Capítulo 6

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Notas: este é o penúltimo capítulo, ainda teremos um pequeno epílogo.

***

Colin estava parado junto à janela, olhando para as luzes cintilantes da cidade, tentando juntar as peças de tudo o que havia se desenrolado naquela noite. Penelope e Fife tinham acabado de sair, a noite já avançava pelas primeiras horas da madrugada, mas ele ainda estava agitado, cada nervo vibrando de excitação. 

Tudo parecia tão surreal. Cada momento havia sido como uma página arrancada de um romance, do tipo que realmente faz você acreditar no amor novamente. Ele sentia essa mistura vertiginosa de calma e euforia, uma estranha combinação de sentir-se ao mesmo tempo completamente seguro e perigosamente exposto. Tinha que ser amor. O que mais poderia explicar essa bela loucura?

— Já sonhando acordado com ela? — a voz de Sienna cortou seus pensamentos enquanto ela entrava na sala, um sorriso conhecedor brincando em seus lábios enquanto ela se dirigia diretamente ao sofá.

Colin se virou, um sorriso envergonhado se espalhando pelo rosto. — Não consigo evitar.

— E agora? — Sienna perguntou, jogando-se no sofá com o ar de quem já sabia a resposta, mas queria ouvir mesmo assim.

— Amanhã, vou mandar uma mensagem para o Fife para marcar o próximo encontro. Mas desta vez, eu vou cozinhar para ela. Quero que ela veja que eu sou o pacote completo — romance, charme e habilidades culinárias — disse ele com uma piscadela, o plano já se formando em sua mente.

Sienna riu, pegando o casaco e a bolsa do sofá, seus olhos brilhando com diversão. — Esse é o clichê, não é? O caminho para o coração de uma mulher é através do estômago.

— Já vai embora?

— Sim. Noite longa, e tenho prática de canto amanhã. Tenho que manter essas cordas vocais em forma — disse ela, batendo dramaticamente na garganta.

— Eu ia perguntar como foi sua noite com o Fife.

Sienna riu novamente, um pouco mais maliciosamente desta vez, e Colin franziu a testa em confusão. — O que é tão engraçado? — perguntou, sentindo uma pontada de suspeita.

Ela se recostou no sofá. — Ah, a noite estava indo bem — até que não estava.

— Até que não estava? — Colin repetiu, inclinando-se para frente, intrigado.

— Sim, estávamos nos beijando, tudo estava correndo bem, e então ele disse que precisava pegar um preservativo na carteira, que estava na sala de estar. Mas quando ele voltou, estava agindo de forma estranha, como se fosse uma pessoa completamente diferente.

— Estranho como? — Colin pressionou, agora totalmente envolvido no desenrolar do drama.

— Um minuto estávamos bem, e no outro, ele estava frio como um iceberg. Acho que ele ouviu algo.

— Ouviu algo? Como o quê? — Colin perguntou, sua mente correndo.

Sienna lhe deu um olhar que era uma mistura de diversão e exasperação, como se ele estivesse deixando passar algo óbvio. 

— Acho que ele ouviu os gemidos de Penelope. Porque quando ele passou pelo seu quarto para chegar à sala de estar, ele voltou parecendo que tinha visto um fantasma.

A mandíbula de Colin caiu ligeiramente, as peças se encaixando. .

— Ah — murmurou. — E então? O que aconteceu?

Sienna se recostou, seu sorriso se alargando, claramente aproveitando o momento de contar a história. — Bem, ele disse que precisava usar o banheiro — disse ela, com a voz tingida de diversão. — E, Colin, juro que ele ficou lá dentro para sempre. Quando finalmente saiu, tenho quase certeza de que estava chorando. Ouvi esses pequenos soluços e, sinceramente, não sabia se ria ou sentia pena dele.

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