capítulo 1

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Joyce

Vovo não entendia que por mas perigoso que era, eu gostava de sentar na laje de casa para ver o por do sol, que diga-se de passagem é lindo.

Ele sempre me disse que algum dia eu levaria um tiro por ficar sentada em um lugar aberto a onde os bandidos tinha acesso.

Ele não está errado, eu entendo ele. Mas é que o por do sol aqui na favela é lindo, e morar no alto do morro me dá como privilégio ver essa paisagem todos os dias.

O morro do vidigal está sempre muito movimentado, por aqui as coisas nunca para. É carro que sobe, é moto que desce, crianças correndo na rua e de vez e sempre tiro dos fogueteiro que cuida da entrada do morro.

A criminalidade aqui é algo perspectivo para todos nós moradores, por isso, trabalho e estudo o máximo que posso, para quando chegar a hora certa eu partir daqui.

Eu até gosto daqui, mas tenho medo, muito medo, as pessoas aqui me apavora e o dono no morro nem se fala.

Eu sinto que ele não gosta de mim, ou que tem alguma coisa contra minha pessoa, mesmo eu sendo uma pessoa que não frequento o mesmo ambiente que ele, não saio na rua e quando saio é pra sair do morro.

Acredito que, por eu nao dar confiança quando passo na barreira do morro para nenhum dos vapores, eles me veem como mal educada.

Não gosto de passar essa impressão, eu sou educada, so não consigo me socializar muito com as pessoas, e é por isso que só tenho o vovo. Nenhuma amiga, nenhuma pessoa pra conversar, absolutamente ninguém.

Trabalho em uma floricultura, mas eu não atendo ninguém por causa desse meu problema de socializar. Minha função é nos fundos, cuidando dos arranjos e das mudinhas que vão surgindo.

-Joyce - escuto a voz do vovo fred me chamando.

Levando da cadeira que estava sentada e vou em sua direção, hoje o dia estava bonito apesar de silencioso.

-oi vovo, bença - dei-lhe um beijo na bochecha como comprimento.

Vovo Fred é o único que me restou, na verdade ele nem é meu avô de verdade, apenas de consideração, mas ele não se importa com isso, sempre cuidou de mim muito bem e agora que sou uma adolescente consigo retribuir cuidando dele também.

-Deus te abençoe minha filha, aqui deixa eu te falar. Vou precisar resolver algumas coisa na barra, quer ir comigo ou preferi ficar por aqui mesmo?

- tudo bem se eu ficar vovo? Estou cansada hoje. - dei um meio sorriso mostrando que realmente estava cansada.

-tudo bem princesa, não vou demorar pra voltar. Tem janta pronta na geladeira, é só esquentar.

A preocupa de vovo era sempre me manter segura e protegida, mas claro sem me sufocar.

Levei vovo até a porta de casa e dei um beijo nele, fiquei observando-o até ele sumir da minha vista com o carro.

Antes de entrar para dentro eu o vi, o dono disso aqui tudo, com toda sua postura e autoridade descendo o morro sem camisa e com uma arma na cintura, e claro não poderia faltar uma loira linda ao seu lado.

Era sempre assim, ele nunca estava sozinho, sempre acompanhado das mulheres mais linda que tinha por aqui.

Ele passou por mim e fez um aceno simples de cabeça, assim como todas as vezes que me via ele fazia.

Retribui o aceno e entrei para dentro trancando o portão, subi as escadas e fui ate o quarto pegar a bombinha de leite para começar mais uma seção de retirar o leite que meus seios produzem mesmo eu não possuindo filho.

Até a próxima.

Olá caros leitores, minha mudança começou essa semana e eu preciso muito da ajuda de vocês, eu conto com a ajuda de vocês e sei que vocês podem me ajudar.
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