31. Uma armadilha

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Longe dali, em uma pequena cidade no interior da Tailândia, a sombra de um homem assistia ao noticiário na TV com suas mãos fechadas em punho. Tirava seu charuto da boca, expulsando a fumaça tragada para dar um gole em sua bebida. Desceu seu copo vazio à mesa de canto e se dirigiu a outro homem em sua presença.

__Aquela vagabunda deveria ter morrido naquele dia. Nunca mande alguém fazer o seu serviço. Eu mesmo vou tirar sua vida quando a encontrar.

__Senhor, o rapaz está sangrando muito.

__Quantos dedos lhe restam?

__Apenas quatro.

__Basta. Precisamos dele ainda vivo. Será nossa distração.

Seu fiel ajudante acenou com a cabeça e se retirou para tratar dos ferimentos do segurança de Lux. Ele queimava em brasa as feridas abertas para estancar o sangramento. O segurança estava pálido e sua vida quase se esvaiu. Quando lhe retiraram o sexto dedo ele gritou de muita dor, pedindo para pararem que ele lhe diria a localização de Lux.

Um dos capangas do Apasrea embalou seu dedo e o enviou ao endereço, observou de longe e pôde constatar que o homem havia lhe passado a informação que precisavam. O homem cercava o local por dias, mas sem a sombra de Faye ou da filha de seu chefe. Assim, voltaram a torturá-lo para obter mais informações. Antes de desmaiar, ele deu o endereço de onde Yoko e Faye viviam.

__Aqui está chefe, ele garante que é aqui que sua filha está.

__Quero que tenha certeza, não posso errar dessa vez.

__Sim, senhor. Vou verificar e retornarei em breve.

O homem saía em sua van preta e a deixou a algumas quadras da residência indicada pelo segurança. Disfarçado com um moletom e um boné ele avistava o casal que andava de mãos dadas pelas ruas. Ele viu a aliança reluzindo no dedo das duas e balançou a cabeça em negativo entendendo que seu chefe ficaria furioso com aquilo. Tirou algumas fotos e partiu para seu esconderijo.

Como prometido, Faye e Yoko faziam várias atividades em casal, saíam caminhar com Sunny, saíam para correr, Faye a levava junto ao salão, passavam às noites jantando em lugares novos. Em casa, assistiam filmes, faziam receitas e sempre terminavam sua noite fazendo amor como de costume.

Em um momento de amor, Yoko estava extasiada com a visão de Faye. Delineou seu corpo com a ponta dos dedos e sussurrou algo que Faye estava esperando há algum tempo.

__Faye, eu quero ter um filho seu, agora.

__Bom, não podemos do jeito tradicional, mas eu vou cuidar disso.

__Você promete?

__Sim, meu amor. Eu também quero minha garota com a barriguinha saliente.

__Você é boba, Faye. Anda, me engravide agora.

__Seu desejo é uma ordem.

Faye descia seus lábios por todo seu corpo e logo voltou a olhar em seus olhos. Lhe deu um beijo apaixonado enquanto se encaixava no meio de suas pernas. Quanto mais faziam amor, mais entendiam o que cada uma queria, seus movimentos eram sincronizados numa perfeita comunhão de seus corpos.

Seus dedos deslizavam como uma dança que Yoko acompanhava, seu quadril se movia ritmicamente buscando sentir cada parte de Faye dentro de si. Faye sentia êxtase em tomar Yoko, sua amada que ansiava por lhe dar uma família na Terra. Seus olhos procuravam os dela e juntas atingiam o prazer ao mesmo tempo.

Faye uniu sua testa à dela e sorrindo beijou seu nariz. Ela se deitou ao seu lado para recuperar o fôlego, mas Yoko era incansável. Subiu em cima dela, continuando seu movimento e agitando Faye novamente. Ela segurava seu quadril, ajudando Yoko a se satisfazer com o atrito. Yoko gritava enquanto arqueava seu corpo para trás, sentindo uma onda de prazer lhe tomar as forças.

Anjo CaídoOnde histórias criam vida. Descubra agora