de falar mal do amor da minha vida.
-Certo - respiro fundo antes de falar, estava-me a controlar seriamente para não dar na cara deste malucou - pelo menos não somos nós que estamos há dois anos em 3.º lugar do campeonato.
-Pelo menos nós passamos à fase de grupos da Champions - ele diz aproximando-se de mim.
-É melhor acabarmos a conversa por aqui - digo de maneira rude.
-OK, ok - diz com um sorriso de superioridade no rosto, precedeu que aquela conversa tinha-me afetado - tenho a certeza que não bateste à minha porta porque querias conversar. O que precisas portista?
-Vim pedir um pouco de sal mas acho que vou ao vizinho de baixo pedir.
-Estou a brincar contigo. Vou buscar - diz rindo e dando-me as costas.
-Não fujas - grita lá de dentro para que eu pode-se ouvir, visto que já se encontrava longe de mim.
Não o respondo, mas sorrio.
Era óbvio que sabia quem ele era. Jogador da seleção nacional, muito bom por sinal, apesar de não querer admitir, antigo jogador de um dos meus maiores rivais, Benfica e atualmente jogar de um dos maiores clubes da cidade onde agora chamo casa.
Também não queria admitir mas ele é estupidamente giro.
Pouco mais alto que eu e aquela barba dava-lhe um ar fofo.
Sou interrompida pelos meus pensamentos quando este volta a porta de entrada do seu apartamento.
-Aqui tens - entrega-me uma caixa com o sal dentro - deixa-me dar-te um aviso, os vizinhos de baixo são um pouco... Como é que eu eu de dizer... antipáticos.
Apenas aceno com a cabeça afirmativamente.
-Obrigada - finalmente digo virando-me de costas e começo a dirigir-me para a porta aberta do meu apartamento.
-Próximo sábado, como deves saber, há jogo do Benfica contra o Porto e como vamos estar de folga alguns amigos meus vêm cá para casa ver o jogo - ele encosta-se na porta de seus casa com um daqueles sorrisos carinhosos no rosto - estás mais que convidada.
Mordo o meus lábios de maneira a conter um sorriso, eu estava a explodir de alegria por dentro, como é que eu podia estar assim por um rapaz que eu acabei de conhecer.
-Vou pensar no teu caso - sorrio enquanto fecho a porta - Boa noite.
Precisava volta a atenção para o meu jantar, mas podes ter a certeza jogador, vou pensar no teu convite com carinho.
Como disse no início 80% deste imagines foi escrito há mais de 2 anos e achei que era o momento de terminá-lo.
Gostava de ter força de vontade para escrever mais até porque, ideias não me faltam, mas não quero prometer nada.Beijinhos beijinhos
Matilde