capítulo 4

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A favela estava agitada demais hoje, pelo que parece, vão tentar subir o morro, mas não sei se é policia ou facção rival.

Infelizmente não consegui ir trabalhar hoje, Tenha medo de sair e deixou o vovô sozinho aqui, com toda sua aceitação do morro.

Não tenho certeza do que está acontecendo hoje mas sei que não está nada legal lá fora e o melhor a se fazer é ficar quietinha em casa protegida Por que assim como das outras vezes dessa vez também vai ser feio.

Vovó está deitado, sei que em dias como esse ele fica bem agitado e com isso sua pressão acaba subindo, Por isso já dei remédio e o coloquei deitadinho em seu quarto, Com certeza ele já Deve estar dormindo.

Escuta o primeiro tiro a ser disparado, certeza que começou a Invasão no morro. Me encolho no sofá para Tentar diminuir um pouco do medo que estou sentindo. Sei que isso não funciona nada mas de alguma forma tento buscar soluções para mim sentir melhor.

Oro Por aqueles que estão la fora e que de alguma maneira não consegue se proteger, Não tenha muita entendimento sobre Essas coisas, procuro o máximo evitar isso, mas sei que nem todos consegue escapar em infelizmente acaba morrendo.

Já se passaram uns 30 minutos e o único barulho que da pra escutar E o barulho dos tiros, que não cessam nem por um segundo.

Levando do sofá e vou até o banheiro para tirar um pouco do leite que esta acumulado em meu peito, assim que entro escuto alguém batendo fortemente na porta de entrada.

A impressão que tive é que iriam derrubar a porta a qualquer instante. Vesti minha cabeça novamente sem os sutiã e fui em direção a porta ainda meio recuada.

A pessoa que estava do lado de fora tentava a todo custo entrar para dentro já que estava girando a maçaneta com toda a força do mundo.

-Caralho, abre aqui porra. - escutei falar do outro lado.

Meu coração gelou, senti até o ar da sala ficar pesado, como que eu iria abrir sem saber quem é? E se for alguém que está contra o dono daqui? E se eu abrir e morrer. Meu Deus, meu Deus.

Não deu nem pra pensar muito pois a fechadura da porta foi estourada com um tiro e deu acesso ao rapaz cheio de tatuagem, suado e todo sujo para entrar em minha casa.

A minha única reação foi colocar minhas mãos na boca para tentar abafar o grito que estava prestes a dar.

-qual foi caralho, eu mandei abrir, me ajuda aqui porra.- disse entrando em minha casa mancando.

Fui em sua direção para ajudá-lo a chegar até o sofá e só reconheci de quem se tratava quando cheguei bem perto mesmo.

Respirei um pouco aliviada por saber que se tratava do dono do morro porém o medo realmente me invadiu por saber que o dono disso tudo aqui estava dentro da minha casa, com a perna machucada e o pior com uma cara de que se eu falasse um A iria me matar com um tiro sem pensar duas vezes.

-qual foi, ia me negar ajuda?- disse enquanto eu o ajudava a sentar no sofá.

-eu.. eu.. eu só não sabia que era o senhor, desculpa.- tentei falar enquanto buscava palavras pata justificar algo que eu realmente iria fazer.

-senhor? Qual foi garota, tá tirando mesmo. Me da teu celular aí.- disse na maior grosseria.

Sem pensar duas vezes deu meu celular para ele, que discou alguns números e logo levou o aparelho até o ouvido.

-Túlio, sou eu. Tô numa casa na baixada do morro, tá mec, não deixa eles subirem mais ouviu? Eles tão recuando então termina de descer com ele e depois vem me buscar. -disse todo serio.

Continuei quietinha no canto da sala, a essa altura eu só conseguia sentir o leite descendo por minha barriga. Era tanto o medo que o leite expeliu sozinho, e agora tenho que esperar a melhor oportunidade para ir ao banheiro resolver isso.

Por sorte minha blusa é escura e não da pra ver nada. Não sei oque fazer, a sala tá um silêncio e o rapaz está com a cabeça inclinada em cima da perna.

Continuo imóvel, acredito que ele esteja com dor pois toda vez que se mexe faz um movimento de dor, e pensando nisso que resolvi tomar uma atitude.

-você precisa de ajuda? Algum remédio? - disse em um sussurro.

Acredito que ele não estava esperando por isso pois levantou a cabeça em uma velocidade muito rápida e fixou seus olhos em mim.

-qual teu nome criança? -perguntou.

Até a próxima Meus amores.

Batemos a meta graças a Izabelle lucas. Obrigado meu amor ❤️

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⏰ Última atualização: Oct 15 ⏰

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