AATC 4EVER - 2

Capítulo 13:

Naquela noite, Brittany se remexia na cama, incapaz de encontrar o sono. Sua mente estava cheia de pensamentos sobre a discussão com Jeanette, a amizade com Alvin, e tudo que estava acontecendo ao seu redor. Era uma daquelas noites em que a solidão do quarto parecia amplificar todos os seus problemas.

Após várias horas se virando na cama, ela fechou os olhos e tentou se concentrar nas boas memórias do dia que passou com Alvin. Lembrou-se de como ele sorriu no cinema, de como parecia genuinamente grato por ela estar ao lado dele, e como, por um breve momento, eles conseguiram esquecer as complicações da vida. Essas memórias trouxeram um pequeno conforto, e, finalmente, Brittany conseguiu adormecer, embora seu sono fosse leve e intermitente.

Enquanto isso, na casa de Dave, Alvin também estava acordado, rolando na cama, com a mente a mil por hora. Ele estava exausto, mas o sono simplesmente não vinha. Depois de algumas horas lutando contra sua própria mente, ele desistiu e se levantou, decidindo ir até a cozinha para pegar algo para beber.

Ao chegar lá, ele encontrou Samantha, sua mãe, sentada à mesa com uma xícara de chá na frente dela. Ela parecia perdida em pensamentos, e o leve vapor que saía da xícara criava uma imagem quase melancólica.

"Não consegue dormir também?", Alvin perguntou, esfregando os olhos.

Samantha olhou para cima, surpresa por um momento, mas então deu um pequeno sorriso. "Ah, Alvin, eu te acordei? Desculpe, eu só estava aqui pensando um pouco."

Alvin puxou uma cadeira e sentou-se ao lado dela. "Não, já estava acordado. Acho que o sono desistiu de mim hoje."

Samantha estendeu a mão e tocou levemente o braço de Alvin. "Quer um pouco de chá? Pode ajudar a relaxar."

"Claro, por que não?" Alvin respondeu, tentando sorrir.

Enquanto Samantha preparava outro chá, Alvin observava o movimento calmo de sua mãe. Havia algo reconfortante na forma como ela se movia, uma certa tranquilidade que ele desejava poder absorver.

Quando Samantha colocou a xícara na frente de Alvin, ela se sentou novamente e olhou para ele com uma expressão gentil. "Então, o que está te mantendo acordado, querido?"

Alvin suspirou, mexendo no chá com uma colher. "São muitas coisas... A situação com Jeanette, eu não sei o que fazer sobre isso. E a Brittany, ela tem sido uma grande amiga, mas as coisas estão ficando complicadas."

Samantha assentiu, escutando atentamente. "Complicações no amor e na amizade podem ser muito dolorosas. Mas você sabe, Alvin, é importante lembrar que cada relação que temos nos ensina algo importante. Mesmo que as coisas não estejam claras agora, com o tempo, você entenderá o que cada pessoa trouxe para sua vida."

Alvin sorriu fracamente, absorvendo as palavras de sua mãe. "Eu sei, você está certa. Eu só... às vezes sinto que tudo seria mais fácil se eu pudesse simplesmente arrumar tudo com um estalar de dedos."

"Ah, eu entendo esse sentimento", Samantha disse com um sorriso compreensivo. "Mas as coisas que realmente valem a pena raramente são fáceis, Alvin. É nos momentos difíceis que crescemos e aprendemos."

Alvin tomou um gole do chá, sentindo o calor se espalhar por seu corpo. "Você acha que eu deveria tentar falar com a Jeanette novamente? Mesmo depois de tudo?"

Samantha considerou isso por um momento antes de responder. "Acho que é importante expressar como você se sente e tentar entender como ela se sente também. Comunicação é a chave, Alvin. Não deixe as coisas não ditas, mesmo que no final, vocês decidam seguir caminhos separados. Pelo menos você saberá que tentou."

"Eu acho que tenho medo da resposta dela", Alvin admitiu, olhando para sua mãe com uma honestidade vulnerável.

"É normal ter medo", disse Samantha, dando-lhe um sorriso encorajador. "Mas, às vezes, enfrentar nossos medos é a única maneira de superá-los. Seja qual for a resposta dela, você será capaz de lidar com isso. Você é mais forte do que pensa."

Alvin assentiu, sentindo uma mistura de apreensão e alívio. Conversar com sua mãe sempre lhe dava uma perspectiva nova, algo que ele precisava desesperadamente naquele momento.

"Obrigado, mãe. Acho que eu precisava ouvir isso."

"Sempre aqui por você, meu filho," Samantha respondeu, apertando a mão de Alvin.

Eles continuaram conversando por mais algum tempo, falando sobre a vida, as pequenas coisas que os faziam sorrir, e os planos para o futuro. E, pela primeira vez naquela noite, Alvin sentiu que talvez, só talvez, tudo ficaria bem. Com o apoio de sua mãe, ele se sentia pronto para enfrentar o que viesse pela frente, com ou sem Jeanette ao seu lado.